O governo federal lançou em 2025 um programa de financiamento para reformas residenciais, com crédito de até R$ 100 mil, juros reduzidos e prazo de pagamento de até oito anos.
O governo federal anunciou, em setembro de 2025, um novo programa nacional de financiamento voltado à reforma de casas em todo o país. Segundo reportagem do O Globo (25/09/2025), a proposta permitirá que famílias contratem empréstimos de até R$ 100 mil, com pagamento em 96 parcelas — equivalentes a oito anos — e juros bem abaixo dos praticados no mercado.
A medida busca movimentar o setor da construção civil e oferecer uma alternativa real de melhoria habitacional para famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam dificuldades para custear reformas estruturais.
Foco em moradias populares e impacto social
O programa, que será operacionalizado pela Caixa Econômica Federal, priorizará famílias de baixa e média renda. A ideia é permitir que moradores façam obras de ampliação, pintura, troca de telhado, instalação elétrica e hidráulica, entre outras melhorias que aumentem a segurança e o conforto do lar.
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Segundo fontes do Ministério das Cidades, o crédito deverá ter carência inicial e subsídio parcial para famílias inscritas no CadÚnico, ampliando o alcance social da medida. O governo também estuda linhas diferenciadas de financiamento para quem deseja regularizar o imóvel antes da reforma, uma situação comum em áreas urbanas consolidadas.
Condições e prazos do novo financiamento
O empréstimo habitacional poderá ser quitado em até 96 meses (oito anos), com possibilidade de juros entre 4% e 8% ao ano, de acordo com a faixa de renda. Os contratos serão intermediados pela Caixa Econômica Federal e bancos parceiros, seguindo modelo semelhante ao usado em programas como o Minha Casa, Minha Vida.
A expectativa é que os primeiros contratos sejam liberados até o primeiro semestre de 2026, após publicação do decreto regulamentador e definição do orçamento-base.
Economia e geração de empregos
O governo estima que o novo programa de reforma habitacional possa movimentar bilhões de reais na economia, impulsionando principalmente pequenas construtoras, lojas de materiais de construção e mão de obra local.
Cada R$ 1 bilhão investido em habitação popular, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), pode gerar cerca de 60 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A aposta é que, ao liberar crédito para reformas, o programa aqueça a cadeia produtiva sem a necessidade de construir novas unidades do zero, o que reduz custos e amplia o impacto social.
Comparação com programas anteriores
O projeto será complementar ao Minha Casa, Minha Vida, que hoje financia apenas imóveis novos ou usados. Diferentemente dele, o novo programa permitirá que famílias que já possuem moradia façam melhorias estruturais ou ampliações, corrigindo uma lacuna histórica da política habitacional brasileira.
Programas estaduais semelhantes, como o Casa Verde e Amarela Reforma (lançado em alguns estados em 2023), serviram de modelo para a nova iniciativa federal.
Próximos passos e expectativa de lançamento
O decreto que regulamentará o programa deve ser publicado até o fim de 2025, após ajustes entre os ministérios da Fazenda, das Cidades e do Desenvolvimento Social. O governo estuda, ainda, parcerias com governos estaduais e prefeituras para ampliar o número de beneficiários e reduzir custos de operação.
Em entrevista, técnicos do MDR destacaram que o programa não é um subsídio direto, mas um empréstimo com condições especiais que busca equilibrar responsabilidade fiscal e impacto social.
A reforma que pode reformar o país
O novo programa do governo, com crédito de até R$ 100 mil e prazo de oito anos, representa mais do que um benefício habitacional — é uma estratégia de reativação econômica e resgate da dignidade das moradias brasileiras.
Para milhões de famílias que sonham em reformar o lar, o projeto surge como a ponte entre a casa ideal e o orçamento possível. Se cumprir o prometido, o programa pode marcar o início de uma nova fase na política habitacional do país — uma reforma que começa dentro das casas, mas se estende por toda a economia.