A petroleira, fundada há 23 anos na Bahia, vai investir cerca de 1 bilhão de reais em 60 campos de petróleo maduros no interior da Bahia e no Rio Grande do Norte que adquiriu da Petrobras nos últimos anos.
Somente nesses ativos, a empresa pretende expandir a produção média diária de 24.000 barris de óleo equivalente (boe) para 37.000 barris por dia até 2027. “Ainda há muito espaço para crescer”, diz Marcelo Magalhães, CEO da PetroReconcavo.
Conheça as aquisições da PetroReconcavo para esse crescimento. Após a capitalização, a empresa esteve ativamente envolvida no processo de desinvestimento da Petrobras. Adquiriu pela primeira vez o Complexo Riacho da Forquilha, na Bacia Potiguar (RN), em 2019. No ano seguinte, concluiu a aquisição dos polos de Miranga e Remanso, na bacia do Recôncavo. Em dezembro, adquiriu 100% da Maha Energy Brazil por US$ 144 milhões (cerca de R$ 750 milhões).
Os novos ativos incluem a concessão do Tiê na bacia do Recôncavo e uma participação de 75% na concessão da Tartaruga (em parceria com a Petrobras) na bacia de Sergipe Alagoas. A produção combinada desses centros foi de 2.867 barris no ano passado. E não para por aí: a PetroRecôncavo espera firmar parceria com a Eneva neste ano para concluir a aquisição do Polo Bahia Terra — um dos últimos ativos do processo de desinvestimento da Petrobras que será muito útil aos negócios da empresa. O hub tem uma capacidade de produção de aproximadamente 11.000 barris por dia.
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CEO da PetroReconcavo crítica política do ANP
Na entrevista, Marcelo Magalhães aproveitou para criticar uma recente decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) de interditar os ativos do Bahia Terra Hub por questões de segurança. Além de gerar empregos e renda no local de atuação, o centro arrecadou cerca de R$ 200 milhões em royalties.
Entretanto, a ANP decidiu constituir um grupo de trabalho para acompanhar a situação no local e esclarecer as ações necessárias para uma retoma gradual e plena da produção, conforme refere a nota, mas não deu prazo. “Segurança operacional não é brincadeira. Não tenho conhecimento profundo dessas instalações, mas me parece que este é um caso clássico em que o medicamento mata o paciente em vez da doença”, disse o presidente da PetroRecôncavo.
“A direção da Petrobras não nega que haja problemas, mas o risco imediato não existe. Simplesmente não tem como esse tipo de operação que temos aqui produzir algo parecido com o que aconteceu em Mariana e Brumadinho, o que não existe. Longe disso “É a droga errada que faz mal ao Bahia e é preciso reagir o máximo possível a isso”, disse o executivo.