Retorno dos impostos federais promete aumentar R$ 0,35 o litro do diesel até janeiro. A reviravolta nos preços impacta principalmente o bolso dos caminhoneiros
Em meio a uma escalada nos postos de combustível com o aumento da gasolina e do etanol, uma notícia preocupa os caminhoneiros e todos aqueles que dependem do diesel para seus meios de transporte: o preço do combustível teve um novo aumento, com a volta parcial dos impostos federais. O litro do diesel ficou R$ 0,11 mais caro nas distribuidoras, um aumento que pode refletir imediatamente nas bombas de abastecimento.
O aumento dos preços não é uma novidade para os brasileiros. Além do reajuste promovido pela Petrobras em agosto, o ciclo de alta nos valores do combustível também está relacionado ao encarecimento das importações. Durante o primeiro semestre, quando o mercado internacional estava em baixa, o combustível experimentou meses de queda.
A reviravolta nos impostos federais sobre os combustíveis
Para compreender essa reviravolta nos preços do diesel, é fundamental voltar no tempo. Até pouco tempo atrás, a isenção dos impostos federais sobre os combustíveis, incluindo o diesel, era uma realidade. Essa medida foi implementada em 2022 como resposta ao impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia. No entanto, em fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por estender a desoneração para a gasolina e o etanol até março e para o diesel até o final de dezembro.
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De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) e a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), a alíquota de PIS/Cofins, anteriormente zerada, passa a ser de R$ 0,11 por litro. Em outubro, essa parcela aumentará novamente, atingindo R$ 0,14. Além disso, há a retomada da cobrança sobre o biodiesel, que representa 12% da mistura vendida nos postos. A cobrança integral desses impostos está prevista para janeiro de 2024.
A reversão parcial da desoneração sobre o diesel aconteceu para compensar a perda de arrecadação devido ao aumento no programa de incentivos para carros zero-km, ocorrido em junho. Essa decisão foi um ponto crucial na retomada dos impostos, que afetará diretamente o bolso dos consumidores e, em especial, dos caminhoneiros, que têm no diesel o combustível que move suas atividades diárias.
Impactos no bolso dos motoristas e o Reflexo na Inflação e na Economia
Os reajustes nos preços do óleo diesel, bem como a volta dos impostos sobre a gasolina e o etanol, tiveram um impacto significativo na inflação. Em julho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ganhou força ao avançar 0,12%. A gasolina, um dos subitens de maior peso individual no índice, foi o produto que mais contribuiu para esse aumento, registrando uma variação de 4,75% no mês.
Os caminhoneiros, que são essenciais para o transporte de mercadorias em todo o país, sentirão diretamente o impacto desse aumento do preço do diesel. A escalada dos custos de combustível pode afetar significativamente seus ganhos e, consequentemente, o custo de vida de todos os brasileiros. Além disso, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alerta que os reajustes no preço do óleo diesel podem elevar os preços de produtos como hortifrutigranjeiros, carnes, laticínios e alimentos industrializados, afetando a cesta básica de abastecimento das famílias.