Vazamentos e declarações oficiais pintam o quadro do próximo console: uma máquina focada em inteligência artificial, com data para chegar e um plano claro para seus jogos antigos.
Os primeiros detalhes sobre o PlayStation 6 começam a surgir. Com o PlayStation 5 entrando em sua segunda metade de vida, informações de executivos e registros indicam a estratégia da Sony para a próxima geração. O novo console tem um lançamento projetado para 2027, com duas bases principais: a integração profunda de inteligência artificial e a busca por uma retrocompatibilidade ampla.
Quando o PlayStation 6 será lançado?
A data mais provável para a chegada do PlayStation 6 é entre o final de 2027 e 2028. Essa previsão se baseia em diversas fontes. Em fevereiro de 2024, a liderança da Sony afirmou que o PS5 entrou na “segunda metade” de seu ciclo, o que aponta para um sucessor até 2028.
Essa janela de tempo também respeita o histórico da empresa. Desde o PS3, a Sony mantém uma cadência de lançamentos de aproximadamente sete anos por geração principal (PS3 em 2006, PS4 em 2013, PS5 em 2020). Um lançamento em 2027 continuaria perfeitamente esse padrão.
-
Existe um tesouro de US$ 20 milhões por quilo escondido na Lua — e estamos prontos para extraí-lo
-
O “Ozempic brasileiro” chega às farmácias com um preço mais acessível. Veja mais sobre
-
Novo relógio atômico é tão exato que pode mudar a forma como o mundo conta o tempo
-
Carregar o celular na cama pode custar caro: risco de incêndio aumenta com lençóis, cobertores e colchões inflamáveis
O cronograma de desenvolvimento do hardware reforça essa previsão. Relatórios do início de 2025 indicam que o design do chip principal do PS6 está finalizado. A próxima etapa, chamada “tapeout”, está prevista para o final de 2025. Historicamente, a Sony leva cerca de dois anos dessa fase até o lançamento comercial, o que aponta para o lançamento no final de 2027 como uma meta de engenharia concreta.
A revolução da inteligência artificial no novo PlayStation
A inteligência artificial (IA) será um pilar fundamental do PS6. Isso é fruto de uma colaboração direta entre Mark Cerny e a AMD. O hardware de aceleração de IA está sendo co-projetado para as necessidades específicas do PlayStation, não sendo um componente genérico de PC.
A aplicação mais imediata será nos gráficos. O console usará uma evolução da tecnologia PSSR (PlayStation Spectral Super Resolution) para upscaling de imagem. Além disso, a Geração de Quadros (Frame Generation) por IA será usada para inserir novos quadros entre os renderizados, aumentando drasticamente a fluidez dos jogos.
Embora o foco inicial seja gráfico, patentes da Sony revelam uma visão de longo prazo mais ambiciosa. A empresa explora o uso de IA para assistentes que ajudam o jogador, NPCs que imitam o estilo de jogo de amigos e até sistemas para detectar comportamentos tóxicos.
O que é realmente possível no PS6?
A continuidade com a geração atual é uma certeza. A retrocompatibilidade com jogos de PlayStation 4 e PlayStation 5 é quase garantida. Isso ocorre porque os três consoles compartilham a mesma arquitetura base x86-64.
O maior desafio é o PlayStation 3. O console usava o processador Cell, uma arquitetura única e extremamente complexa. Emular seu funcionamento é muito difícil. Por isso, a compatibilidade nativa com discos de PS3 é altamente improvável. A solução deve continuar sendo o streaming pela nuvem, disponível no serviço PlayStation Plus.
Para o PlayStation 1 e PlayStation 2, a situação é diferente. A emulação de PS1 é simples e deve ser incluída. A de PS2 é mais desafiadora, mas possível através de software, provavelmente com jogos selecionados disponibilizados digitalmente através do PlayStation Plus.
Hardware, controle e o preço da próxima geração
As especificações do PlayStation 6 apontam para um grande salto de desempenho. As metas de performance visam 4K a 120 quadros por segundo (fps) de forma estável e capacidade para rodar jogos em 8K a 60 fps, com forte auxílio da IA.
O controle também deve evoluir. Patentes indicam a pesquisa em novas tecnologias como a resposta tátil de temperatura, que poderia aquecer ou esfriar o controle, e um botão dedicado para “rebobinar” a jogabilidade.
Todo esse avanço tecnológico terá um custo. Analistas preveem que o PS6 será o PlayStation mais caro já lançado, podendo ultrapassar os US$ 499 do PS5 e chegar a US$ 600 ou mais.