A política de hibernação de plataformas e operações da Petrobras atingiu não apenas suas atividades marítimas offshore, mas também seu portfólio de ativos terrestres em sua Unidade de Operações Bahia(UO-BA), que resultará em demissões em massa, onde estão empregados cerca de 5 mil operários próprios e terceirizados. Informações são do Sindipetro Bahia.
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Eles receberam no dia 8 de abril, um comunicado da Petrobras a respeito da hibernação, consequentemente, a interrupção das atividades no estado enquanto durar a pandemia. O sindicato ainda afirma que não foi detalhado quais ativos serão atingidos pela medida, mas segundo informações internas, os campos de Miranga, Santiago, Candeias e Taquipe sitiados nas cidades de Pojoca, Catu, São Sebastião do Passé, Candeias e São Francisco do Conde serão os escolhidos, devido a critérios técnicos.
Investimentos da Petrobras cancelados em 2020 no UO-BA
Os campos de petróleo que ainda restaram da lista, localizados nas cidades de Mata de São João, Cardeal da Silva, Esplanada, Entre Rios, Alagoinhas e Araças, também devem ter seus investimentos de 2020 congelados, inviabilizando a produtividade destes ativos e a manutenção dos 5 mil empregos, entre próprios e terceirizados, proveniente destas atividades.
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Plano de Demissão Voluntária da Petrobras ou Remanejamento
Atualmente estão empregos na UO-BA algo em torno de 900 funcionários diretos da estatal, que apresentou duas propostas distintas para estes: Aceitarem ser remanejados para as refinarias no nordeste (Abreu e Lima, Potiguar Clara Camarão, Landulpho Alves [RLAM], Lubnor), que são as mais prováveis ou aceitarem o Programa de Demissão Voluntária. Para os trabalhadores terceirizados, que são por volta de 4 mil operários, a maior parte também sofrerá com o fantasma da demissão.
Os estados do Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe também serão atingidos com essa nova a medida, tanto em ativos terrestres quanto marítimos.
Agravado pela crise do coronavírus e a guerra do petróleo travada entre Arábia Saudita e Rússia, o sindicato acusa a estatal de se apoiar neste advento para acelerar seus planos de privatização.
A redução das atividades da Petrobras na UO-BA deve iniciar em Maio
A estatal deve começar interromper as operações já no começo de maio de 2020, com cerca de 50% de cortes na Bahia. Atualmente 32 mil barris petróleo, além do gás, são processados na UO-BA, movimentando mais de 2 bilhões anualmente.
Acontece que os municípios que dependem da arrecadação dos royalties, ISS e geração de empregos, podem se encontrar em maus lençóis nesse momento de crise.