Projeto aprovado pela Câmara transforma o jeito de estacionar no Rio com tecnologia, segurança e fim das cobranças abusivas
Uma mudança histórica está prestes a transformar o cotidiano dos motoristas no Rio de Janeiro. Em 9 de outubro de 2025, a Câmara Municipal aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei nº 156/2025, que acaba com a atuação dos flanelinhas e cria um sistema digital de estacionamento administrado pela prefeitura.
A proposta ainda passará por uma segunda votação. Se confirmada, seguirá para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes. De acordo com o texto, o objetivo é substituir a cobrança informal por um modelo eletrônico e automatizado, utilizando aplicativos, GPS e leitura de placas. Assim, a prefeitura pretende garantir segurança, transparência e padronização no uso das vagas públicas.
Especialistas em mobilidade urbana consideram que essa iniciativa representa um passo decisivo rumo à modernização da gestão viária, aproximando o Rio das práticas de grandes capitais globais.
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Sistema digital trará mais controle e eficiência
Segundo a proposta, o novo formato eliminará a presença de intermediários. Além disso, permitirá o pagamento das vagas por meios eletrônicos, com cobrança proporcional ao tempo de uso. O sistema promete simplificar o processo, reduzir conflitos e assegurar controle direto pela prefeitura.
Atualmente, o estacionamento rotativo cobra R$ 2 por até quatro horas. Entretanto, motoristas relatam que raramente conseguem pagar esse valor, pois muitos flanelinhas exigem quantias mais altas, sobretudo em locais de grande movimentação, como praias, estádios e áreas de eventos.
Com o novo sistema digital, a prefeitura espera aumentar a segurança e coibir cobranças indevidas. Além disso, a medida deve melhorar a arrecadação pública, garantir transparência e reduzir custos operacionais. Desse modo, o controle das vagas será feito com maior eficiência e fiscalização constante.
Segunda votação e sanção do prefeito Eduardo Paes
O presidente da Câmara Municipal, Carlos Caiado (PSD), confirmou que a segunda votação acontecerá na semana de 14 de outubro de 2025. Caso o projeto seja novamente aprovado, seguirá para o gabinete do prefeito Eduardo Paes, que poderá sancionar ou vetar a proposta.
Se sancionada, a lei entrará em vigor após um período de adaptação de até um ano. Durante esse tempo, a prefeitura implantará os sistemas eletrônicos de pagamento e organizará a fiscalização das ruas. Além disso, a Secretaria Municipal de Transportes será responsável por coordenar o processo, garantindo uma transição segura, gradual e eficiente.
Reações positivas e desafios de implementação
A notícia foi recebida com entusiasmo por boa parte da população. Motoristas destacam que a medida pode eliminar constrangimentos e ameaças comuns em áreas dominadas por flanelinhas. “Pagamos por medo de represália, não por serviço”, afirmou um motorista ouvido pelo O Dia.
Ainda assim, especialistas alertam que o sucesso do novo modelo dependerá da fiscalização rigorosa e da educação digital dos usuários. Por esse motivo, a prefeitura pretende realizar campanhas informativas para ensinar o uso dos aplicativos de pagamento. Dessa forma, espera-se evitar confusões, ampliar a adesão popular e garantir que o sistema funcione de forma acessível a todos.
Transformação urbana e impacto social
O projeto faz parte de uma estratégia mais ampla de reorganização do espaço urbano. Com o fim da cobrança informal, será possível reduzir conflitos nas vias, melhorar o fluxo de veículos e aumentar a sensação de segurança em locais públicos.
Além disso, a digitalização do estacionamento permitirá que a prefeitura monitore em tempo real a ocupação das vagas, otimizando o tráfego e incentivando o uso racional do espaço público. Por consequência, a cidade poderá melhorar a mobilidade urbana e reduzir os impactos ambientais do trânsito desordenado.
A expectativa é que o modelo sirva de exemplo para outras capitais brasileiras, consolidando o Rio de Janeiro como referência em inovação e gestão pública moderna.
O que o futuro reserva para os motoristas cariocas?
Se bem implementada, a nova lei poderá encerrar uma prática antiga e polêmica e inaugurar uma nova era de eficiência e tecnologia no trânsito do Rio. Além disso, o projeto simboliza um avanço no combate à informalidade, fortalecendo a autoridade do poder público e devolvendo aos cidadãos o direito de estacionar com tranquilidade.
O desafio, portanto, será garantir que o sistema eletrônico funcione com estabilidade e que o processo de fiscalização seja justo e transparente.
Afinal, o que você acha: o fim dos flanelinhas e o avanço digital realmente vão transformar o trânsito do Rio de Janeiro?