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Petróleo brasileiro ganha destaque no radar da maior refinaria da Índia após novas sanções dos EUA à Rússia

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 31/10/2025 às 09:44
A Indian Oil, maior refinaria da Índia, busca até 24 milhões de barris de petróleo das Américas, incluindo o Brasil, após sanções dos EUA restringirem o fornecimento russo. O movimento reforça o papel do petróleo brasileiro no cenário global. Fonte: Energy World
A Indian Oil, maior refinaria da Índia, busca até 24 milhões de barris de petróleo das Américas, incluindo o Brasil, após sanções dos EUA restringirem o fornecimento russo. O movimento reforça o papel do petróleo brasileiro no cenário global. Fonte: Energy World
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A Indian Oil, maior refinaria da Índia, busca até 24 milhões de barris de petróleo das Américas, incluindo o Brasil, após sanções dos EUA restringirem o fornecimento russo. O movimento reforça o papel do petróleo brasileiro no cenário global.

O petróleo brasileiro voltou a atrair os olhos do mercado internacional. A Indian Oil Corp., maior refinaria da Índia e uma das principais estatais do setor energético asiático, iniciou uma ampla busca por até 24 milhões de barris de petróleo bruto vindos das Américas para abastecer sua demanda no primeiro trimestre de 2026.

O movimento ocorre em meio às novas sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia, que atingiram diretamente as exportações do país. O cenário fez com que refinarias indianas, tradicionalmente grandes compradoras do petróleo russo transportado por navio, suspendessem temporariamente suas aquisições.

Brasil entra na rota estratégica da Índia

De acordo com documento obtido pela Bloomberg News, a Indian Oil está interessada em barris provenientes de Brasil, Estados Unidos, Canadá e outros países latino-americanos. O prazo para envio das ofertas de fornecimento termina nesta sexta-feira (31).

A estatal indiana, que busca diversificar suas fontes de petróleo, pretende selecionar cerca de cinco fornecedores para atender à demanda do próximo trimestre. A iniciativa abre novas oportunidades comerciais para o Brasil, que vem ampliando sua relevância no mercado global de energia, especialmente após o crescimento da produção no pré-sal.

Sanções à Rússia reconfiguram o comércio global de petróleo

As sanções mais recentes de Washington incluíram gigantes russas como Rosneft e Lukoil na lista de restrições, limitando a atuação de intermediários e transportadoras que movimentavam o petróleo russo até a Ásia. Como resultado, a Indian Oil e outras refinarias suspenderam novos contratos com Moscou, adotando uma postura de cautela diante da instabilidade do mercado.

“Algumas empresas, incluindo a própria Indian Oil, indicaram que poderiam recorrer a fornecedores não afetados”, afirmou uma fonte ouvida pela Bloomberg. A expectativa é de que as exportações da Rússia, membro da Opep+, sofram uma redução significativa nos próximos meses.

Produção brasileira reforça posição no mercado internacional

O interesse da Índia ocorre em um momento favorável para o petróleo brasileiro, cuja produção vem batendo recordes sucessivos em campos como Búzios e Tupi, na Bacia de Santos. O volume crescente do pré-sal tem consolidado o Brasil como um fornecedor confiável e competitivo, capaz de atender à demanda de grandes mercados emergentes.

Com a possibilidade de fechamento de novos contratos com a Índia, o Brasil amplia sua presença estratégica na Ásia, região que já absorve parte considerável de suas exportações de petróleo. Essa aproximação entre Brasil e Índia reforça a tendência de diversificação das rotas globais de energia, em um contexto de reorganização geopolítica pós-sanções.

Refinarias indianas avaliam cenário e reduzem exposição à Rússia

Segundo fontes do setor, a Indian Oil não realiza novos pedidos de petróleo russo desde 22 de outubro e ainda avalia se irá prolongar a pausa nas compras. Enquanto isso, a empresa analisa propostas de novos fornecedores e se prepara para um possível corte nas exportações russas.

A refinaria consome, em média, 1,5 milhão de barris de petróleo por dia, o que a torna uma das maiores importadoras do mundo. Mesmo diante do impacto das sanções, a empresa mantém o objetivo de garantir o abastecimento interno, priorizando fornecedores estáveis e com capacidade logística eficiente — critérios que favorecem o petróleo brasileiro.

Um porta-voz da companhia preferiu não comentar oficialmente sobre o assunto, mas fontes internas indicam que as negociações estão em andamento e devem ser concluídas nas próximas semanas.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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