Com um investimento estimado em R$ 6 milhões, o projeto visa desenvolver um reator experimental inovador com foco em melhorar a eficiência na indústria do petróleo e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação ambiental.
A professora Regina Peralta Moreira, do Laboratório de Energia e Meio Ambiente da UFSC, será a líder deste projeto audacioso que tem previsão para durar três anos. “A grande sacada aqui é unificar tecnologias que, embora conhecidas, nunca foram aplicadas em conjunto num equipamento desse porte”, salienta a docente.
Quem pensa que petróleo é só óleo está bem enganado. Junto com o “ouro negro” vem uma água de composição química complexa, um verdadeiro ‘pé-no-saco’ para o meio ambiente. O desafio é tratá-la de forma que possa ser descartada ou reutilizada de maneira segura e sustentável. “O aperfeiçoamento desse processo é crucial, não só para a indústria, mas para a saúde do nosso planeta”, diz Regina.
A solução do futuro: eletroxidação e muito mais
O segredo do projeto está em um termo que pode soar complicado, mas cujo objetivo é bem simples: despoluir. A eletroxidação é uma técnica que basicamente “zera” os contaminantes da água produzida. “Estamos falando de uma abordagem que combina eletroxidação com outros processos como flotação e separação com membranas”, detalha Regina, animada com o ineditismo da ideia.
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A equipe de Regina vê com bons olhos o resultado dessa parceria entre Petrobras e academia. “Se tudo correr como o planejado, vamos aumentar a capacidade de processamento de óleo e gás e, de quebra, dar uma aliviada no impacto ambiental”, destaca a professora.
A primeira fase será laboratorial, para depois passar para a etapa de teste em plataformas da Petrobras. “O negócio aqui é propor sistemas compactos, eficientes e com custo-benefício que valha a pena”, resume Regina.