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Petrobras não consegue aval do estado do Pará e atrasa projeto de perfuração de poço de petróleo na região da Foz do Amazonas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 16/12/2022 às 11:06
Atualizado em 02/02/2023 às 19:19

O projeto de perfuração do poço de petróleo na bacia da Foz do Amazonas já está em andamento, com uma mobilização milionária por dia. A Petrobras agora paralisa a continuidade da campanha, visto que ainda não conseguiu a licença do estado do Pará.

Em meio a um grande projeto de perfuração de poço na região da Bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras sofre nesta sexta-feira, (16/12), para levá-lo adiante. Isso, pois a estatal ainda não conseguiu o aval do estado do Pará, necessário para a realização de um simulado de vazamento na região. Assim, a campanha de exploração de petróleo da estatal na região segue paralisada até que a licença seja concedida.

Estado do Pará ainda não concedeu licença necessária para simulação e projeto de perfuração de poço da Petrobras na Foz do Amazonas segue paralisado

Os últimos dias não têm sido nada otimistas para a Petrobras quanto ao futuro de um de seus projetos de exploração de petróleo no Brasil, localizado na região da bacia da Foz do Amazonas.

Isso, pois, embora tenha realizado toda uma mobilização para a perfuração do poço na região, o estado do Pará ainda não liberou o aval necessário para a realização de uma simulação de vazamento no local.

Essa é uma licença necessária para que a estatal siga adiante e consiga o aval do Ibama para a perfuração da área.

A petroleira estatal, que vem arcando com um custo diário milionário de mobilização de pessoal e equipamentos para o simulado na região amazônica, está trabalhando já há algum tempo em busca de abrir a bacia como uma nova fronteira exploratória de petróleo.

Após a BP e TotalEnergies desistirem dos ativos devido a problemas para conseguirem as licenças necessárias para os projetos, a Petrobras vem encabeçando a iniciativa, mas agora sofre com o mesmo problema das companhias.

A estatal ainda não iniciou o simulado, que estava previsto para a segunda quinzena de dezembro, em razão da falta da licença para a instalação de um pequeno hospital para aves oleadas em Belém, chamado de Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD).

Essa é uma etapa essencial para a simulação de um vazamento na perfuração do poço na Foz do Amazonas, mas a Petrobras teme que tenha que adiá-la para o ano de 2023.

Estatal está com mobilização diária de cerca de R$ 4 milhões na Foz do Amazonas, mas ainda não conseguiu a licença necessária  

Enquanto o estado do Pará não concede a licença à Petrobras, a empresa está com uma mobilização diária de cerca de R$ 4 milhões, incluindo sonda de perfuração, funcionários, três helicópteros, uma aeronave e cinco rebocadores na Foz do Amazonas.

Além da licença emitida pelo governo do estado, a estatal precisará aguardar uma equipe técnica do próprio Ibama para a verificação da segurança no projeto de perfuração do poço.

O temor na Petrobras é que a equipe do órgão ambiental entre de recesso de fim de ano, mesmo com todos os recursos disponíveis e gerando custos.

A estatal afirmou que “vem envidando os esforços necessários para o licenciamento do CRD (Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna) junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará — Semas”.

Além disso, ela ressaltou estar voltando seus esforços para a realização do simulado Avaliação Pré-Operacional (APO), mas precisa do apoio governamental para dar continuidade ao projeto de perfuração do poço.

A Semas não respondeu até o momento pedidos de comentários.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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