Prates destaca a importância da Petrobras no cenário econômico e ambiental do país, e sua responsabilidade em equilibrar a exploração de petróleo com medidas de preservação e segurança ambiental.
Em uma audiência pública conjunta no Senado, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, abordou questões cruciais relacionadas à exploração de petróleo próximo à costa do Amapá, na região do Foz do Amazonas. O evento, realizado na última quarta-feira, (16/08), reuniu as comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional e Turismo. Prates enfatizou a importância de compreender a situação de maneira abrangente, afastando exacerbações e mal-entendidos.
Veja na íntegra a audiência pública e as falas do presidente da Petrobras
Jean Paul Prates explica que exploração de petróleo na região não é novidade e ressalta o histórico da Petrobras
O presidente da Petrobras refutou a ideia de que a empresa estaria iniciando uma nova produção de petróleo na região.
Ele explicou que já existe uma atividade considerável ocorrendo, com petróleo sendo transportado diariamente pelo Rio Amazonas até a refinaria de Manaus.
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Como exemplo, Prates destacou o Polo de Urucu, que opera na Amazônia desde 1986, demonstrando que a exploração de petróleo na região não é uma novidade.
Prates também salientou a questão dos riscos. Entre as várias explorações de petróleo na região, ele argumentou que a perfuração próxima à costa do Amapá é a menos arriscada.
O presidente da Petrobras justificou sua posição, apontando que essa atividade possui o menor potencial de causar danos ambientais e oferece mais condições para gerar receitas tanto para o governo quanto para a população local.
Ele mencionou o histórico da Petrobras em relação a acidentes e vazamentos, destacando que a empresa mantém um baixo índice desses incidentes.
No entanto, Prates também admitiu que, embora seja uma possibilidade remota, o vazamento é uma eventualidade presente na produção de petróleo.
Debate sobre transição energética e investimento em petróleo marca audiência do presidente da Petrobras
Quanto à localização específica da exploração, Prates ressaltou que a área a ser perfurada está a 170 km da costa do Amapá e a 580 km da foz do Amazonas.
Ele esclareceu que, mesmo no processo de licenciamento, é declarada a remota probabilidade de qualquer óleo eventualmente vazado atingir a costa, devido às correntes marítimas e ventos que direcionariam qualquer vazamento para longe da região.
O presidente da Petrobras enfatizou a diferença entre a licença ambiental solicitada pela empresa, destinada a determinar a viabilidade da descoberta de petróleo, e uma futura licença para a produção do óleo.
Ele explicou que, caso sejam descobertas reservas de petróleo na região, uma análise econômica será necessária para avaliar sua viabilidade comercial.
Isso inclui a construção de infraestrutura para a produção em larga escala, um processo que pode levar de cinco a oito anos.
Além disso, Prates defendeu a ideia de que a exploração de petróleo deve financiar a transição energética.
Ele discordou do movimento internacional “Just Stop Oil”, que prega a proibição de novas licitações de exploração de petróleo como uma maneira de acelerar a transição para fontes de energia mais sustentáveis.
Prates argumentou que a transição energética é um processo gradual e que a exploração de petróleo ainda é necessária para sustentar essa transição.
Jean Paul Prates também participou de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado, onde discutiu os danos ambientais causados pela petroquímica Braskem em Maceió.
A Petrobras possui participação significativa na empresa, sendo detentora de 36,1% do capital total e 47% do capital votante.