Parceria investe em membranas com líquidos iônicos para aprimorar a eficiência e estabilidade na separação de CO² do gás natural
Parceria entre Petrobras e Coppe/UFRJ promete revolucionar a separação de CO² em plataformas do pré-sal, com um investimento em tecnologia nacional que pode ser um marco para a indústria de gás.
Em um passo significativo para a indústria de óleo e gás, a Petrobras e o Centro de Excelência em Gás Natural (CEGN) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) estão trabalhando juntos no desenvolvimento de membranas inovadoras.
Essas membranas, que utilizam líquidos iônicos, têm como objetivo separar o gás carbônico do gás natural extraído das plataformas de petróleo no pré-sal.
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Um novo marco na indústria de gás
Segundo o professor Cristiano Borges, da Coppe/UFRJ, a tecnologia é crucial para que o gás natural possa ser transferido das plataformas offshore para o continente. Atualmente, é necessário reduzir a concentração de CO² no gás natural para cerca de 3%. O desenvolvimento dessas membranas vem para atender a essa necessidade, com o diferencial de ter um desempenho e uma estabilidade superiores, já comprovados em escala laboratorial.
“A captura de CO² em correntes de hidrocarbonetos, em particular do gás natural, continua sendo prioridade da indústria de óleo e gás”, afirma Borges. A parceria, então, tem o objetivo de enfrentar o desafio de teores elevados de CO², que podem chegar a até 70% em fontes do pré-sal.
Nacionalismo e inovação
A Petrobras sempre buscou aprimorar o controle do processo através da tecnologia nacional. Atualmente, poucos fornecedores internacionais oferecem membranas poliméricas com essa finalidade. Portanto, a parceria com a Coppe/UFRJ vem em boa hora, proporcionando uma solução mais eficiente e autônoma para o problema.
“É uma questão de espaço. Durante a extração do gás em reservatórios a 5 mil metros de profundidade, à medida que o transporta à superfície, ele vai despressurizando. Em pressões muito elevadas, há aumento do volume do polímero que forma a membrana e ela perde resistência mecânica e eficiência de separação”, explica o professor.
Os líquidos iônicos, devido à sua baixa volatilidade e boa estabilidade térmica, são os protagonistas nesse novo método de separação. Segundo Borges, “alguns líquidos iônicos próticos, baseados em etanolaminas e ácidos carboxílicos, apresentaram altas seletividades para absorção do CO².”
Contribuição para a descarbonização
Além do avanço tecnológico, a nova tecnologia pode contribuir significativamente para a redução da emissão de carbono no processo de extração de petróleo offshore. “Uma forma de diminuir a emissão de CO² é retirá-lo do gás natural e reinjetá-lo no reservatório”, conclui Borges.
Com informações da Coppe/UFRJ.



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