1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / Desvio de função? Pesquisador com 17 anos de experiência foi demitido por usar ChatGPT
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Desvio de função? Pesquisador com 17 anos de experiência foi demitido por usar ChatGPT

Publicado em 17/10/2025 às 10:07
Um pesquisador foi demitido após 17 anos por usar ChatGPT no trabalho. Entenda quem é, como ocorreu e por que o caso levanta controvérsias sobre automação.
Um pesquisador foi demitido após 17 anos por usar ChatGPT no trabalho. Entenda quem é, como ocorreu e por que o caso levanta controvérsias sobre automação.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Um pesquisador foi demitido após 17 anos por usar ChatGPT no trabalho. Entenda quem é, como ocorreu e por que o caso levanta controvérsias sobre automação.

Um pesquisador foi demitido por usar ChatGPT mesmo depois de 17 anos de serviço, em um episódio que acende alerta no mundo corporativo sobre a adoção de inteligência artificial. O caso ocorreu em uma empresa cujos detalhes não foram totalmente divulgados, mas gerou repercussão ao mostrar que, para além da inovação, surge um conflito entre automação e direitos trabalhistas.

O pesquisador, Kevin Contrera, utilizava o ChatGPT para agilizar rotinas, mas viu sua prática interpretada pela empresa como ultrapassagem de limites, culminando em sua dispensa.

O que aconteceu e quem foi afetado

Kevin Contrera, com longo histórico de dedicação, sofreu a demissão apesar de uma trajetória de 17 anos na organização.

Ele justificava o uso do ChatGPT como uma forma de otimizar tarefas: “um colaborador mais”, nas suas próprias palavras.

A empresa, entretanto, entendeu que o uso da ferramenta poderia caracterizar desvio de função ou reduzir a necessidade do seu trabalho humano.

Outros 12 empregados também foram dispensados no mesmo momento, segundo relatos da corporação.

Quando e como ocorreu a demissão

A dispensa ocorreu em 2025, após um período em que Kevin já vinha incorporando o uso da IA em seu fluxo de trabalho.

Até então, o uso estava aceitável ou pelo menos tolerado. Ele usava o ChatGPT para aprimorar textos, acelerar pesquisas e melhorar entregas.

Em determinado momento, a empresa decidiu reorganizar a estrutura e manteve apenas um núcleo responsável por verificar as tarefas automatizadas ou auxiliadas por IA.

Consequentemente, Kevin e outros foram desligados.

Mesmo assim, ele recebeu indenização proporcional aos seus 17 anos de serviço, o que indica reconhecimento formal de seus direitos trabalhistas.

Motivações e conflito com a automação

Para Kevin, a adoção do ChatGPT não visava substituir seu trabalho, mas complementá-lo.

Ele desejava eliminar gargalos operacionais para focar no que exige julgamento humano: interpretação, análise crítica e supervisão final.l

No entanto, instituições nem sempre estão preparadas para lidar com iniciativas individuais de inovação.

Quando uma empresa não formaliza diretrizes de uso de IA, atos bem-intencionados podem ser vistos como atos fora das normas pactuadas.

Essa tensão entre automação individual e estrutura organizacional rígida ficou clara no caso de Kevin.

Além disso, o episódio evidencia um problema emergente: até que ponto o uso de ChatGPT pode ser interpretado como ameaça ao emprego?

O caso mostra que, mesmo com boas intenções, o trabalhador pode ser considerado passível de dispensa se suas tarefas parecerem replicáveis ou substituíveis.

Reações e implicações mais amplas

O caso de Kevin Contrera mobiliza reflexões sobre política laboral, direito organizacional e ética no uso de IA.

Primeiro, ele questiona se existe espaço para inovação legislada dentro das empresas — ou se colaboradores ficam vulneráveis ao uso de tecnologias em um “limbo” regulatório.

Também instiga uma revisão de como as corporações estão definindo responsabilidades humanas e automação.

Se o uso de ChatGPT pode levar à demissão, isso levanta insegurança para quem deseja modernizar métodos de trabalho.

Do ponto de vista social, o episódio pode servir de alerta: empresas, sindicatos e legisladores precisam construir marcos legais que guiem o uso de ferramentas como o ChatGPT, protegendo tanto a inovação quanto os direitos trabalhistas.

Com informações do Diário do Litoral.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x