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Prefeitura enviou R$ 1,8 milhão de auxílio a um único morador por engano: o homem gastou tudo em apostas online e foi preso

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 07/10/2025 às 19:59
Prefeitura do Japão comete erro e envia R$ 1,8 milhão a um morador, que gastou tudo em apostas online, gerando escândalo e crise administrativa.
Prefeitura do Japão comete erro e envia R$ 1,8 milhão a um morador, que gastou tudo em apostas online, gerando escândalo e crise administrativa.
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O caso em que a Prefeitura da cidade de Abu, no Japão, transferiu por erro o equivalente a R$ 1,8 milhão para um único morador e viu todo o dinheiro desaparecer em apostas online expôs falhas graves na administração pública e no controle de pagamentos sociais

O episódio que envolveu a Prefeitura de Abu, na província japonesa de Yamaguchi, tornou-se um dos maiores escândalos administrativos recentes do país. Em abril de 2022, um funcionário cometeu um erro de envio e depositou o valor total de 46,3 milhões de ienes, equivalente a cerca de R$ 1,8 milhão, na conta de apenas um morador. O dinheiro deveria ser dividido entre 463 famílias de baixa renda como parte de um programa de auxílio emergencial durante a pandemia.

O beneficiário acidental, Sho Taguchi, de 24 anos, não devolveu o montante. Em poucas semanas, gastou toda a quantia em apostas online e acabou sendo preso por fraude eletrônica. O caso provocou indignação pública, pedidos de desculpa oficiais e uma corrida da Prefeitura para recuperar os valores desviados.

Como o erro aconteceu

A falha ocorreu durante o processo de transferência bancária coletiva.

A cidade ainda utilizava disquetes para enviar os dados de pagamento, e uma formatação incorreta fez com que a conta de Sho Taguchi fosse interpretada como destinatária do valor total.

O erro passou despercebido até que os demais beneficiários começaram a reclamar do não recebimento dos repasses.

Ao perceber o problema, a Prefeitura tentou contato imediato com o morador.

Taguchi prometeu devolver o dinheiro, mas desapareceu em seguida. Poucos dias depois, transferiu quase toda a quantia para empresas de apostas online.

A Prefeitura então acionou a Justiça para bloquear as transações e tentar reaver os recursos.

O destino do dinheiro e a prisão do morador

As investigações revelaram que Taguchi havia movimentado o dinheiro rapidamente entre contas ligadas a três processadoras de pagamento.

Uma delas ainda mantinha parte do saldo e devolveu mais de 35 milhões de ienes à Prefeitura, o que foi essencial para recuperar boa parte do montante.

Mesmo assim, o jovem foi indiciado e preso em maio de 2022. Ele confessou ter perdido todo o dinheiro em sites de apostas e declarou arrependimento.

Em fevereiro de 2023, um tribunal distrital de Yamaguchi o condenou a três anos de prisão, com pena suspensa por cinco anos, considerando que o valor havia sido restituído e que ele demonstrou cooperação durante o processo.

O impacto financeiro e político para a Prefeitura

A Prefeitura de Abu precisou refazer todos os pagamentos às 463 famílias de baixa renda, o que representou um novo gasto de 46,3 milhões de ienes e gerou forte repercussão entre os contribuintes.

O prefeito Norihiko Hanada fez um pedido público de desculpas e prometeu revisar os protocolos de transferência eletrônica para evitar novos erros.

O caso também abriu debate nacional sobre a segurança dos sistemas de repasse social.

Muitos japoneses ficaram surpresos ao saber que algumas administrações locais ainda operavam com disquetes e sistemas manuais.

Especialistas apontaram que o episódio demonstrou como pequenas falhas técnicas podem gerar prejuízos milionários e abalar a confiança da população na gestão pública.

A repercussão e as lições do caso

O episódio de Abu virou símbolo de negligência administrativa e de vulnerabilidade diante das novas formas de aposta digital.

A forma como o dinheiro foi gasto reacendeu discussões sobre vício em jogos online e controle financeiro pessoal.

Ao mesmo tempo, a Prefeitura conseguiu reaver praticamente todo o valor graças à atuação judicial e à devolução feita pelas empresas envolvidas.

Ainda assim, o caso deixou marcas profundas: a imagem pública da cidade foi arranhada, e a falha evidenciou a urgência de modernizar os sistemas de pagamento do setor público japonês.

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Bruno Teles

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