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PIX parcelado vai virar crédito oficial com juros, IOF e novas regras do Banco Central que prometem transparência, mas só valem em 2026

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 03/10/2025 às 21:27
O PIX parcelado será regulamentado pelo Banco Central e tratado como operação de crédito oficial, com cobrança de juros e IOF, além de novas regras de transparência válidas a partir de 2026.
O PIX parcelado será regulamentado pelo Banco Central e tratado como operação de crédito oficial, com cobrança de juros e IOF, além de novas regras de transparência válidas a partir de 2026.
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PIX parcelado terá regulamentação do Banco Central, com exigência de transparência nos contratos, cobrança de IOF e juros definidos, mas implementação completa acontecerá apenas em 2026

O PIX parcelado está prestes a mudar de patamar. O Banco Central anunciou que a modalidade será tratada oficialmente como uma operação de crédito, sujeita a juros, IOF e novas regras de transparência. A medida busca padronizar práticas que hoje variam entre instituições, reforçando direitos dos consumidores e ampliando a competição entre bancos.

Na prática, as regras devem ser publicadas no fim de outubro, mas só entram em vigor a partir de 2026. O objetivo é garantir tempo para que as instituições financeiras adaptem seus sistemas, aplicativos e processos internos. Até lá, o PIX parcelado seguirá funcionando de forma descentralizada, como já ocorre em diversas fintechs e bancos digitais.

O que muda com a oficialização

A decisão do Banco Central representa uma transformação profunda. O PIX parcelado será equiparado a um empréstimo.

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Isso significa que cada transação deverá apresentar, de forma clara e antes da confirmação, informações como taxa de juros, valor das parcelas, custo total da operação e multa em caso de atraso.

Essa transparência busca evitar que consumidores contratem crédito sem plena consciência do impacto no orçamento.

Segundo o BC, a medida também ajuda a combater superendividamento, um problema crescente desde a popularização das compras online e da facilidade de acesso a linhas de crédito.

Por que a medida foi adiada

O anúncio deveria ter acontecido em setembro de 2025, mas foi adiado para outubro.

O Banco Central alegou dois motivos principais: a complexidade maior do que o previsto no desenho da norma e a priorização do combate a fraudes e ataques hackers que vinham comprometendo a segurança do sistema PIX.

De acordo com técnicos do BC, os incidentes cibernéticos exigiram reforço imediato nas barreiras de proteção, consumindo parte da equipe responsável pelo desenvolvimento das regras.

A segurança digital virou pré-condição para a expansão do PIX parcelado, o que explica a postergação.

Como será a cobrança no futuro

Com a padronização, o pagamento do PIX parcelado não será mais misturado a outros débitos na conta.

O Banco Central definiu que deverá existir um canal exclusivo para quitação, seja boleto, fatura ou débito automático destinado apenas à operação. Isso evita confusão entre a dívida assumida no parcelamento e outras despesas rotineiras.

Além disso, como se trata de uma operação de crédito, será obrigatória a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Essa medida alinha o PIX parcelado ao funcionamento de cartões de crédito e empréstimos pessoais, garantindo tratamento fiscal equivalente.

Impacto para os consumidores

Hoje, cerca de 60 milhões de brasileiros não têm acesso ao cartão de crédito, mas já utilizam o PIX. Para esse público, o parcelamento pode se tornar uma porta de entrada para o consumo parcelado, em condições mais claras e competitivas.

Ao oficializar o modelo, o BC pretende democratizar o acesso ao crédito e reduzir o poder concentrado dos cartões, que historicamente dominam as compras parceladas no Brasil.

No entanto, especialistas alertam que a facilidade pode gerar riscos.

Sem planejamento financeiro, o consumidor pode comprometer parte significativa da renda mensal com parcelas de PIX, repetindo padrões já observados com o crédito rotativo.

Impacto para bancos e fintechs

Do lado das instituições financeiras, a mudança trará custos e oportunidades.

Bancos tradicionais terão de adaptar sistemas e criar novas rotinas de transparência, mas ao mesmo tempo poderão disputar um mercado bilionário hoje dominado pelas operadoras de cartão.

Para fintechs, o PIX parcelado é uma chance de consolidar participação, já que muitas delas foram pioneiras na oferta.

A padronização também tende a aumentar a concorrência, forçando reduções de juros e melhores condições para o consumidor.

Quanto mais instituições oferecerem o produto, maior será a pressão por taxas acessíveis e prazos flexíveis.

O PIX parcelado vai deixar de ser apenas uma funcionalidade experimental para se transformar em crédito oficial regulamentado, com juros, IOF e novas regras de transparência, mas só a partir de 2026.

Até lá, o mercado segue em transição, e consumidores precisam estar atentos aos contratos já oferecidos pelas instituições.

E você, acha que a oficialização do PIX parcelado vai trazer mais segurança e acesso ao crédito, ou teme que isso aumente o endividamento das famílias? Compartilhe sua visão nos comentários e ajude a enriquecer esse debate.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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