A Receita Federal desmentiu boatos que afirmam monitorar o Pix, reforçando que o sigilo bancário continua protegido por lei. O órgão alerta sobre golpes que usam fake news para roubar dados dos usuários
A Receita Federal voltou a alertar a população, nesta semana, sobre a circulação de mensagens falsas nas redes sociais que afirmam que o órgão estaria monitorando todas as transações realizadas por meio do Pix. Segundo o comunicado oficial, não existe nenhum sistema de vigilância automática nem o compartilhamento de informações bancárias entre instituições financeiras e a Receita sem autorização judicial.
A nota destaca que o conteúdo falso usa o nome da Receita Federal para espalhar medo e desinformação. Em alguns casos, as mensagens chegam com prints falsificados de portais de notícias, simulando um suposto controle direto sobre valores enviados e recebidos via Pix.
Receita reforça: o sigilo bancário está garantido
O órgão esclarece que as movimentações financeiras continuam protegidas pelo sigilo bancário, assegurado pela Constituição Federal. A Receita só pode acessar informações específicas em situações formalmente autorizadas pela Justiça, como em investigações criminais ou processos administrativos fiscais.
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Além disso, a instituição reforçou que o compartilhamento automático de dados não existe e que nenhuma instituição financeira repassa relatórios de movimentações do Pix para o governo sem ordem judicial.
“É importante que os contribuintes verifiquem sempre as informações em nossos canais oficiais e não repassem mensagens de origem duvidosa”, afirma a nota da Receita.
Origem das fake news e riscos para os usuários
As mensagens enganosas começaram a circular em grupos de WhatsApp, Telegram e redes sociais após o início de novas medidas de fiscalização digital. O conteúdo sugeria que a Receita estaria aplicando multas automáticas com base no valor das transferências via Pix — algo que o órgão classifica como completamente falso.
Segundo especialistas em segurança digital, essas fake news geralmente têm dois objetivos principais: roubar dados pessoais dos usuários e gerar pânico coletivo. Muitas vezes, as mensagens contêm links fraudulentos que levam a páginas falsas, pedindo o CPF e senhas bancárias para “verificar se há pendências” junto à Receita.
Como se proteger das fraudes digitais
A Receita Federal orienta a população a consultar informações exclusivamente em canais oficiais, como o site gov.br/receitafederal e as redes verificadas do órgão. Nenhum funcionário entra em contato por WhatsApp, e-mails ou SMS para solicitar dados bancários ou senhas.
A Polícia Federal e o próprio Banco Central também mantêm equipes que monitoram campanhas de desinformação relacionadas ao Pix e aos sistemas financeiros digitais.
Um alerta em meio à desconfiança digital
O Brasil já ultrapassou a marca de 160 milhões de usuários do Pix, segundo o Banco Central, o que o torna o meio de pagamento mais popular do país. Essa popularidade, no entanto, o transformou também em alvo de golpes e campanhas de desinformação, usadas por criminosos para capturar dados e explorar o medo da fiscalização.
A Receita Federal reforça que não existe nenhum tipo de vigilância massiva sobre transações individuais e que o sigilo bancário continua sendo um direito fundamental do cidadão. A instituição finaliza a nota pedindo que os usuários não compartilhem mensagens alarmistas, mesmo quando elas aparentem ser “oficiais”.


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