Apesar de sua vasta riqueza natural, grande território e população expressiva, o Brasil ainda não alcançou a posição de superpotência — Iremos responder à pergunta: Porque o Brasil não é uma superpotência
Em 1820, no auge da Revolução Industrial que transformava a Europa e os Estados Unidos, o Brasil já despontava com um atraso econômico claro. Naquele ano, a renda per capita brasileira era de 674 dólares, enquanto a americana chegava a 1.257 dólares — praticamente o dobro. Mas, afinal, por que o Brasil não é uma superpotência?
Muitas décadas se passaram, e se criou um abismo gigantesco entre os dois países. Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos Estados Unidos foi de US$ 65.020,35, enquanto o do Brasil alcançou US$ 9.032,11
Apesar de períodos de crescimento acelerado, como nos anos 1960 e 1970, o Brasil nunca conseguiu consolidar uma trajetória de desenvolvimento robusto e sustentável a longo prazo.
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Vários fatores explicam essa diferença avassaladora. Entre os mais debatidos está a curta duração de nossa democracia em comparação com a americana.
Porque o Brasil não é uma superpotência
Com apenas 39 anos de estabilidade democrática, o Brasil enfrenta desafios estruturais que refletem séculos de desigualdades sociais, baixa produtividade e políticas públicas inconsistentes. Explicaremos abaixo os motivos do Brasil não ser uma superpotência.
Educação
A qualidade da educação no Brasil é um dos principais entraves ao desenvolvimento. Em rankings globais, o país ocupa as últimas posições em indicadores de aprendizado básico, como leitura, matemática e ciências.
A falta de investimento adequado, associada a gestões públicas ineficazes, resulta em uma força de trabalho pouco qualificada. Enquanto economias desenvolvidas apostam no conhecimento e na inovação como motores do crescimento, o Brasil ainda luta para oferecer ensino básico de qualidade.
Pesquisas indicam que cada ano adicional de escolaridade pode aumentar a produtividade em até 10%. Porém, com uma média de anos de estudo inferior a 8 anos para boa parte da população, o Brasil segue distante de atingir o potencial necessário para competir no cenário global.
Desigualdade
A desigualdade social e econômica no Brasil é uma das maiores do mundo. Segundo o relatório mais recente do Banco Mundial, o país possui um índice de Gini alarmante, refletindo a concentração de renda em poucas mãos. Essa disparidade se perpetua por meio de políticas que favorecem elites e ampliam o fosso entre ricos e pobres.
A recente reforma tributária é emblemática dessa lógica. Embora tenha o potencial de simplificar o sistema atual, ela se vê comprometida por exceções que beneficiam segmentos específicos, como profissionais liberais e serviços destinados às classes mais altas.
A perpetuação de privilégios não apenas impede uma tributação mais justa, mas também sobrecarrega os mais pobres, reduzindo ainda mais sua capacidade de consumir e investir.
Infraestrutura deficiente
A precariedade da infraestrutura brasileira é outro entrave significativo. Estradas mal conservadas, portos obsoletos e um sistema de transporte ineficiente aumentam os custos de produção e reduzem a competitividade internacional do país.
Além disso, a infraestrutura energética, embora tenha avançado em décadas recentes, ainda não é suficiente para atender às demandas crescentes de uma economia em expansão.
O saneamento básico é outro exemplo gritante. Mais de 30 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada, e metade da população vive sem coleta de esgoto. Essa realidade não apenas afeta a saúde pública, mas também limita o desenvolvimento humano e econômico.
Corrupção e governança
A corrupção é um problema crônico no Brasil. Escândalos que envolvem desvios bilionários de recursos públicos são recorrentes, minando a confiança da população nas instituições e afastando investidores. Além disso, a má governança compromete a eficiência do Estado e a execução de políticas públicas.
O excesso de burocracia também é um obstáculo à inovação e ao empreendedorismo. Estudos mostram que empresas brasileiras gastam, em média, 1.500 horas por ano apenas para lidar com obrigações fiscais — um contraste gritante com economias mais desenvolvidas, onde esse número é inferior a 200 horas.
Sustentabilidade ambiental
O Brasil detém uma das maiores biodiversidades do mundo, com a Amazônia como peça central desse ecossistema único.
No entanto, o desmatamento desenfreado e a exploração predatória dos recursos naturais colocam em risco não apenas o meio ambiente, mas também a reputação do país no cenário internacional.
A sustentabilidade ambiental é cada vez mais um requisito para o comércio global.
