Com foco no desenvolvimento sustentável, o potencial mineral do Rio Grande do Sul atrai investimentos e fortalece a indústria da mineração, destacando inovação, empregos e equilíbrio ambiental
O potencial mineral do Rio Grande do Sul foi o grande destaque do Fórum da Indústria da Mineração, realizado pela Federação de Entidades Empresariais do Estado (FEDERASUL) em Porto Alegre, no último dia 7 de outubro.
O evento reuniu especialistas, empresários e autoridades públicas para debater o futuro da mineração gaúcha sob a ótica do desenvolvimento sustentável, segundo uma matéria publicada.
A pesquisadora Lucy Takehara Chemale, superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (SGB), apresentou dados que reforçam o papel estratégico do estado na produção mineral nacional.
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O carvão, que representa cerca de 90% das reservas brasileiras, e a ametista, cuja extração posiciona o RS como maior produtor mundial, foram destacados como pilares dessa riqueza natural.
A presença de depósitos de titânio em São José do Norte e o histórico de produção de cobre em Minas do Camaquã revelam o potencial econômico e ambiental do setor.
Sustentabilidade na mineração e geração de empregos no Rio Grande do Sul
Durante o painel “As riquezas minerais gaúchas na construção de um futuro sustentável”, Lucy Chemale destacou a importância de alinhar o potencial mineral do Rio Grande do Sul a políticas de sustentabilidade.
Segundo a pesquisadora, cada emprego direto na mineração resulta em mais de dez empregos indiretos, o que reforça a relevância social e econômica da atividade.
O setor, além de gerar renda e oportunidades locais, vem investindo em novas tecnologias de controle ambiental e reaproveitamento de resíduos minerais.
O secretário da Casa Civil, Artur Lemos, e o diretor de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Júlio Nery, enfatizaram que o equilíbrio entre exploração e preservação ambiental é o caminho para consolidar o crescimento sustentável do estado.
Inovação tecnológica e fortalecimento da cadeia produtiva mineral
O avanço tecnológico tem sido fundamental para valorizar o potencial mineral do Rio Grande do Sul e ampliar a competitividade do setor no cenário nacional.
O projeto Bom Retiro, em São José do Norte, que abriga um depósito de titânio de classe mundial, representa uma nova fronteira de inovação mineral.
O uso de sistemas de monitoramento digital e análises geológicas avançadas permite identificar novos recursos com menor impacto ambiental.
Segundo a FEPAM, o fortalecimento da cadeia produtiva depende da integração entre ciência, mercado e órgãos reguladores, garantindo segurança, transparência e sustentabilidade em todas as etapas produtivas.
Potencial mineral do Rio Grande do Sul pode trazer investimentos regionais e desenvolvimento econômico sustentável
A expansão dos investimentos na mineração tem potencial para transformar o cenário socioeconômico do estado.
O potencial mineral do Rio Grande do Sul estimula o desenvolvimento de infraestrutura, transporte e serviços, impulsionando setores complementares da economia.
De acordo com o diretor da Lavras do Sul Mineração, Paulo Serpa, reconhecer o valor geológico das regiões é essencial para atrair capital e consolidar o RS como polo estratégico do setor mineral brasileiro.
Além disso, a parceria entre o SGB, o governo estadual e as empresas privadas tem promovido o diálogo necessário para que a mineração se torne cada vez mais responsável, sustentável e inovadora.