A NASA está investindo R$ 67,4 bilhões em uma missão ambiciosa para coletar 300 gramas de material marciano. Entenda sua importância.
Em 2025, a NASA anunciou um avanço importante para suas futuras missões a Marte. O objetivo é não apenas alcançar o planeta vermelho, mas realizar uma missão inédita: recuperar amostras científicas da superfície marciana e trazê-las de volta à Terra.
Este plano não apenas marca uma nova era na exploração espacial, mas também coloca em jogo a liderança dos Estados Unidos na corrida espacial, especialmente diante da crescente competitividade de potências como China e empresas privadas como a SpaceX, de Elon Musk.
Cada tubo de amostra conterá aproximadamente entre 10 a 15 gramas de material marciano. No total, espera-se que sejam trazidos cerca de 30 tubos, resultando em um total estimado de 300 a 450 gramas de amostras.
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A nova missão da NASA
A missão chamada Mars Sample Return (MSR) tem como meta a coleta e o retorno das amostras do solo de Marte, um passo fundamental para entender melhor a história geológica do planeta, seu clima e, talvez, descobrir vestígios de vida passada.
Em 2024, a NASA anunciou que, após reavaliar seu plano de missão, que se arrastava e apresentava altos custos, havia decidido simplificá-lo, visando reduzir riscos e gastos.
O plano inicial foi considerado difícil após perceberem que o projeto poderia custar até US$ 11 bilhões (cerca de R$ 67,4 bilhões).
Com isso, a agência revelou que a missão agora poderá ser realizada de forma mais econômica e rápida, o que permitirá trazer as amostras para a Terra antes de 2035.
O grande trunfo da NASA para tornar isso viável está no uso de tecnologias avançadas e, possivelmente, em parcerias com empresas aeroespaciais privadas, como a SpaceX.
A revolução de Elon Musk
Desde sua criação, a SpaceX tem sido uma das empresas mais inovadoras do setor espacial, e com a Starship, seu megafoguete, Elon Musk vê uma oportunidade única de colaborar com a NASA.
Em setembro de 2024, Musk anunciou que a Starship, projetada para viagens interplanetárias, seria utilizada para essa missão de retorno de amostras.
Isso não só acelera a execução da missão, como também poderia ser mais barato do que os planos originais da NASA.
A Starship tem o potencial de realizar o transporte de grandes cargas entre a Terra e Marte, o que inclui a recuperação das amostras que o rover Perseverance, lançado em 2021, vem coletando na superfície marciana.
O uso de foguetes comerciais, como o Starship, foi uma das alternativas discutidas pela NASA para tornar a missão mais viável e eficaz, conforme explicou Bill Nelson, administrador da NASA.
Com isso, a parceria com empresas como a SpaceX poderia colocar os Estados Unidos em uma posição de liderança mais sólida no cenário espacial.
Simplificando o complexo desafio de Marte
A missão de recuperar amostras de Marte envolve desafios técnicos complexos. O rover Perseverance já vem coletando amostras desde sua chegada ao planeta em 2021, mas trazer essas amostras de volta à Terra não é tarefa simples.
Em 2023, um relatório indicou que a missão enfrentaria um aumento significativo no custo, que saltaria de 3 bilhões de dólares para cerca de 11 bilhões de dólares, um valor considerado inaceitável pela NASA.
Além disso, o prazo de conclusão da missão também seria adiado para 2040, um intervalo de tempo que poderia comprometer o avanço das pesquisas científicas.
Por conta disso, a NASA revisitou seus planos e, em 2024, optou por criar uma alternativa que simplificaria a missão, incluindo o uso de uma nave da Agência Espacial Europeia (ESA) que ficaria em órbita de Marte aguardando o retorno das amostras.
A ideia de reduzir custos e acelerar o cronograma foi essencial para tornar a missão mais viável dentro dos parâmetros financeiros e de tempo estabelecidos.
A pressão de manter a liderança espacial
A corrida para Marte não é mais exclusiva dos Estados Unidos. Em 2024, a China anunciou planos para enviar sua própria missão de amostras a Marte, com o lançamento previsto para 2028 e o retorno das amostras em 2031.
Além disso, a SpaceX de Elon Musk planeja lançar a Starship para Marte em 2026 e enviar astronautas para o planeta vermelho até 2029. Diante disso, a pressão sobre a NASA para manter sua liderança na exploração espacial aumentou consideravelmente.
Em resposta a esses novos desafios, a NASA reforçou que sua missão é única em seu escopo e objetivo. Enquanto a China planeja uma missão mais simples, a agência americana tem como meta a coleta de amostras em diferentes pontos do planeta, o que pode resultar em uma riqueza de dados muito maior.
Essa diferenciação foi destacada por Bill Nelson, que afirmou que o trabalho da NASA vai muito além de simplesmente trazer amostras de Marte.
Ele envolve uma coleta meticulosa, em locais diversos, para fornecer informações detalhadas sobre o ambiente marciano.
O futuro da exploração de Marte
Com os avanços tecnológicos e o crescente interesse pelo planeta vermelho, as missões a Marte devem se intensificar nos próximos anos.
O retorno das amostras marcianas é apenas um dos marcos que podem transformar nossa compreensão sobre o planeta e abrir portas para futuras missões tripuladas.
A NASA, agora com novos parceiros privados e internacionais, tem como objetivo não apenas trazer amostras, mas também preparar o terreno para a chegada de humanos a Marte.
A colaboração entre a NASA e a SpaceX pode ser um marco não só para a exploração de Marte, mas para a exploração espacial em geral.
Isso pode abrir caminho para uma nova era de descobertas, onde tecnologias compartilhadas entre o setor público e o privado possam acelerar os avanços na exploração de outros planetas e até em viagens interplanetárias mais complexas.
Com informações de El Pais.