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Petrobras lança licitação para adequar gasoduto Gascab II ao ambicioso projeto CCS de captura e armazenamento geológico de carbono na Bacia de Campos

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 20/10/2025 às 18:26
Mão segurando um globo com planta brotando, em frente a uma usina de captação de carbono cercada por vegetação sob luz suave do entardecer.
Foto: Petrobras lança licitação para adequar gasoduto Gascab II ao ambicioso projeto CCS de captura e armazenamento geológico de carbono na Bacia de Campos
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Petrobras inicia licitação para modernizar o gasoduto Gascab II e viabilizar projeto CCS de captura e armazenamento de carbono na Bacia de Campos, fortalecendo a sustentabilidade energética

Segundo uma matéria divulgada pelo site MegaWhat, a Petrobras anunciou a abertura de uma licitação estratégica para adequar o gasoduto Gascab II ao ambicioso projeto CCS de captura e armazenamento de carbono na Bacia de Campos. A iniciativa representa um marco na transição energética da estatal brasileira, alinhando-se às metas globais de sustentabilidade e descarbonização.

Projeto CCS São Tomé: inovação em captura e armazenamento de carbono

A Petrobras busca ganhar notoriedade em energia limpa no Brasil. Com essa licitação, a empresa reforça seu compromisso com tecnologias de baixo carbono e com a inovação na infraestrutura de transporte de CO₂.

O projeto CCS São Tomé é um piloto de captura e armazenamento geológico de carbono que visa armazenar até 100 mil toneladas de CO₂ por ano durante três anos, com início previsto para 2028. O gás será injetado no aquífero de São Tomé, localizado na região de Barra do Furado, no município de Quissamã (RJ).

Esse tipo de tecnologia, conhecida como Carbon Capture and Storage (CCS), é considerada essencial para mitigar os efeitos das emissões industriais e contribuir para o cumprimento das metas climáticas estabelecidas pelo Acordo de Paris.

Gasoduto Gascab II: infraestrutura estratégica para o projeto CCS

O gasoduto Gascab II, com 67,5 km de extensão, atualmente transporta gás natural entre a estação de Barra do Furado e o Terminal de Cabiúnas, em Macaé. Com a nova licitação, a Petrobras pretende adaptar essa infraestrutura para o transporte de dióxido de carbono, viabilizando o funcionamento do projeto CCS.

Essa adequação representa um avanço técnico e ambiental. A conversão de gasodutos para CO₂ exige materiais resistentes à corrosão e sistemas de monitoramento sofisticados, garantindo segurança e eficiência.

A adaptação do Gascab II é considerada uma das etapas mais críticas para o sucesso do projeto CCS São Tomé, pois permitirá o escoamento seguro do carbono capturado até o ponto de injeção geológica.

Sustentabilidade como eixo estratégico da Petrobras

A Petrobras tem intensificado seus esforços em direção à sustentabilidade, com investimentos em energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de baixo carbono. O projeto CCS São Tomé é parte integrante do plano estratégico da companhia para reduzir sua pegada de carbono.

Segundo o Plano Estratégico 2024–2028 da Petrobras, a empresa pretende investir US$ 11,5 bilhões em iniciativas de baixo carbono, incluindo projetos de CCS, hidrogênio verde e biocombustíveis.

Capturar carbono é mais que uma tendência — é uma necessidade. A Petrobras reconhece que a descarbonização é vital para manter sua competitividade e relevância no cenário energético global.

Bacia de Campos: polo de inovação em sustentabilidade

A Bacia de Campos é uma das regiões mais produtivas de petróleo e gás do Brasil. Com mais de quatro décadas de exploração, a área enfrenta o desafio de manter sua relevância diante da transição energética.

A implementação do projeto CCS na Bacia de Campos representa uma oportunidade de revitalizar a região com foco em sustentabilidade, transformando-a em um polo de inovação em tecnologias de captura de carbono.

Além disso, a proximidade com infraestrutura já existente — como o gasoduto Gascab II — facilita a logística e reduz custos operacionais, tornando o projeto mais viável economicamente.

Benefícios ambientais e econômicos da captura e armazenamento de carbono

A adoção do projeto CCS traz benefícios significativos:

  • Redução de emissões de CO₂: até 300 mil toneladas capturadas em três anos.
  • Valorização de ativos existentes: aproveitamento da infraestrutura do gasoduto Gascab II.
  • Geração de empregos qualificados: demanda por engenheiros, técnicos e especialistas em geologia.
  • Fortalecimento da imagem institucional da Petrobras como empresa comprometida com a sustentabilidade.

Investir em captura e armazenamento de carbono é investir no futuro. A Petrobras aposta em soluções que conciliam crescimento econômico com responsabilidade ambiental.

Desafios técnicos e regulatórios do projeto CCS da Petrobras

Apesar dos avanços, o projeto enfrenta desafios:

  • Regulação específica para CCS no Brasil ainda está em desenvolvimento.
  • Monitoramento geológico contínuo é necessário para garantir a integridade do armazenamento.
  • Engajamento da sociedade e transparência são fundamentais para evitar resistência pública.

A Petrobras tem buscado parcerias com universidades, centros de pesquisa e órgãos reguladores para superar esses obstáculos e garantir o sucesso do projeto.

Comparativo internacional: Brasil e o mundo na captura de carbono

Globalmente, países como Noruega, Canadá e Estados Unidos já operam projetos de CCS em larga escala. O Brasil, com o projeto São Tomé, entra nesse seleto grupo, demonstrando capacidade técnica e visão estratégica.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mundo precisa capturar cerca de 6 bilhões de toneladas de CO₂ por ano até 2050 para atingir a neutralidade de carbono.

O Brasil pode contribuir significativamente com sua expertise em geologia e infraestrutura offshore. A entrada do Brasil no cenário global de CCS é um sinal de maturidade tecnológica e compromisso climático.

Detalhes da licitação da Petrobras para o gasoduto Gascab II

A licitação aberta pela Petrobras inclui:

  • Prestação de serviços técnicos especializados
  • Fornecimento de materiais e equipamentos
  • Adequação de sistemas de controle e segurança

O processo será conduzido com base nos princípios de transparência e competitividade, conforme as diretrizes da Lei das Estatais. Empresas interessadas devem apresentar propostas até o final de novembro de 2025.

A licitação é o primeiro passo para transformar o projeto CCS em realidade. A expectativa é que as obras de adequação do gasoduto Gascab II comecem em 2026, com conclusão prevista para 2027.

Petrobras lança licitação para adequar gasoduto Gascab II ao ambicioso projeto CCS de captura e armazenamento geológico de carbono na Bacia de Campos
Gasoduto Gascab II | Imagem: Linkedin petrobras

Petrobras e o protagonismo na transição energética brasileira

A abertura da licitação para adequar o gasoduto Gascab II ao projeto CCS na Bacia de Campos representa um marco na trajetória da Petrobras rumo à sustentabilidade.

Captura e armazenamento de carbono é mais que uma tecnologia — é uma estratégia de sobrevivência. A Petrobras demonstra que é possível conciliar inovação, responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.

Com essa iniciativa, o Brasil ganha destaque na luta contra as mudanças climáticas, aproveitando seu potencial geológico e industrial para liderar a transição energética na América Latina.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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