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Queda de mais de 1 GW no Maranhão após falha na subestação São Luís II da Eletronorte revela possível risco de apagões e coloca setor elétrico em estado de alerta

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 27/10/2025 às 12:32
Vela acesa iluminando um ambiente escuro com uma lâmpada apagada ao lado, simbolizando falta de energia elétrica.
Foto: Queda de mais de 1 GW no Maranhão após falha em subestação de São Luís revela possível risco de apagões e coloca setor elétrico em estado de atenção
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Falha crítica na Subestação São Luís II, da Eletronorte, causou o desligamento de mais de 1 GW no Maranhão e afetou a termelétrica Porto do Itaqui

Na noite de domingo, 26 de outubro de 2025, o estado do Maranhão enfrentou uma das maiores interrupções de energia dos últimos anos. Mais de 1.124 MW de carga foram desligados após uma falha na Subestação São Luís II, operada pela Eletronorte, subsidiária da Axia Energia (ex-Eletrobras). O incidente também afetou a termelétrica Porto do Itaqui, que teve sua geração de 359 MW interrompida.

Subestação da Eletronorte: impacto no fornecimento de energia no Maranhão

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o desligamento automático da Subestação São Luís II desencadeou uma reação em cadeia, afetando também as subestações São Luís I e III.

A falha colocou em evidência a fragilidade da infraestrutura elétrica da região e levantou preocupações sobre a possibilidade de novos apagões. A falha causou apagão parcial em São Luís e municípios vizinhos, afetando residências, hospitais, comércios e serviços essenciais.

De acordo com o ONS, 755 MW da carga interrompida estavam concentrados na capital maranhense, o que representa uma parcela significativa da demanda local. Além disso, a termelétrica Porto do Itaqui, uma das principais fontes de geração térmica da região, foi automaticamente desligada.

A previsão inicial é de que a usina retome suas operações nesta segunda-feira, às 17h, segundo atualização da Axia Energia. A interrupção simultânea da geração e da transmissão expôs gargalos críticos no sistema elétrico do Maranhão.

Subestação São Luís II da Eletronorte: ponto crítico da rede elétrica

A Subestação São Luís II é um dos principais nós de distribuição de energia no Maranhão. Sua falha comprometeu não apenas a capital, mas também o equilíbrio do sistema interligado nacional (SIN) na região Nordeste. A subestação é operada pela Eletronorte, que informou estar conduzindo uma investigação técnica para apurar as causas do desligamento.

A dependência de um único ponto de transmissão para abastecer uma área tão ampla é um risco estrutural. Análises técnicas do setor alertam que a falta de redundância e a sobrecarga em determinados trechos da rede tornam o sistema vulnerável a falhas em cascata.

Eletronorte e ONS sob pressão após falha

A Eletronorte, responsável pela operação da subestação, afirmou em nota que está colaborando com o ONS para identificar a origem da falha. O órgão regulador, por sua vez, iniciou uma análise detalhada do evento, com foco em evitar recorrências.

A confiança na estabilidade do sistema elétrico depende da transparência e da agilidade na resposta a eventos como este. O histórico de falhas em subestações no Maranhão, como o incêndio ocorrido em Peritoró em agosto de 2025, reforça a necessidade de investimentos em manutenção e modernização da infraestrutura.

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Termelétrica Porto do Itaqui: papel estratégico e vulnerabilidades

A termelétrica Porto do Itaqui desempenha um papel estratégico no fornecimento de energia para o Maranhão, especialmente em momentos de baixa geração hídrica. Com capacidade instalada de 359 MW, a usina é fundamental para garantir a estabilidade da rede.

No entanto, sua dependência da Subestação São Luís II para escoamento da energia gerada a torna vulnerável. A interrupção simultânea da geração e da transmissão expõe um gargalo crítico no sistema.

Além disso, a usina é uma das poucas alternativas térmicas disponíveis no estado, o que aumenta sua importância em situações de emergência. A paralisação da termelétrica Porto do Itaqui, mesmo que temporária, compromete a segurança energética da região.

Risco de apagões e necessidade de planejamento no setor elétrico

O episódio de 26 de outubro acendeu um alerta para o risco de apagões regionais. Embora o fornecimento tenha sido restabelecido em poucas horas, a ocorrência revelou fragilidades estruturais que podem comprometer a segurança energética do estado.

Especialistas defendem a diversificação das fontes de geração e a ampliação da malha de transmissão como medidas urgentes. Além disso, o uso de tecnologias de monitoramento em tempo real e sistemas de proteção mais robustos pode reduzir o impacto de falhas futuras.

O Maranhão, por sua localização estratégica e potencial energético, precisa de um plano de expansão que considere o crescimento da demanda e os riscos climáticos. A integração com outras regiões do Nordeste também pode oferecer maior flexibilidade operacional em situações de emergência.

Maranhão e os desafios da segurança energética

O Maranhão tem ampliado sua participação na matriz energética nacional, com destaque para fontes renováveis como solar e eólica. No entanto, a infraestrutura de transmissão ainda depende fortemente de ativos antigos e concentrados em poucos pontos.

A descentralização da geração e a modernização das subestações são essenciais para garantir a resiliência do sistema. A diversificação da matriz energética, com incentivo a projetos híbridos e armazenamento, também pode contribuir para maior estabilidade.

Além disso, é fundamental que o planejamento energético considere os impactos sociais e econômicos de interrupções como a ocorrida em outubro. A população e o setor produtivo precisam de garantias de continuidade no fornecimento.

Subestação São Luís II e a urgência de investimentos

A falha na Subestação São Luís II evidencia a necessidade de investimentos imediatos em infraestrutura crítica. A modernização dos sistemas de proteção, a duplicação de linhas e a criação de rotas alternativas de escoamento são medidas que podem mitigar riscos.

A Eletronorte, como operadora da subestação, tem papel central nesse processo. A empresa precisa apresentar um plano de ação transparente, com prazos e metas claras para evitar novos episódios.

A confiabilidade do sistema elétrico depende da capacidade de antecipar falhas e agir preventivamente. O Maranhão não pode continuar vulnerável a eventos que comprometem sua segurança energética.

Caminhos para um sistema mais resiliente

A falha que resultou na interrupção de mais de 1 GW de carga no Maranhão expôs vulnerabilidades críticas do sistema elétrico regional. A paralisação da termelétrica Porto do Itaqui e o impacto em milhares de consumidores reforçam a urgência de investimentos em infraestrutura, planejamento e tecnologia.

Evitar novos apagões exige ação coordenada entre governo, operadores e concessionárias. A segurança energética é um pilar do desenvolvimento econômico e social, e episódios como o de 26 de outubro de 2025 não podem se repetir.

O futuro do setor elétrico no Maranhão depende de decisões estratégicas tomadas agora. A modernização da Subestação São Luís II, a ampliação da malha de transmissão e a valorização de fontes renováveis são caminhos possíveis para garantir um sistema mais seguro, eficiente e sustentável.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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