Mapa global mostra que 91% dos países enfrentam níveis perigosos de poluição. Índia lidera o ranking, e especialistas alertam para os riscos.
A maioria das cidades do mundo está respirando ar poluído. Um mapa do IQAir revelou que apenas 17% das cidades atendem aos padrões de qualidade do ar da OMS.
O estudo analisou dados de 40.000 estações em 138 países. O resultado? 91% das nações tinham níveis perigosos de poluição em 2024. Os países mais afetados foram Chade, Congo, Bangladesh, Paquistão e Índia.
A Índia, aliás, abriga seis das nove cidades mais poluídas do mundo. A pior delas é Byrnihat, no nordeste do país, onde os níveis de poluição são mais de 25 vezes superiores ao recomendado.
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Como saber se sua cidade está segura pelo mapa?
O IQAir criou um mapa interativo onde é possível verificar a qualidade do ar em qualquer lugar do mundo. Para usar, basta ampliar a imagem ou pesquisar pelo nome da cidade.
A escala de cores indica os níveis de poluição:
- Azul: ar seguro, dentro dos padrões da OMS.
- Verde: poluição até o dobro do limite seguro.
- Amarelo a vermelho: poluição severa.
- Roxo: níveis mais de 10 vezes superiores ao recomendado.
Apenas sete países atenderam aos padrões da OMS em 2024: Austrália, Bahamas, Barbados, Estônia, Granada, Islândia e Nova Zelândia. A Oceania foi a região mais limpa do planeta, com 57% de suas cidades dentro dos padrões.
O impacto da poluição na saúde
A OMS alerta que a exposição ao ar poluído pode causar doenças respiratórias, câncer e até Alzheimer. Estima-se que sete milhões de pessoas morram por ano devido a problemas relacionados à poluição.
O poluente mais perigoso é o PM2,5, composto por partículas finas que entram no pulmão e na corrente sanguínea. A recomendação da OMS é que esses níveis fiquem abaixo de 5 µg/m³, mas muitas cidades ultrapassam 100 µg/m³.
O que está sendo feito?
Apesar do cenário preocupante, algumas cidades vêm melhorando. Pequim, Seul e Rybnik reduziram a poluição nos últimos anos com leis mais rígidas para veículos, indústrias e usinas.
A Associação das Nações do Sudeste Asiático também firmou um acordo para monitorar e reduzir a poluição causada por incêndios florestais, um problema comum na região.
O alerta dos especialistas
O Greenpeace Internacional fez um apelo por medidas urgentes. Aidan Farrow, cientista da organização, disse: “Precisamos de esforços globais coordenados para reduzir as emissões de poluentes antes que a crise piore ainda mais.”