Assim, entenda rapidamente: apreensão milionária, rota interrompida e histórico recente de grandes operações em Roraima
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 11,6 quilos de ouro de origem ilegal avaliados em R$ 8 milhões, durante uma operação na BR-174, em Boa Vista (RR). A ação ocorreu na última sexta-feira e integrou o esforço nacional para enfraquecer a logística do garimpo que ameaça a Terra Indígena Yanomami, localizada entre Amazonas e Roraima.
A Casa de Governo em Roraima coordenou a operação, que representa mais um avanço das forças federais no combate à extração clandestina de minérios. Os agentes encontraram 20 barras de ouro escondidas dentro de um veículo conduzido por um homem de 48 anos. O suspeito foi preso em flagrante e agora está sob custódia da Justiça Federal.
Detalhes da operação e desdobramentos
Durante a abordagem, o motorista afirmou não saber o conteúdo do pacote que carregava. Além disso, ele contou ter recebido a encomenda em Mucajaí (RR) para entregar em Boa Vista. Mesmo assim, as autoridades consideram essa versão incoerente, já que o ouro seguia rota usada por redes criminosas. A PRF confirmou que a investigação busca identificar os responsáveis pelo transporte e destino final do material.
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De acordo com o superintendente da PRF em Roraima, o foco da ação é bloquear a logística que sustenta o garimpo ilegal. Com isso, o objetivo é interromper o fluxo financeiro dessas atividades e garantir maior segurança às comunidades indígenas. As forças de segurança também reforçaram o monitoramento aéreo e terrestre, especialmente nas áreas próximas à Terra Yanomami.
Histórico recente de grandes apreensões
Nos últimos dois anos, as forças federais ampliaram a fiscalização e obtiveram resultados expressivos em Roraima. Em agosto de 2025, a PRF interceptou 103 quilos de ouro na BR-401, em Boa Vista. O material valia mais de R$ 61 milhões, sendo a maior apreensão da história da corporação.
Em novembro de 2024, outra operação da PRF resultou na apreensão de 21 quilos de ouro, divididos em 33 barras, avaliadas em cerca de R$ 10 milhões, no município de Rorainópolis. No mesmo período, a Polícia Federal encontrou 11,7 quilos de ouro sem origem legal no Aeroporto Internacional de Boa Vista, avaliados em R$ 8,1 milhões.
Com o caso mais recente, as forças federais já retiraram 150,4 quilos de ouro de circulação, somando mais de R$ 104 milhões em bens ilegais. Esses resultados reforçam o impacto das operações conjuntas e mostram o fortalecimento da presença do Estado em áreas de conflito ambiental.
Impactos ambientais e sociais do garimpo ilegal
O garimpo ilegal na Amazônia gera danos ambientais e sociais graves, principalmente na Terra Yanomami. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a mineração irregular provoca desmatamento acelerado, poluição dos rios com mercúrio e problemas de saúde nas aldeias indígenas.
Além disso, a atividade ilegal fomenta o tráfico de armas e combustível, alimentando redes de violência e exploração humana. Por esse motivo, o governo decidiu intensificar a cooperação entre PRF, PF, Ibama e Exército, a fim de eliminar rotas clandestinas e cortar o financiamento do garimpo.
Em comunicado oficial, a Casa de Governo em Roraima destacou que o plano federal busca enfraquecer financeiramente as organizações envolvidas e restaurar a segurança territorial. A meta é preservar o meio ambiente, proteger as comunidades tradicionais e garantir estabilidade na região norte do país.
Linha do tempo das principais operações
Novembro de 2024 — PRF (Rorainópolis): 21 kg de ouro, cerca de R$ 10 milhões.
Novembro de 2024 — PF (Aeroporto de Boa Vista): 11,7 kg, avaliados em R$ 8,1 milhões.
Agosto de 2025 — PRF (Boa Vista, BR-401): 103 kg, mais de R$ 61 milhões.
Outubro de 2025 — PRF (Boa Vista, BR-174): 11,6 kg, cerca de R$ 8 milhões.
Essas informações foram confirmadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), pela Polícia Federal (PF) e pela Casa de Governo em Roraima, com base em relatórios oficiais divulgados entre novembro de 2024 e outubro de 2025.
A ofensiva federal e o futuro da fiscalização
Especialistas em segurança pública avaliam que a integração entre as forças federais é essencial para desmontar o garimpo ilegal e recuperar o controle territorial da região. Além disso, o governo federal planeja novas operações conjuntas com o Exército e o Ibama para vigiar as rotas aéreas e fluviais usadas pelos criminosos.
Por fim, a PRF anunciou que manterá as operações intensificadas em todo o estado de Roraima. O objetivo é neutralizar as rotas de transporte de ouro ilegal, proteger as comunidades indígenas e restaurar o equilíbrio ambiental. Dessa forma, o governo busca garantir uma Amazônia mais segura e sustentável.
Você acredita que as operações federais conseguirão eliminar o garimpo ilegal na Amazônia ou o problema exige medidas ainda mais rigorosas e duradouras?