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Química verde: O revestimento desempenha o papel de baixo carbono

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 16/06/2020 às 08:48
Química verde carbono revestimento

Por Germain HURTADO – A química sustentável, chamada química verde, também se centra no impacto ambiental da química, incluindo a redução do consumo de recursos não renováveis e abordagens tecnológicas para a prevenção da poluição.

A química verde aborda os nossos desafios futuros, trabalho com processos e produtos químicos, inventando novas reações, prevenindo a poluição química e gerindo o esgotamento dos recursos.

Em 2005, o Prof. Robert GRUBBS (EUA), Dr. Richard SCHROCK (EUA) e Dr. Yves CHAUVIN (FR) receberam, coletivamente, o Prêmio Nobel da Química, graças ao desenvolvimento do método de metátese em síntese orgânica. Embora esta tecnologia tenha sido amplamente utilizada na indústria, para a fabricação de medicamentos e intermediários químicos, a utilização de um catalisador de ruténio para a Polimerização da Metatese de Abertura do Anel (ROMP) de olefinas permitiu o lançamento de novos polímeros de alto desempenho. As principais vantagens do ROMP são a poupança de átomos, o consumo muito baixo de energia de ativação e de processo, bem como a produção muito baixa de subprodutos e resíduos perigosos. Assinala 5 caixas-chave dos princípios da química verde

De ambos os lados do Atlântico, duas empresas em fase de arranque, a Materia Inc. (Materia Inc.). (Pasadena, CA) e DEMETA SAS (Rennes, França) tiveram a ideia de utilizar esta descoberta através da formulação de cilo-olefinas, incluindo DCPD (diciclopentadieno), com aditivos e um sistema catalítico. Pela simples mistura, a reação é iniciada e conduz a um polímero com características mecânicas e térmicas únicas. Nota-se que estes catalisadores são extremamente robustos, não sensíveis ao oxigénio ou à água e, portanto, não necessitam de moldes complexos ou sistemas de injeção. As duas start-ups patentearam os seus sistemas ligeiramente diferentes e comercializam-nos sob as marcas Proxima® e NexTene ™, respectivamente.

As famílias clássicas de revestimento são:

• Poliuretanos que são geralmente sensíveis a temperaturas elevadas (> 80° C)
• Os epóxis têm uma resistência limitada à humidade e são frágeis. Além disso, algumas formulações podem ser muito caras.
• Polipropileno generalizado não é resistente à temperatura (alta e baixa) e os equipamentos e ferramentas de injeção são bastante dispendiosos.
• Os silicones têm boas propriedades térmicas mas são caros para a maioria das aplicações.

Outros polímeros técnicos como o PEEK ou PVDF estão aparecendo nas nossas indústrias mas não estão muito disponíveis e são muito caros, tanto em termos de implementação como de balanço de CO2.

Ao contrário destes materiais, as resinas Proxima® e NexTene ™ combinam uma excelente resistência à corrosão, hidrólise, temperatura, com um isolamento térmico muito bom e uma densidade próxima de 1.

Para além dos revestimentos, como os utilizados no projeto Appomattox no Golfo do México, o tipo de resinas desenvolvidas pela Demeta e Materia encontra também aplicações nos campos dos módulos de flutuação, dos revestimentos personalizados (combinando proteção contra a corrosão e excelente isolamento térmico) mas também no campo dos materiais compósitos, permitindo, graças a uma densidade de 1,03, reduzir ainda mais o peso dos sistemas instalados submarinos.

Ajuda a reduzir a pegada de carbono dos projetos

“O nosso produto está totalmente envolvido nos esforços para reduzir a pegada de carbono das nossas indústrias. O do NexTene ™ é reduzido para metade em comparação com o das resinas epoxídicas, poliuretano, polipropileno, etc… e isto sem concessão, nem nas propriedades mecânicas, nem nas propriedades térmicas, nem na sua implementação”.
Patrick PIOT, CEO da DEMETA.

Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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