Obra bilionária em São Paulo prevê ponte de 700 metros na Zona Sul, integração com trem e corredores de ônibus, ciclovia e novo sistema viário, prometendo encurtar deslocamentos e beneficiar mais de 1 milhão de moradores.
A Prefeitura de São Paulo elabora o projeto da futura ponte Graúna-Gaivotas, travessia de 700 metros sobre o Braço do Cocaia, na represa Billings, na Zona Sul.
Com investimento estimado em R$ 450 milhões, a obra busca encurtar deslocamentos para 14 minutos e atender mais de 1 milhão de moradores.
O empreendimento está em etapa de estudos e contratos técnicos, sem data de inauguração definida.
-
Funcionários da Gerdau entram em greve contra fechamento de setor e denunciam risco de 400 demissões em Pindamonhangaba
-
Carrefour decreta fim a mercado brasileiro de mais de 30 anos e confirma fechamento das últimas quatro lojas neste mês, com mega liquidação e reforço na aposta em outras marcas do grupo
-
Natura vende operações da Avon em seis países por ‘valor simbólico’ de US$ 1 e reforça foco em integração na América Latina
-
EUA e China chegam a acordo importante sobre TikTok e deixam 170 milhões de usuários apreensivos com possibilidade de APP ter dono americano
Segundo reportagem publicada pelo jornal Gazeta de São Paulo nesta segunda-feira (15), parte das frentes iniciais já foi acionada para preparar o conjunto viário que dará suporte à travessia.
Em junho deste ano, a Câmara Municipal aprovou a reestruturação da infraestrutura viária no Grajaú e na Cidade Dutra, medida necessária para viabilizar o projeto.
A ponte ligará áreas hoje separadas pela Billings e pretende facilitar o acesso ao centro expandido da capital.
A proposta atende bairros adensados da borda da represa e do extremo sul.
Moradores do Jardim das Gaivotas, Chácara das Gaivotas, Parque Cocaia, Jardim Toca e Cantinho do Céu estão entre os principais beneficiados, com promessa de fluxos mais diretos rumo a eixos de emprego, serviços e transporte público de maior capacidade.
Traçado da ponte Graúna-Gaivotas
O plano foi setorizado para organizar a execução por trechos.
O primeiro segmento terá cerca de 1.700 metros, começando na Avenida Lourenço Cabreira, na altura da Avenida Manuel Alves Soares, e avançando até o fim da Praça Ramires Ferreira.
Nesse trecho, o objetivo é redistribuir o tráfego local e preparar o acesso à futura travessia.
De acordo com apuração do jornal Gazeta de São Paulo, a segunda parte do traçado cruza a faixa de alta tensão e inicia a ponte de 700 metros sobre o Braço do Cocaia.
Esse segmento termina no encontro da Estrada Canal da Cocaia com a Rua Cláudio Astaria, ponto previsto para receber intervenções de segurança viária e novas conexões com o sistema de ônibus.
O terceiro segmento completa o eixo com aproximadamente 2.500 metros.
A ligação percorre a Estrada Canal de Cocaia, segue pela Rua Rubens de Oliveira e pela Rua Pedro Escobar até alcançar a Avenida Dona Belmira Marin, no bairro Gaivotas.
Essa etapa fecha o anel de circulação e integra a travessia às vias arteriais do entorno.
Integração com transporte público e ciclovia
Além da ponte, o empreendimento contempla ciclovia ao longo do traçado.
A prefeitura afirma que a solução deve melhorar o desempenho do transporte coletivo nos bairros do Grajaú, Parelheiros e Marsilac, criando rotas mais rápidas para linhas de ônibus e oferecendo alternativa segura para deslocamentos de bicicleta.
O jornal Gazeta de São Paulo também apontou que haverá conexão com corredores e faixas exclusivas das avenidas Teotônio Vilela, Atlântica, Olívia Guedes Penteado, Interlagos, Nossa Senhora de Sabará e Dona Belmira Marin.
O sistema se articulará ainda ao Terminal Urbano Grajaú e à Linha 9-Esmeralda da CPTM, ampliando opções de integração para quem depende de modais distintos no dia a dia.
A expectativa do poder público é distribuir melhor o tráfego de veículos leves e ônibus, reduzir travessias irregulares em áreas ribeirinhas e encurtar o tempo de viagem entre bairros separados pela represa.
Enquanto isso, a ciclovia deverá conectar trechos hoje descontínuos da malha cicloviária local, com desenho paralelo às pistas e pontos de acesso em cruzamentos estratégicos.
Impacto nos bairros do entorno
Hoje, a população do extremo sul enfrenta percursos longos para contornar a Billings e alcançar avenidas de maior capacidade.
Com a nova ligação, trechos que exigem desvios por vias saturadas poderão ser feitos de maneira direta, com menos baldeações até o trem.
A administração municipal sustenta que, somadas, essas mudanças devem diminuir o tempo de deslocamento interno e melhorar a confiabilidade das linhas alimentadoras.
No comércio de bairro, a previsão é facilitar o abastecimento e a circulação entre polos locais de serviço.
Escolas, unidades de saúde e equipamentos públicos do Grajaú e adjacências também tendem a ficar mais acessíveis, sobretudo em horários de pico, quando os gargalos atuais se intensificam.
Próximos passos do projeto
O conjunto de intervenções está sob coordenação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Siurb).
Segundo a prefeitura, os estudos contratados definem traçado, dimensionamento da ponte e ajustes viários nos três segmentos, além do desenho da ciclovia.
As etapas seguintes envolvem consolidação de projetos executivos, licenciamento e a sequência das obras em campo. Até o momento, não há cronograma de entrega divulgado.
Em entrevista concedida ao jornal Gazeta de São Paulo, a gestão municipal reforçou que o empreendimento inclui tanto a ponte quanto melhorias na rede de transporte coletivo, buscando reduzir o tempo de deslocamento e aumentar a integração entre os modais.
A reportagem também procurou a Siurb para obter atualizações no cronograma e mais detalhes técnicos.
Caso a secretaria apresente novas informações, este conteúdo será atualizado para refletir o estágio mais recente do empreendimento e eventuais mudanças de escopo.
Com a ligação projetada para encurtar caminhos e somar integrações com ônibus e trem, moradores do sul da capital veem a possibilidade de transformar a rotina de deslocamentos; na sua opinião, qual prioridade deve vir primeiro: acelerar a construção da ponte ou antecipar melhorias no transporte público que chegarão com ela?