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Petrobras em xeque: a novela da recompra da refinaria que desestabiliza investidores e levanta questões sobre o futuro do mercado

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 09/10/2024 às 16:30
A incerteza ronda a Petrobras e a Acelen, com investidores perdendo a paciência em meio a negociações sem fim. O que vem a seguir?
A incerteza ronda a Petrobras e a Acelen, com investidores perdendo a paciência em meio a negociações sem fim. O que vem a seguir?

Petrobras e a Acelen enfrentam uma negociação incerta que deixa investidores apreensivos. Com o valor dos títulos em queda, as perspectivas de fusão e aquisição aumentam.

A incerteza reina sobre a Petrobras e a Acelen, controlada pela Mubadala Capital, em uma negociação que parece não ter fim à vista.

Investidores da Acelen demonstram impaciência com a indefinição

Desde 2021, a Acelen opera a refinaria de Mataripe, localizada no Nordeste do Brasil, e desde então, os investidores aguardam ansiosamente por uma decisão sobre a possível venda para a Petrobras.

Os títulos da Acelen, que já apresentavam uma queda nos últimos meses, sofreram uma nova retração após a recente teleconferência de resultados da empresa, que não trouxe novidades relevantes sobre a transação.

De acordo com o portal Invest news, esse desinteresse exacerbado dos investidores levou os títulos, que vencem em 2031, a despencar cerca de 8 centavos de dólar, negociados agora a apenas US$ 0,85.

A Petrobras mantém sua posição cautelosa

A Petrobras, que anteriormente operava a refinaria, ainda está avaliando a possibilidade de recompra, embora seu CEO tenha destacado que essa negociação não é uma prioridade no momento.

Enquanto isso, a Acelen se mantém em silêncio sobre a situação. De acordo com informações disponíveis, os investidores têm sentido uma pressão crescente, com os rendimentos dos títulos subindo para o maior nível desde fevereiro.

Dinâmica de mercado em crise

A situação atual reflete uma dinâmica de mercado fraco, com os resultados da Acelen sendo impactados por margens desafiadoras.

Os chamados “crack spreads” — a diferença entre o preço pago pelo óleo cru e o preço cobrado dos consumidores — despencaram 33% no último ano, alcançando US$ 5,4 por barril no segundo trimestre.

A Acelen já declarou, em oportunidades anteriores, que enfrenta dificuldades para competir com as refinarias da Petrobras, que conseguem vender combustíveis a preços mais baixos.

A possibilidade de fusão e aquisição

Conforme os rumores de uma potencial negociação entre a Acelen e a Petrobras ganham força, alguns analistas afirmam que essa união poderia, de fato, melhorar as margens da Acelen.

Ezequiel Fernández, analista da Balanz, sugere que a diferença de mais de 500 pontos-base entre os títulos da Acelen e da Petrobras deve diminuir caso a compra se concretize.

Embora Fernández tenha uma visão “underweight” para a Acelen, ele acredita que um acordo de fusão e aquisição é mais provável do que sua ausência.

No entanto, ele ressalta que as recentes declarações da Petrobras sobre sua falta de interesse podem ser uma tática de negociação.

Achamos que um M&A tem mais probabilidade de acontecer do que não. No entanto, é importante ter cautela e esperar para ver o desenrolar das negociações entre a Mubadala e a Petrobras”, destacou o analista.

Impasse na negociação

À medida que a situação se desenrola, os investidores permanecem apreensivos sobre o que o futuro reserva para a Acelen e a Petrobras.

A incerteza no setor pode afetar não apenas os acionistas, mas também o mercado de petróleo como um todo, especialmente em um contexto de margens já pressionadas.

Garanta sua informação: fique de olho nas atualizações

Com a data de vencimento dos títulos se aproximando e a pressão sobre as margens aumentando, a expectativa é de que novas informações surjam a qualquer momento, trazendo possíveis desdobramentos para esta negociação intrigante.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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