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Produção de petróleo no pré-sal bate recorde histórico e consolida o Brasil entre os maiores produtores globais

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 03/11/2025 às 12:41
Produção de petróleo e gás natural no pré-sal atinge novo recorde em setembro, com aumento de mais de 12% em relação a 2024. Dados da ANP revelam crescimento contínuo da exploração offshore e alta eficiência na redução da queima de gás natural.
Produção de petróleo e gás natural no pré-sal atinge novo recorde em setembro, com aumento de mais de 12% em relação a 2024. Dados da ANP revelam crescimento contínuo da exploração offshore e alta eficiência na redução da queima de gás natural.
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Produção de petróleo e gás natural no pré-sal atinge novo recorde em setembro, com aumento de mais de 12% em relação a 2024. Dados da ANP revelam crescimento contínuo da exploração offshore e alta eficiência na redução da queima de gás natural.

A indústria de petróleo brasileira segue em ritmo acelerado de expansão. Em setembro de 2025, o país registrou mais um marco histórico: a produção combinada de petróleo e gás natural do pré-sal atingiu 4,143 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Os dados, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, confirmam a força do setor energético nacional e o papel estratégico do Brasil no cenário global.

Esse número representa um aumento de 2,7% em relação ao mês anterior e 12,5% na comparação com setembro de 2024, consolidando o avanço tecnológico e operacional nas plataformas marítimas. No total, a produção nacional de petróleo e gás natural, somando pré-sal, pós-sal e áreas terrestres, chegou a 5,114 milhões de boe/d. Embora o recorde absoluto tenha sido alcançado em julho (5,160 milhões de boe/d), setembro manteve o ritmo de alta sustentado.

Pré-sal: protagonista absoluto na matriz energética brasileira

A produção do pré-sal foi responsável por 81,1% de todo o volume nacional, reforçando sua importância para o abastecimento e a balança comercial do país. A operação de 169 poços ativos resultou em 3,209 milhões de barris de petróleo por dia (bbl/d) e 148,37 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m³/d).

Os campos marítimos continuam sendo o coração da exploração nacional, respondendo por 97,6% da produção de petróleo e 85,7% do gás natural. A Petrobras mantém sua liderança expressiva, sendo responsável por 91,29% do total produzido, seja de forma direta ou por meio de consórcios.

De acordo com especialistas, esse desempenho reforça a eficiência das novas tecnologias aplicadas à exploração offshore, especialmente nas bacias do pré-sal, onde o volume de extração cresce de forma sustentável e contínua.

Aproveitamento de gás natural avança com redução significativa da queima

Outro ponto de destaque foi o aumento da eficiência no aproveitamento de gás natural, que alcançou 97,9% em setembro. No total, 66,24 milhões de metros cúbicos por dia foram disponibilizados ao mercado, enquanto a queima foi reduzida para 4,10 milhões de m³/d — uma queda expressiva de 16,1% em relação a agosto.

Embora ainda haja desafios para o aproveitamento total do gás associado à extração de petróleo, os números refletem o comprometimento do setor com práticas mais limpas e alinhadas às metas de sustentabilidade energética. Mesmo com o crescimento de 12,8% na comparação com setembro de 2024, a queima de gás tem sido progressivamente controlada.

Essa melhora é fruto de investimentos contínuos em infraestrutura de transporte, compressão e reinjeção do gás natural nas jazidas, o que também aumenta a eficiência da produção de petróleo.

Campos de destaque: Tupi e Búzios lideram a produção nacional

Entre os campos que se destacaram em setembro, o Campo de Tupi, localizado na Bacia de Santos, manteve-se como o maior produtor do país. Foram 818,08 mil barris de petróleo por dia e 40,48 milhões de metros cúbicos de gás natural, reforçando sua relevância estratégica para o setor.

A instalação com maior produção individual de petróleo foi o FPSO Almirante Tamandaré, responsável por 222.160 bbl/d e operando nos campos de Búzios e Tambuatá. Já no gás natural, a liderança ficou com o FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, que produziu 12,13 milhões de m³/d.

Essas unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs) são peças-chave na exploração em águas profundas e ultraprofundas, representando o que há de mais avançado em tecnologia no setor de petróleo offshore.

Variações e estabilidade na produção nacional

As variações observadas mês a mês fazem parte da rotina operacional da indústria de petróleo. Mudanças como paradas programadas para manutenção, entrada de novos poços em operação e início do comissionamento de plataformas impactam os resultados mensais, mas têm como objetivo principal garantir a estabilidade e a segurança das operações a longo prazo.

Segundo a ANP, o comportamento da produção é cuidadosamente monitorado para assegurar que o crescimento do setor ocorra de forma sustentável, sem comprometer o desempenho técnico das unidades de extração.

Além da versão tradicional em formato PDF, o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural agora pode ser consultado de forma interativa, por meio de uma plataforma de Business Intelligence (BI). Acesse aqui.

Essa tecnologia permite que o usuário explore dados detalhados da produção, com filtros por campos, estados e bacias, além de acompanhar variações mensais e anuais. A iniciativa reforça o compromisso da ANP com a transparência e com o acesso público às informações energéticas nacionais.

O avanço no uso de dados digitais também facilita a análise de tendências e o acompanhamento do desempenho de cada instalação produtora, fortalecendo a governança sobre o setor e permitindo decisões mais precisas sobre investimentos e regulação.

Setor de petróleo mantém papel estratégico na transição energética

Mesmo diante do crescimento das fontes renováveis, como a energia solar e eólica, o petróleo continua sendo essencial para a segurança energética e o equilíbrio da matriz nacional. A produção recorde do pré-sal, combinada com práticas mais sustentáveis e eficientes, mostra que é possível conciliar expansão econômica e responsabilidade ambiental.

O desempenho de setembro reforça que o Brasil está consolidado entre os grandes produtores globais, com um modelo de exploração que alia inovação, governança e sustentabilidade, pilares fundamentais para o futuro da energia no país.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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