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Petróleo da Venezuela reaparece em refinarias dos EUA mas Maduro ‘não ganha nada’: Exportações disparam 27% em agosto a 966 mil bpd enquanto a China ainda leva 85% dos barris

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 03/09/2025 às 20:24
Petróleo da Venezuela reaparece em refinarias dos EUA mas Maduro 'não ganha nada' Exportações disparam 27% em agosto a 966 mil bpd enquanto a China ainda leva 85% dos barris
A Venezuela encerrou agosto com o melhor desempenho em nove meses, impulsionada pela volta de cargas rumo ao Golfo do México.
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Exportações de petróleo da Venezuela subiram 27% em agosto, a 966.485 bpd, após uma licença restrita permitir que a Chevron retomasse embarques aos Estados Unidos. A China segue como principal destino, mas os EUA voltaram ao mapa.

A Venezuela encerrou agosto com o melhor desempenho em nove meses, impulsionada pela volta de cargas rumo ao Golfo do México e por maiores volumes para a Ásia. Segundo dados de rastreamento de navios e documentos internos, as exportações de petróleo venezuelano subiram para 966.485 barris por dia, patamar não visto desde novembro.

O movimento veio logo após o Departamento do Tesouro dos EUA conceder à Chevron uma licença restrita no fim de julho, reabrindo operações limitadas no país e permitindo exportações sob regras específicas, sem repasses ao governo venezuelano.

Com a autorização, navios fretados pela empresa voltaram a carregar petróleo venezuelano a partir de meados de agosto, e as importações americanas foram oficialmente retomadas na segunda quinzena do mês. Trata-se de um reforço marginal de oferta de petróleo pesado compatível com o perfil de várias refinarias do Golfo, ainda que as sanções financeiras permaneçam limitando fluxos de receitas ao governo.

Retorno aos EUA com licença restrita da Chevron

A autorização concedida no fim de julho foi descrita como restrita porque veda transferências de recursos ao governo venezuelano, mas permite que a Chevron opere nas joint ventures e exporte petróleo, inclusive via swaps com a PDVSA.

Logo depois, petroleiros fretados pela companhia começaram a voltar aos terminais venezuelanos, sinalizando normalização operacional sob os novos termos.

Na segunda quinzena de agosto, os primeiros carregamentos com destino aos EUA foram confirmados, marcando a reentrada do petróleo venezuelano no mercado americano após cerca de quatro meses de pausa.

Exportações da Venezuela em agosto: 966.485 bpd e alta de 27 por cento

Em agosto, as exportações alcançaram 966.485 bpd, um salto de 27 por cento em relação a julho e o nível mais alto desde novembro. Esses números decorrem de uma combinação de logística mais fluida e da volta dos embarques à América do Norte.

A estabilidade operacional no Cinturão do Orinoco, sem interrupções relevantes nos sistemas de melhoramento e mistura, sustentou o aumento dos volumes exportáveis. Em contraste, julho havia registrado acomodação, enquanto parceiros aguardavam novas autorizações de Washington, o que conteve parte dos fluxos naquele mês.

Para onde foi o petróleo: China domina e os EUA voltam ao mapa

A China respondeu por 85 por cento dos envios de agosto, participação menor que os quase 95 por cento observados em julho, refletindo a diversificação dos destinos com a reabertura parcial do mercado americano.

Cerca de 60 mil bpd seguiram para os Estados Unidos, enquanto Cuba recebeu aproximadamente 29 mil bpd de petróleo e combustíveis, mantendo o padrão de fornecimento ao Caribe.

Houve ainda carregamentos de metanol com destino à Europa, o que ampliou a cesta de produtos exportados naquele mês.

Logística e mistura, mais diluentes para exportar petróleo pesado

Para tornar o petróleo pesado venezuelano exportável, o país elevou as importações de petróleo leve e nafta a 99 mil bpd em agosto, ante 58 mil bpd em julho, ampliando a oferta de blends como o Merey.

Além do petróleo cru e de combustíveis, as vendas externas somaram 275 mil toneladas métricas de subprodutos e petroquímicos, o maior volume desde maio.

Na prática, mais diluentes significam mais barris exportáveis, aliviando gargalos de escoamento e ajudando a elevar a receita em moeda forte das empresas envolvidas.

O que muda para o mercado e para os preços do petróleo

Embora relevante para refinarias que processam óleo pesado no Golfo do México, o retorno segue gradual e com impacto limitado no balanço global, como o próprio comando da Chevron antecipou ao falar em volumes iniciais não materiais para o trimestre.

A licença é restrita e bloqueia repasses ao governo, o que continua impondo freios às finanças públicas e à velocidade de expansão de projetos no país.

Se a estabilidade operacional for mantida e as autorizações permanecerem ativas, a tendência é de manutenção de volumes próximos a 900 mil bpd no curto prazo, com alívio pontual de oferta para os EUA e espaço para ajustes nos diferenciais de petróleo pesado.

E você, acha que a licença restrita para a Chevron e a volta dos barris venezuelanos aos EUA vão realmente mexer nos preços e no tabuleiro entre EUA e China ou é só fôlego temporário? Diga o que pensa nos comentários.

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Geovane Souza

Geovane Souza é especialista em criação de conteúdo na internet, ações de SEO e marketing digital. Nas horas vagas é Universitário de Sistemas de Informação no IFBA Campus de Vitória da Conquista.

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