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Quando 5 megabytes ocupavam duas geladeiras: como chegamos a ter terabytes em cartões minúsculos e a nuvem guardando fotos, vídeos, conversas e memórias

Publicado em 15/10/2025 às 19:48
Dos cartões perfurados aos SSDs e à nuvem, descubra como o armazenamento e os megabytes transformaram nossas memórias digitais.
Dos cartões perfurados aos SSDs e à nuvem, descubra como o armazenamento e os megabytes transformaram nossas memórias digitais.
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Da era dos cartões perfurados aos terabytes no bolso: a evolução do armazenamento mostra como os megabytes moldaram nossa vida digital.

De acordo com o canal Engenheiro Sincero, a história da computação tem um antes e um depois dos megabytes. Houve um tempo em que 5 MB exigiam um gabinete do tamanho de duas geladeiras, técnicos de jaleco e muita paciência; hoje, cartões minúsculos e a nuvem guardam nossas fotos, vídeos, conversas e memórias. Em poucas décadas, o que era raro e caro virou banal e invisível, mudando para sempre como trabalhamos, estudamos e nos divertimos.

Neste especial, explicamos a jornada dos megabytes: dos cartões perfurados e fitas magnéticas aos SSDs ultrarrápidos, data centers colossais e às próximas fronteiras DNA, holografia e até abordagens quânticas. Sem hype, sem saudosismo: apenas a linha do tempo de um salto tecnológico que coube inteiro na palma da mão.

Dos furos no papel ao primeiro disco que “apagava e regravava”

Os primeiros computadores eletrônicos alimentavam programas por cartões perfurados e fitas de papel. Cada furo era um bit; cada pilha, um pequeno aplicativo. Era frágil, lento e limitado: até um texto simples ocupava caixas e caixas.

A virada veio com o primeiro HD comercial, em meados dos anos 1950: cerca de 5 megabytes, espaço físico de duas geladeiras e a mágica de gravar, apagar e regravar. Para a época, foi revolucionário. Hoje, 5 MB não guardam uma foto do seu celular, mas ali começou a ideia de disco como o conhecemos.

Fitas, disquetes e a popularização do “salvar”

Nas décadas seguintes, fitas magnéticas dominaram o armazenamento em massa. Eram baratas e guardavam centenas de megabytes em rolos enormes, mas a recuperação era sofrida como rebobinar cassete para achar a faixa.

Em paralelo, chegaram os disquetes: do 8″ a 80 KB ao icônico 3,5″ de 1,44 MB. Eles democratizaram o “levar arquivos no bolso”, ainda que um ímã, um risco ou uma queda pudessem matar o conteúdo. Mesmo frágeis, ensinaram uma geração a apertar “Salvar” e confiar nos megabytes.

CDs, DVDs, Blu-rays: centenas de disquetes em um disco

A demanda por fotos digitais, músicas e vídeos explodiu. Entra em cena o CD (≈700 MB), depois o DVD (≈4,7 GB) e o Blu-ray (≈25 GB). De repente, centenas de disquetes cabiam em um único disco. A informática doméstica ganhou coleção de mídias: filmes, instalações de programas, backups.

O preço da praticidade? Paciência e cuidado: arranhões e gravações falhas destruíam sessões inteiras. Ainda assim, os megabytes ganharam escala popular e o hábito de gravar em casa virou rotina.

Pen drives e SSDs: quando a velocidade entrou no jogo

Os pen drives trouxeram o trio que faltava: pequenos, resistentes e plug-and-play. Começaram com megabytes, logo chegaram aos gigabytes e mudaram a logística do dia a dia escola, escritório, laboratório.

No computador, os HDs cresceram em capacidade; depois vieram os SSDs, baseados em memória flash. Sumiram as partes mecânicas, entrou a velocidade: o sistema inicia em segundos, programas abrem quase instantaneamente e jogos carregam muito mais rápido. A experiência de uso saltou de “esperar megabytes” para “esquecer que eles existem”.

Data centers e nuvem: os megabytes foram para longe e ficaram mais perto

Enquanto o usuário celebrava pendrives e SSDs, o mundo corporativo ergueu data centers verdadeiras cidades tecnológicas que armazenam exabytes. É ali que vivem seus álbuns do celular, vídeos, conversas, documentos. A nuvem simplificou: com uma conta, você ganha espaço, sincroniza dispositivos e delega backup, redundância e segurança.

Por trás da mágica, há engenharia pesada: resfriamento constante, redundância, segurança física e lógica e a preocupação ambiental. Se o futuro é digital, ele precisa ser sustentável e a infraestrutura está correndo atrás disso.

O que vem depois dos terabytes: DNA, holografia e novas fronteiras

A evolução não parou. Armazenamento em DNA explora moléculas para guardar dados com densidade absurda; mídia holográfica grava em camadas no volume do material, multiplicando a capacidade; abordagens quânticas investigam novas formas de representar e preservar informação. Parece ficção, mas já está em laboratório e mira arquivamento de longo prazo.

Mais do que aumentar números, a próxima etapa busca durabilidade, eficiência energética e acesso confiável por décadas. Afinal, não é só sobre juntar megabytes; é sobre não perder memórias.

Por que a história dos megabytes importa

Armazenar virou respirar: automático, contínuo e indispensável. Dos cartões que ajudaram a levar o homem à Lua aos data centers que guardam a nossa vida digital, os megabytes foram o fio condutor. O salto foi técnico, mas o impacto é humano: preservar lembranças, compartilhar conhecimento, criar sem medo de apagar.

Hoje, um cartão minúsculo guarda o que antes pedia salas inteiras. Amanhã, talvez caiba tudo em algo do tamanho de uma caixa de sapatos e ninguém mais perguntará “quantos MB tem?”. Perguntaremos: por quanto tempo esse dado vive e quão seguro ele está?

Qual foi o primeiro momento em que você pensou “uau, isso tem muito espaço” um disquete de 1,44 MB, um CD de 700 MB, um pen drive de 2 GB ou o primeiro SSD? E hoje: você confia tudo à nuvem ou ainda guarda cópias locais? Conte nos comentários como você organiza seus megabytes (e o que já perdeu ou salvou por causa deles). Sua história ajuda a entender a próxima revolução.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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