O presidente do Peru, Martín Vizcarra, disse na segunda-feira que a Odebrecht não deve continuar trabalhando no Peru porque a construtora brasileira “contaminou a atividade privada” e admitiu subornar funcionários públicos.
A declaração de Vizcarra acontece semanas depois de a Odebrecht Peru assinar um acordo com as autoridades peruanas para pagar uma multa de US $ 182 milhões em 15 anos que permitiria continuar operando no país em troca de evidências sobre as autoridades que subornaram para ganhar projetos de infraestrutura
Vizcarra se preparava na segunda-feira para viajar ao Brasil para a inauguração de Jair Bolsonaro na terça-feira. Ele disse à rádio local RPP que a Odebrecht “se desqualificou do trabalho com os peruanos”, pagando subornos.
“Independentemente do acordo que a Odebrecht tenha feito com o Ministério Público em troca de informações, o que eu respeito, é minha opinião que não deve continuar trabalhando no Peru”, afirmou.
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“(Isso) é uma empresa que contaminou o setor privado. Há muitas empresas respeitáveis aqui, mas agora há desconfiança de todas as empresas por causa da Odebrecht.”
A Odebrecht está aguardando autorização do governo Vizcarra para a venda de sua usina hidrelétrica no Peru para as Três Gargantas, na China, por cerca de US $ 1,39 bilhão, parte do qual seria usado para pagar dívidas a fornecedores locais e garantir o pagamento de indenização civil.
O presidente peruano tomou posse no final de março após a renúncia do presidente Pedro Pablo Kuczynski, acusado de ligações com a Odebrecht – ligações que ele negou.