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Produção de gás natural cresce 31% no Rio Grande do Norte enquanto produção de petróleo offshore recua 29% e reconfigura matriz energética estadual

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 24/10/2025 às 15:16
Rede de tubos industriais de gás natural com destaque para tubo amarelo rotulado sob céu nublado em cenário energético.
Foto: Produção de gás natural cresce 31% no Rio Grande do Norte enquanto produção de petróleo no mar recua 29% e reconfigura matriz energética estadual
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O Rio Grande do Norte avança na produção de gás natural e fortalece sua participação na matriz energética, enquanto o petróleo offshore registra queda e redefine investimentos no setor energético brasileiro

Segundo uma matéria da Tribuna do Norte nesta quinta-feira (23), o Rio Grande do Norte vivenciou uma transformação energética significativa: a produção de gás natural cresceu 31%, enquanto o petróleo offshore recuou 29%, reconfigurando a matriz energética estadual.

Gás Natural impulsiona nova fase da matriz energética

No segundo trimestre de 2025, o estado do Rio Grande do Norte registrou crescimento expressivo na produção de gás natural, com aumento de 31,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse avanço representa 3,1 milhões de metros cúbicos adicionais, segundo o Boletim de Petróleo e Gás da Sedec.

Esse salto na produção é resultado direto da atuação das petrolíferas independentes que operam em campos terrestres da Bacia Potiguar. A substituição da Petrobras por empresas menores, conhecidas como “Oil Juniors”, tem sido importante para a recuperação da produção em terra e para o fortalecimento da matriz energética estadual.

Queda na produção de petróleo offshore e seus reflexos

Por outro lado, a produção de petróleo offshore — aquela realizada em plataformas marítimas — caiu 29,32%, reflexo do esgotamento natural dos campos em operação.

Essa queda acentuada marca uma virada na composição da matriz energética potiguar, que passa a depender mais do gás natural e menos do petróleo extraído no mar.

A redução na atividade offshore levanta preocupações sobre a sustentabilidade das operações marítimas, especialmente diante da ausência de novos investimentos em exploração e da maturidade dos campos existentes.

Rio Grande do Norte: transição energética em curso

A mudança nos índices de produção tem implicações diretas na matriz energética do Rio Grande do Norte, que historicamente foi sustentada pela exploração de petróleo, tanto em terra quanto no mar. Com o recuo das atividades offshore, o gás natural ganha protagonismo como fonte energética mais estável e menos vulnerável à exaustão dos campos.

Essa reconfiguração energética é estratégica, pois o gás natural possui aplicações industriais, comerciais e residenciais, além de ser considerado uma fonte de transição para uma economia de baixo carbono. A diversificação da matriz energética estadual também fortalece a segurança energética e reduz a dependência de combustíveis fósseis marítimos.

Royalties e arrecadação: impacto econômico da nova matriz energética

Apesar da queda na produção de petróleo offshore, o Rio Grande do Norte registrou aumento de 1,37% na arrecadação de royalties, totalizando R$ 61,7 milhões no segundo trimestre de 2025. Esse crescimento é atribuído à valorização do gás natural e à eficiência das petrolíferas independentes que operam em terra.

Segundo Hugo Fonseca, secretário-adjunto da Sedec, a substituição gradual da Petrobras por empresas independentes tem sido um fator positivo. As chamadas “Oil Juniors” passaram a operar 100% dos campos terrestres na Bacia Potiguar, promovendo maior dinamismo e recuperação da produção em terra.

Esse novo cenário também favorece a interiorização dos investimentos, com municípios do interior recebendo mais recursos e oportunidades de desenvolvimento econômico.

Gás natural como vetor de crescimento e sustentabilidade

O gás natural se consolida como vetor de crescimento econômico e energético no estado. Além de ser menos poluente que o petróleo, sua produção tem se mostrado mais estável e escalável. A infraestrutura de distribuição, como gasodutos e estações de compressão, também tem sido ampliada para atender à crescente demanda.

Empresas locais e indústrias têm investido em tecnologias para aproveitar o gás natural, reduzindo custos operacionais e emissões de carbono. Essa tendência acompanha o movimento global de transição energética, no qual o gás natural desempenha papel central.

Além disso, o uso do gás natural como combustível para geração de energia elétrica tem crescido, substituindo fontes mais poluentes e contribuindo para o cumprimento de metas ambientais.

Petróleo offshore: desafios e perspectivas futuras

A queda de 29% na produção de petróleo offshore levanta preocupações sobre a viabilidade de manter operações marítimas no estado. O esgotamento dos campos e a falta de novos investimentos em exploração dificultam a retomada do crescimento nesse segmento.

Contudo, especialistas apontam que há potencial para revitalização de campos maduros, mediante tecnologias de recuperação avançada e incentivos fiscais. A retomada dependerá de políticas públicas e da atratividade do mercado para novos operadores.

A Petrobras, por sua vez, tem redirecionado seus investimentos para áreas mais promissoras em outras regiões do país, o que reforça a necessidade do Rio Grande do Norte buscar alternativas energéticas e novos parceiros estratégicos.

A importância da diversificação energética no Rio Grande do Norte

A reconfiguração da matriz energética do Rio Grande do Norte evidencia a necessidade de diversificação das fontes de energia. Apostar em gás natural, energia solar, eólica e biomassa é essencial para garantir sustentabilidade, competitividade e segurança energética.

A transição energética não é apenas uma tendência global, mas uma necessidade regional, especialmente em estados como o RN, que enfrentam desafios com campos petrolíferos maduros e em declínio.

O estado já é destaque nacional na geração de energia eólica, e a integração dessa fonte com o gás natural pode criar um sistema híbrido eficiente e resiliente. Além disso, há espaço para expansão da energia solar, especialmente em áreas rurais e industriais.

Petróleo e Gás Natural: caminhos para o futuro energético do RN

Desta forma, o Rio Grande do Norte iniciou uma nova fase em sua trajetória energética. O crescimento de 31% na produção de gás natural e o recuo de 29% no petróleo offshore sinalizam uma mudança estrutural na matriz energética estadual.

Esse cenário exige planejamento estratégico, investimentos em infraestrutura e políticas públicas voltadas à sustentabilidade. O gás natural surge como protagonista, enquanto o petróleo offshore enfrenta desafios que demandam inovação e renovação.

Para o futuro, o equilíbrio entre fontes renováveis e não renováveis será essencial, e o Rio Grande do Norte tem potencial para liderar essa transformação no Nordeste brasileiro.

A aposta em inovação, capacitação profissional e atração de novos investimentos será determinante para consolidar essa nova matriz energética e garantir desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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