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Edifício à beira-mar em Ubatuba chama atenção por suas varandas com piscinas de 14 mil litros, fachada em zigue-zague e apartamentos de luxo que ultrapassam R$ 4,7 milhões. Projeto une design arrojado, engenharia complexa e forte apelo nas redes sociais.
O VIW Residence, em frente à Praia Grande, em Ubatuba (SP), viralizou ao exibir varandas com piscinas privadas de até 14 mil litros — carga estimada em 14 toneladas — organizadas em um desenho em zigue-zague na fachada.
São 27 apartamentos, com metragens que chegam a 335 m², e um vídeo ultrapassou a marca de 1 milhão de visualizações, impulsionando a busca por detalhes do projeto e do mercado.
Onde fica e quando foi entregue
Erguido de frente para a orla da Praia Grande, o edifício começou a sair do papel em 2019 e foi entregue aos proprietários ao longo de 2023.
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A primeira temporada de verão com moradores serviu para viralizar as imagens das sacadas aquáticas.
Assinatura e conceito arquitetônico
O empreendimento foi projetado pelos escritórios Ivan Ventura Arquitetura e Yuri Vital, com conclusão em 2023.
O memorial de projeto informa que as piscinas nas varandas — uma por unidade — foram desenhadas a partir das linhas das montanhas que circundam Ubatuba, formando a leitura em zigue-zague visível na fachada.
O conjunto soma 27 residências e áreas comuns como academia, sauna e piscina interna.
Como funcionam as piscinas suspensas
As peças das piscinas demandaram logística específica e tolerâncias milimétricas.
Segundo a incorporadora, houve importação de componentes, chegada por navio e operação com guindastes para instalação dos acrílicos.
Em entrevista ao Terra, o representante comercial Bruno Furlan resumiu: “Não poderia ter nada de erro, porque um milímetro de erro teria vazamento.”
Cada unidade aquática teve custo declarado de US$ 50 mil.
A capacidade máxima informada é de 14 mil litros por piscina, o que aproxima a carga de 14 toneladas quando cheias.
Plantas, tipologias e vista para o mar
As unidades variam aproximadamente de 162 m² a 335 m², com três ou quatro suítes, além de ambientes de estar integrados e terraços voltados para a praia.
Há uma cobertura no topo do edifício.
A configuração interna foi concebida para maximizar as vistas frontais do oceano, mantendo a relação direta com o passeio público no térreo por meio de fachada ativa.
Preço, disponibilidade e o que mudou desde a estreia
Durante a temporada de verão, reportagens nacionais registraram que restava apenas uma unidade à venda, anunciada em R$ 4,7 milhões, valor atribuído ao mercado à época.
A procura cresceu na esteira da viralização, com dúvidas recorrentes sobre a funcionalidade das piscinas e a percepção noturna de que a iluminação azul seria apenas um efeito cênico — vídeos mostraram moradores nadando, confirmando o uso real.
Neste ano, anúncios imobiliários pontuais voltaram a citar ofertas no empreendimento, como uma unidade de 160 m² anunciada por R$ 5,5 milhões em agosto daquele ano.
A incorporadora mantém o projeto em seu portfólio institucional, sem tabela pública de preços atualizada.
Como em empreendimentos de alto padrão, os valores podem variar conforme unidade, pavimento e negociação.
Repercussão nas redes e interesse público
As imagens das varandas translúcidas, registradas por fotógrafos de arquitetura e replicadas por perfis de design, ampliaram a visibilidade do prédio para além do Litoral Norte paulista.
Um dos vídeos superou a marca de 1 milhão de visualizações, alimentando debates sobre manutenção, segurança e viabilidade estrutural de piscinas em balanço sobre a via.
O conteúdo também ajudou a desfazer a impressão de que se tratava de painéis de LED.
Engenharia e operação à beira-mar
O desenvolvimento envolveu equipes do Brasil e de outros países para cálculos de equilíbrio do conjunto e adoção de soluções compatíveis com maresia, ventos e variações de ocupação.
O cronograma incluiu etapas de vedação completas antes do primeiro enchimento, com encaixes de alta precisão para evitar vazamentos.
A descrição técnica do projeto reforça que o elemento aquático, tradicionalmente concentrado nas áreas comuns, foi incorporado à expressão externa do edifício, tornando-se parte do desenho de fachada.
Ubatuba, fachada em zigue-zague e produto imobiliário
Do ponto de vista urbano, a composição das varandas criou um novo marco visual na orla da Praia Grande.
No plano do mercado, a proposta conecta lazer privativo e vista para o mar, com a promessa de “mergulhar em casa” diante da orla.
Em termos de linguagem arquitetônica, a solução das piscinas nas sacadas traduz a paisagem em formas plásticas, aproximando a discussão técnica do cotidiano de quem circula pela região.
Você moraria em um apartamento com piscina de até 14 mil litros na sacada, considerando os custos, a operação e a manutenção que essa solução demanda?
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