Pesquisas internacionais reforçam que a rotação da Terra está diminuindo, o que pode tornar os dias mais longos em um futuro distante.
Os pesquisadores da Universidade Técnica de Munique (TUM) informaram, em 2024, que a rotação da Terra apresenta desaceleração gradual, conforme medições realizadas no Observatório de Wettzell, na Alemanha. Embora a mudança seja mínima, ela ocorre continuamente, o que reforça análises de longo prazo sobre o giro terrestre.
Além disso, os cientistas monitoraram o planeta utilizando um laser de altíssima precisão, que detectou variações de aproximadamente seis milissegundos em duas semanas, segundo dados divulgados pela TUM em abril de 2024. Essas medições demonstram flutuações pequenas, mas consistentes, que esclarecem o comportamento rotacional do planeta.
Consequentemente, a NASA indicou, em relatório de 2023, que a interação gravitacional entre a Terra e a Lua desacelera o planeta desde sua formação, há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Assim, a agência reforça que o fenômeno continuará avançando por milênios, podendo levar o planeta a dias com 25 horas no futuro distante.
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A desaceleração rotacional é influenciada por múltiplos fatores geológicos e gravitacionais
Os especialistas explicam que o ritmo mais lento da rotação terrestre decorre de diversos elementos combinados. Assim, os cientistas destacam que:
- O núcleo líquido do planeta altera sua velocidade ao longo do tempo, o que influencia variações rotacionais.
- As placas tectônicas deslocam grandes massas, modificando a distribuição de peso na superfície da Terra.
- A gravidade lunar, conforme reforçado pela NASA, exerce força de atrito que reduz gradualmente a velocidade do giro planetário.
Além disso, estudos publicados pela American Geophysical Union (AGU) em 2023 sugerem que o núcleo interno sólido está diminuindo sua rotação em relação ao restante do planeta. Esse comportamento acrescenta novas camadas de complexidade à dinâmica rotacional.
Especialistas analisam possíveis impactos em fenômenos naturais e ciclos biológicos
Os pesquisadores afirmam que uma eventual mudança para dias de 25 horas pode influenciar diversos processos naturais. Assim, os especialistas citam que:
- Os ciclos circadianos humanos passarão por adaptações graduais.
- Os padrões de sono e produtividade poderão sofrer ajustes naturais ao longo dos milênios.
- As marés poderão apresentar novos comportamentos devido à interação gravitacional com a Lua.
- O clima, de maneira discreta, poderá registrar alterações provocadas pela rotação mais lenta.
Ainda assim, as instituições científicas ressaltam que nenhuma mudança significativa ocorrerá na escala de tempo humana atual, já que o processo se desenvolve de forma extremamente lenta.
A trajetória histórica mostra que a duração dos dias sempre mudou ao longo de bilhões de anos
A redução da velocidade rotacional não é um fenômeno recente. Pesquisas da Universidade de Wisconsin, publicadas em 2018, revelam que, há 1,4 bilhão de anos, um dia na Terra durava cerca de 18 horas. Assim, os cientistas afirmam que o padrão atual apenas segue uma tendência natural.
Além disso, estudos contemporâneos — como os realizados pela TUM, NASA e AGU — confirmam essa evolução contínua. Os dados reforçam que o planeta segue um ciclo lento e constante, sustentado pela dinâmica interna e externa da Terra.
Perspectivas para o futuro da rotação terrestre e seus efeitos sobre a vida no planeta
Os especialistas destacam que o planeta levará milhares de anos para completar o avanço necessário para dias de 25 horas. Dessa forma, eles explicam que o fenômeno não trará impactos imediatos à civilização atual. No entanto, os estudos ajudam a compreender melhor como o planeta evolui ao longo do tempo e como seus processos internos moldam a vida na superfície.
Assim, enquanto a ciência segue monitorando cada variação rotacional com instrumentos cada vez mais precisos, permanece uma questão inevitável: como a humanidade vai se adaptar quando o relógio natural da Terra finalmente marcar um dia com 25 horas?


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