PIB do Brics segue superior à média mundial e representa 40% da economia global. Dados do FMI mostram que o PIB do Brics cresceu acima da média global em 2024 e deve manter vantagem em 2025, impulsionado pela diversidade dos países-membros.
O PIB do Brics voltou a chamar a atenção em relatórios internacionais. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o bloco de onze países emergentes alcançou média de 3,4% em 2025, enquanto a média mundial ficou em 2,8%. No ano anterior, o desempenho já havia sido superior: 4% contra 3,3% no cenário global.
O estudo também aponta que o PIB do Brics já representa 40% da economia global com base na paridade do poder de compra (PPC), superando a fatia do G7, que soma cerca de 28%. A tendência reforça o peso do grupo como alternativa econômica e política frente às maiores potências ocidentais.
Quem são os países que puxam o crescimento
Entre os onze integrantes, China e Índia são os motores centrais. Em 2025, a China deve responder por 19,6% da economia global, enquanto a Índia representa 8,5%. Outros países também têm desempenhos notáveis, como Etiópia (6,6%) e Indonésia (4,7%).
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Especialistas lembram que o bloco é heterogêneo. Enquanto algumas nações enfrentam baixo crescimento, outras compensam com resultados acima da média, garantindo que o conjunto mantenha um desempenho mais robusto que o da economia mundial.
Quanto o Brics representa na economia mundial
De acordo com o FMI, os países do Brics concentram mais de 40% da população mundial e possuem papel decisivo no fornecimento de energia, alimentos e minerais estratégicos. Esse peso populacional e produtivo explica por que o grupo tem maior capacidade de ditar preços globais e de absorver choques externos.
Na comparação com as economias desenvolvidas, a diferença é clara. O G7 cresceu apenas 1,7% em 2024 e deve avançar 1,2% em 2025, contra as médias de 4% e 3,4% do Brics, respectivamente.
Onde estão as oportunidades estratégicas
A análise de Rodrigo Cezar, professor de Relações Internacionais da FGV, destaca que países como Brasil e Índia ganham vantagem por estarem afastados de áreas de conflito, atraindo novos fluxos comerciais, especialmente em alimentos e grãos.
Já nações mais expostas a tensões geopolíticas, como Rússia e Irã, tendem a impulsionar seu crescimento por meio de investimentos internos em infraestrutura e indústria, buscando estabilidade doméstica. Esse movimento, ainda que defensivo, ajuda a manter o desempenho geral do bloco.
Por que o PIB do Brics cresce mais que a média
Além da diversidade econômica, fatores estruturais sustentam o avanço. China mantém investimentos pesados para estimular a demanda interna, enquanto Índia se consolida como centro tecnológico e demográfico. Países africanos e do Oriente Médio, como Etiópia e Emirados Árabes, ampliam participação com obras de infraestrutura e produção de energia.
Esse conjunto torna o bloco uma força econômica e política capaz de contrapor a hegemonia dos Estados Unidos e do G7, influenciando mercados globais de commodities e decisões geopolíticas.
Os dados do FMI indicam que o protagonismo do Brics tende a se ampliar, seja pelo tamanho da população, pela diversidade de setores estratégicos ou pela velocidade de crescimento em relação às economias tradicionais. Com 40% da economia global e tendência de alta, o bloco já não é apenas uma alternativa, mas um ator central na redefinição da ordem econômica mundial.
Você acredita que o PIB do Brics pode superar ainda mais os países desenvolvidos nos próximos anos? Esse avanço fortalece ou ameaça a economia brasileira? Deixe sua opinião nos comentários.