Mercados consumidores exigem que produtos agrícolas e industriais respeitem critérios ambientais rigorosos, e o Brasil frequentemente enfrenta barreiras por não atender a esses padrões.
O custo dos privilégios
Como destacou Marcos Lisboa, o Brasil é um país de privilégios. A cultura da “meia-entrada” — expressão que simboliza a busca por vantagens individuais em detrimento do coletivo — está profundamente enraizada na sociedade. Isso se reflete na formulação de políticas públicas, na alocação de recursos e na perpetuação de desigualdades.
A reforma tributária, apesar de seu potencial transformador, ilustra bem essa dinâmica. A multiplicidade de alíquotas e as exceções criadas para atender lobbies poderosos comprometem sua eficácia.
Como bem disse Roberto Campos, o Brasil continua a “perder oportunidades de não perder oportunidades”.
O tempo como fator decisivo
A construção de uma potência mundial exige tempo e continuidade. Os Estados Unidos, por exemplo, acumulam 247 anos de democracia estável, enquanto o Brasil tem apenas 38 anos desde o fim da ditadura militar.
Essa diferença histórica reflete-se na solidez institucional, na cultura política e na capacidade de implementar reformas estruturais.
A ausência de uma visão de longo prazo no Brasil é evidente. Mudanças de governo frequentemente resultam em descontinuidade de políticas públicas, prejudicando projetos de infraestrutura, educação e inovação.
Um futuro do Brasil com decisões difíceis
Os desafios que impedem o Brasil de se tornar uma potência mundial são inúmeros, mas não intransponíveis. Investir em educação de qualidade, reduzir as desigualdades sociais, modernizar a infraestrutura, combater a corrupção e adotar práticas sustentáveis são passos essenciais para destravar o potencial do país.
No entanto, essas mudanças exigem coragem política, comprometimento das elites e participação ativa da sociedade civil. O Brasil precisa superar a lógica dos privilégios e adotar uma visão coletiva de desenvolvimento.
Enquanto isso não acontecer, continuaremos a confirmar a amarga frase de Roberto Campos: o Brasil, de fato, não perde oportunidades de perder oportunidades.
Em 2018 eu fiz parte de 3 grupos no WhatsApp. Eu era o único nestes grupos que produzia conteúdos em favor do grupo que elegeu Bolsonaro, Zucco, Sanderson e Luiz Carlos para senador. Num almoço no Clube Geraldo Santana dei um cartão pra o General Mourão e falei que eu sou inventor e preciso de apoio para meus projetos. Mandei e-mail pra todos e depois que assumiram nem sinal e não tive uma só resposta. O Tenente Coronel Zucco até me agradeceu, bem como nunca quis me receber. Não sou só um inventor, mas poderia ajudar a modernizar o estado brasileiro. Inclusive mandei e-mail e telefonei para a Secretária da comunicação da presidência da República e nunca tive resposta. Bolsonaro assumiu e nos meus textos sempre divulguei que era necessário, proteger o Meio Ambiente, olhem o momento que estamos vivendo. Comentei que tinha que investir em educação e salário mínimo visto baixo poder de compra, salário mínimo vai aumentar o PIB e assim é tecnologia. Os países ricos investiram em tecnologia e hoje são o que são. Em 2018, eu mudei e mandei dizer ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, pra investir nas mesmas propostas que ofereci para o Bolsonaro. Comentei que se investir no salário mínimo ia ganhar as eleições. Bolsonaro vendo no debate que Lula ofereceu melhorar o salário mínimo, aí o Bolsonaro passou a prometer salário mínimo de R$ 1.400,00., só que era tarde, até porque Bolsonaro e Paulo Guedes comentaram que o salário mínimo estava muito valorizado, esse foi seu grande erro. Poder de consumo baixo gera pobreza. Além que é preciso de reformas. Muito bem o Lula foi eleito e não consigo nem resposta do seu governo a não ser dizer que recebeu. Um dos meus projetos tem valor de $ 20.000.000.000, bilhões de dólares. Sou o único no mundo que sabe criar uma pirâmide pra eleger um grupo de candidatos. Atinge milhões de eleitores num dia. Imagina que só de tributos são $ 2.000.000.000, bilhões de dólares. Eles são todos iguais. Bom dia.
Lamentável governantes destes nivel. Estamos circunstancialmente nessa situação!
Bem simples, parar a vira lataria de ser quintal americano, estatizar as empresas vendidas de setores estratégicos, acabar teto de gastos, 54% de imposto sobre grandes fortunas, heranças, fazer o agro pagar seus impostos. Pronto Brasil bate EUA em 3 anos.