1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Petrobras: Prates revelou que, após autorização do Ibama, a comercialização de petróleo da Margem Equatorial pode levar de 5 a 8 anos
Localização AM Tempo de leitura 3 min de leitura

Petrobras: Prates revelou que, após autorização do Ibama, a comercialização de petróleo da Margem Equatorial pode levar de 5 a 8 anos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 17/08/2023 às 09:49
A Petrobras está traçando um plano ambicioso para a exploração da Margem Equatorial e a comercialização do petróleo extraído. No entanto, devido à complexidade das etapas envolvidas, a concretização desse projeto pode demandar um prazo de cinco a oito anos.
Foto: Agência Petrobras

A Petrobras está traçando um plano ambicioso para a exploração da Margem Equatorial e a comercialização do petróleo extraído. No entanto, devido à complexidade das etapas envolvidas, a concretização desse projeto pode demandar um prazo de cinco a oito anos.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, revelou que a comercialização do petróleo proveniente da Margem Equatorial, localizada na bacia da Foz do Amazonas, provavelmente só ocorrerá após um período mínimo de cinco anos após a possível autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Prates esclareceu que esse prazo pode se estender ainda mais, pois, mesmo com a aprovação para perfuração, é essencial confirmar a existência de reservas de óleo no local e, posteriormente, avaliar a viabilidade econômica da exploração. Somente após esses passos é que seria viável a construção de uma plataforma para dar início às operações.

Jean Paul Prates, o Presidente da Petrobras deliberou sobre prazos e processos na exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas

Durante uma sessão realizada na Comissão de Infraestrutura do Senado, Prates destacou: “Licenciar um poço e perfurá-lo não garante que a produção começará imediatamente”.

O processo exige várias etapas criteriosas antes de entrar na fase de produção.

Se a exploração se mostrar viável, a Petrobras deverá solicitar à ANP (Agência Nacional de Petróleo) a renovação de sua autorização para comercializar o petróleo e, a partir desse ponto, levará cerca de três anos para montar a estação de produção, conforme esclareceu Prates.

“Estamos, portanto, falando de um período de cinco a oito anos para o início da produção de petróleo na área, se recebermos a licença ainda este ano ou no começo do próximo”, concluiu o presidente da empresa.

Consequentemente, se as projeções de Prates se confirmarem, a comercialização do petróleo extraído dessa nova fronteira exploratória poderá começar entre os anos de 2028 e 2031.

Isso coincidiria com o final da década considerada crucial para a redução significativa das emissões de gases, visando mitigar os impactos mais severos das mudanças climáticas.

Conflitos políticos e debate sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial

O presidente da Petrobras também delineou sua visão de transformar a Margem Equatorial, localizada no litoral norte do Brasil, que engloba o bloco 59 (objeto do pedido de perfuração rejeitado pelo Ibama em maio deste ano), em uma nova fronteira de produção de energia, tanto de fontes fósseis quanto eólicas, com estruturas offshore.

“Esses dois enfoques seguirão de maneira paralela”, afirmou.

“Antes desta região, a bacia de Campos foi priorizada em investimentos. A Margem Equatorial parece ter esperado a chegada da transição energética. Nosso objetivo é desenvolver a região do Amapá com energias eólica e de petróleo”, acrescentou.

A exploração de petróleo na Foz do Amazonas tem sido uma questão polêmica e de conflito no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O debate coloca a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um lado e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, junto com o núcleo político, no outro.

O próprio Lula demonstrou inclinação para que a Petrobras realize estudos a fim de determinar a presença de petróleo na região.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos