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PIB do Brics já representa 40% da economia mundial, enquanto G7 encolhe e fica restrito a apenas 28%

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/08/2025 às 09:26
PIB do Brics já é 40% da economia mundial e ameaça liderança histórica do G7 com crescimento acelerado e população maior
PIB do Brics já é 40% da economia mundial e ameaça liderança histórica do G7 com crescimento acelerado e população maior
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PIB do Brics segue superior à média mundial e representa 40% da economia global. Dados do FMI mostram que o PIB do Brics cresceu acima da média global em 2024 e deve manter vantagem em 2025, impulsionado pela diversidade dos países-membros.

O PIB do Brics voltou a chamar a atenção em relatórios internacionais. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o bloco de onze países emergentes alcançou média de 3,4% em 2025, enquanto a média mundial ficou em 2,8%. No ano anterior, o desempenho já havia sido superior: 4% contra 3,3% no cenário global.

O estudo também aponta que o PIB do Brics já representa 40% da economia global com base na paridade do poder de compra (PPC), superando a fatia do G7, que soma cerca de 28%. A tendência reforça o peso do grupo como alternativa econômica e política frente às maiores potências ocidentais.

Quem são os países que puxam o crescimento

Entre os onze integrantes, China e Índia são os motores centrais. Em 2025, a China deve responder por 19,6% da economia global, enquanto a Índia representa 8,5%. Outros países também têm desempenhos notáveis, como Etiópia (6,6%) e Indonésia (4,7%).

Especialistas lembram que o bloco é heterogêneo. Enquanto algumas nações enfrentam baixo crescimento, outras compensam com resultados acima da média, garantindo que o conjunto mantenha um desempenho mais robusto que o da economia mundial.

Quanto o Brics representa na economia mundial

De acordo com o FMI, os países do Brics concentram mais de 40% da população mundial e possuem papel decisivo no fornecimento de energia, alimentos e minerais estratégicos. Esse peso populacional e produtivo explica por que o grupo tem maior capacidade de ditar preços globais e de absorver choques externos.

Na comparação com as economias desenvolvidas, a diferença é clara. O G7 cresceu apenas 1,7% em 2024 e deve avançar 1,2% em 2025, contra as médias de 4% e 3,4% do Brics, respectivamente.

Onde estão as oportunidades estratégicas

A análise de Rodrigo Cezar, professor de Relações Internacionais da FGV, destaca que países como Brasil e Índia ganham vantagem por estarem afastados de áreas de conflito, atraindo novos fluxos comerciais, especialmente em alimentos e grãos.

Já nações mais expostas a tensões geopolíticas, como Rússia e Irã, tendem a impulsionar seu crescimento por meio de investimentos internos em infraestrutura e indústria, buscando estabilidade doméstica. Esse movimento, ainda que defensivo, ajuda a manter o desempenho geral do bloco.

Por que o PIB do Brics cresce mais que a média

Além da diversidade econômica, fatores estruturais sustentam o avanço. China mantém investimentos pesados para estimular a demanda interna, enquanto Índia se consolida como centro tecnológico e demográfico. Países africanos e do Oriente Médio, como Etiópia e Emirados Árabes, ampliam participação com obras de infraestrutura e produção de energia.

Esse conjunto torna o bloco uma força econômica e política capaz de contrapor a hegemonia dos Estados Unidos e do G7, influenciando mercados globais de commodities e decisões geopolíticas.

Os dados do FMI indicam que o protagonismo do Brics tende a se ampliar, seja pelo tamanho da população, pela diversidade de setores estratégicos ou pela velocidade de crescimento em relação às economias tradicionais. Com 40% da economia global e tendência de alta, o bloco já não é apenas uma alternativa, mas um ator central na redefinição da ordem econômica mundial.

Você acredita que o PIB do Brics pode superar ainda mais os países desenvolvidos nos próximos anos? Esse avanço fortalece ou ameaça a economia brasileira? Deixe sua opinião nos comentários.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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