Com estrutura metálica de 3 mil toneladas e 70 metros de altura, a nova ciclovia da Terceira Ponte conecta Vitória e Vila Velha com mirante panorâmico, barreira de proteção à vida e ampliação viária que aumentou a capacidade em 40%.
A ponte que liga Vitória a Vila Velha passou por uma transformação de grande porte.
A estrutura recebeu uma ciclovia metálica suspensa, concebida também como barreira de proteção à vida, além de intervenções que ampliaram a capacidade de tráfego.
A passagem ciclável tem 3,5 quilômetros por sentido, 3 metros de largura e está posicionada cerca de 70 metros acima do nível do mar, no ponto mais alto, onde há um espaço de parada com vista para a baía.
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Ampliação da capacidade da ponte

A reconfiguração da chamada Terceira Ponte aumentou o número de faixas de tráfego de duas para três por sentido, após o reposicionamento das antigas barreiras laterais.
De acordo com o governo do Espírito Santo, a redistribuição do espaço elevou em cerca de 40% a capacidade de fluxo entre as duas cidades, reduzindo congestionamentos nos horários de pico.
Estrutura metálica e processo construtivo
A ciclovia é formada por módulos de aço corten, material indicado para ambientes marítimos por sua resistência à corrosão.
Foram utilizadas cerca de 3 mil toneladas de aço, distribuídas em módulos fabricados sob medida.
Segundo informações oficiais, o conjunto possui mais de 30 mil peças, transportadas em aproximadamente 160 carretas até o canteiro de obras.
O sistema parafusado foi escolhido para permitir montagem controlada, sem paralisação completa do tráfego.
Técnicos do projeto afirmam que o acréscimo trouxe maior rigidez estrutural ao conjunto da ponte.
Mirante e desenho da travessia
O trecho central da ciclovia abriga um mirante urbano, planejado como área de observação e descanso rápido.
A ampliação da largura nesse ponto busca reduzir conflitos entre ciclistas de diferentes velocidades, segundo o projeto executivo.
O espaço foi integrado ao desenho original para permitir uma visão panorâmica da baía e da capital capixaba.
Estrutura também atua como barreira de proteção

A ciclovia foi projetada para exercer dupla função: mobilidade e segurança.
Além de servir como via ciclável, ela forma uma barreira física contínua entre a área de pedestres e as laterais da ponte, composta por guarda-corpos altos, telas e anteparos metálicos.
O governo estadual afirma que a medida tem o objetivo de reduzir ocorrências de tentativas de suicídio na travessia, combinando elementos de proteção passiva com videomonitoramento em tempo real e botões de emergência distribuídos ao longo do percurso.
Funcionamento e regras de uso
O acesso à ciclovia é gratuito e o funcionamento ocorre diariamente, das 5h às 23h.
O horário ampliado, em vigor desde julho de 2024, foi definido para atender deslocamentos de trabalho e também o uso recreativo.
A iluminação em LED e o sistema de câmeras compõem o controle operacional.
A CETURB-ES informa que a largura da via permite a passagem simultânea de dois ciclistas lado a lado, conforme as normas de segurança estabelecidas.
Uso e impacto na mobilidade
Dados da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo indicam que, no primeiro ano de operação, foram registradas mais de 500 mil travessias de bicicleta.

O número, segundo o órgão, demonstra a existência de uma demanda reprimida por conexões cicloviárias entre as margens da baía.
A partir desse levantamento, foram elaboradas propostas de integração com terminais de transporte, criação de rotas alimentadoras e instalação de pontos de apoio ao ciclista na Região Metropolitana da Grande Vitória.
Engenharia adaptada ao ambiente marinho
Por estar em ambiente de alta salinidade, a estrutura foi projetada com proteção anticorrosiva e pintura especial, conforme normas técnicas para obras expostas à maresia.
O aço corten, segundo o governo estadual, permite menor necessidade de manutenção e facilita inspeções periódicas por meio de passagens técnicas internas nos módulos.
O conjunto é autorresistente, apoiado e ancorado em pontos específicos da ponte original, com cálculo de carga e deformação compatível com a estrutura existente.
Efeitos na circulação de veículos e transporte coletivo
Com a ampliação da capacidade, o tráfego passou a ser distribuído de forma mais equilibrada entre as faixas.
O governo do Estado afirma que o resultado foi redução nas variações de velocidade e melhoria na previsibilidade do percurso, especialmente para o transporte coletivo intermunicipal.

A reorganização também tem o objetivo de diminuir gargalos históricos nos acessos a Vitória e Vila Velha.
Altura e características técnicas
O traçado cicloviário percorre toda a extensão útil da ponte, mantendo altura aproximada de 70 metros sobre o mar no vão central.
A estrutura é considerada, segundo a imprensa local, a ciclovia mais alta do país entre capitais.
O título não é oficial, mas é usado em reportagens e publicações de engenharia para destacar o porte do projeto e seu caráter singular no contexto urbano brasileiro.
Investimento e escopo do projeto
O investimento total foi de R$ 180 milhões, incluindo a ampliação das faixas, a substituição das barreiras, a instalação da ciclovia metálica, sistemas de monitoramento e iluminação.
O empreendimento integra a política de mobilidade ativa e de qualificação do transporte coletivo da Região Metropolitana da Grande Vitória, de acordo com os planos estaduais de infraestrutura.
Qual outra ponte brasileira poderia receber uma ciclovia suspensa com função de proteção à vida, conciliando engenharia de grande porte e benefícios diretos à mobilidade urbana?


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