Pequenas indústrias brasileiras buscam trade finance para crescer no mercado internacional, superando dificuldades em acesso a instrumentos competitivos, afirma João Costa Pereira, do Ouribank.
Pequenas empresas do Brasil procuram trade finance como estratégia para expandir no comércio internacional. Segundo João Costa Pereira, especialista de produtos no Ouribank, a tendência de diversificação de mercados está crescendo, mas muitas empresas ainda enfrentam desafios para acessar instrumentos que possam tornar seus negócios mais competitivos no exterior.
Com um cenário produtivo cada vez mais globalizado e as lições obtidas durante a pandemia, a necessidade de soluções de trade finance torna-se crucial. O financiamento ao comércio internacional é um dos mecanismos chave que pode auxiliar essas empresas a superarem barreiras financeiras. João Costa Pereira afirma que a utilização de trade finance pode permitir uma entrada mais robusta em mercados externos, facilitando o desenvolvimento e a sustentabilidade dos seus negócios.
Frente aos recentes problemas de desabastecimento em cadeias relevantes de suprimentos, as médias e pequenas indústrias brasileiras têm redobrado atenção às oportunidades no mercado internacional. Essa conjuntura é perceptível tanto para aquelas que buscam vender seus produtos no exterior como para as que necessitam importar insumos críticos para suas linhas de produção.
- Histórico! Peru fecha acordo para fabricar parte do KF-21 e pode operar caça de 5ª geração antes de toda a América Latina!
- Com investimento superior a R$ 20 BILHÕES, nova fábrica de celulose no Brasil irá gerar 10 mil empregos durante obra e terá uma produção astronômica de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano!
- 05 profissões que garantem Green Card nos Estados Unidos: Farmacêuticos, Professores e trabalhadores da indústria são prioridades!
- Investimento milionário: Grupo Olho D’Água anuncia nova fábrica de açúcar com R$ 150 milhões e cria centenas de vagas de emprego!
Aumentando a Competitividade no Comércio Internacional
A maioria destas empresas, contudo, especialmente aquelas que estão começando nesse caminho, não sabe quais ferramentas podem torná-las mais competitivas e sustentáveis no comércio internacional, segundo João Costa Pereira, Especialista de Produtos do Ouribank, banco que atua há cerca de cinco anos no setor de trade finance.
De acordo com o executivo, a demanda por trade finance tem aumentado substancialmente ano após ano desde que o banco iniciou suas operações nesse segmento. ‘Há uma tendência crescente das indústrias brasileiras menores em diversificarem mercados. Contudo, essas empresas ainda são tímidas em comparação a outros países, o que atrasa a expansão no exterior’, observa ele.
Desafios e Potencial do Trade Finance
Na visão de Pereira, a falta de experiência em negócios internacionais também justifica essa defasagem. ‘No caso das exportações, por exemplo, o Brasil é um grande exportador de commodities agrícolas e minérios, setores onde as empresas são bastante experientes. Cerca de 70% das vendas externas brasileiras estão concentradas em commodities. Mas o País não tem tanta tradição em vender produtos industrializados no exterior.’ O Brasil subiu duas posições no ranking global de exportações da Organização Mundial do Comércio (OMC), alcançando o 24º lugar em 2023. No entanto, já ocupou a 21ª posição em 2011.
Ainda assim, o país está distante de nações que investem mais em produtos industrializados, como Itália, França e Holanda, que estão entre os dez maiores exportadores mundiais. ‘Nos principais mercados exportadores, como Estados Unidos e Europa, as pequenas empresas vendem para todo o mundo há bastante tempo, enquanto que no Brasil esse movimento é bem mais recente.’
Estímulos Necessários para a Pequena Indústria
As pequenas e médias empresas brasileiras também recebem menos estímulos para o comércio internacional quando comparadas aos incentivos dos principais mercados exportadores de manufaturados. ‘Falta ‘democratizar’ o acesso ao mercado global para essas indústrias brasileiras, que carecem dos instrumentos necessários para esse importante passo de crescimento’, analisa Pereira. ‘Para exportar, muitas empresas querem receber antecipadamente, o que limita a capacidade de exportação e a conquista de novos mercados’, diz.
As importadoras, por outro lado, têm receio de antecipar os pagamentos porque não sabem se realmente receberão os produtos, impactando, assim, o desenvolvimento e a diversificação das cadeias de suprimentos, explica o executivo. Essas incertezas podem ser facilmente resolvidas por vários produtos e serviços financeiros disponíveis para dar segurança ao comércio internacional, indo além da Carta de Crédito, que serve tanto ao exportador quanto ao importador, e do Finimp (Financiamento à Importação).
Instrumentos Financeiros Modernos
‘Esses são os produtos mais conhecidos no Brasil, mas são mais caros e burocráticos, perdendo espaço para instrumentos mais ágeis e eficazes. A carta de crédito, por exemplo, está estagnada há cerca de 20 anos. As médias e pequenas indústrias podem assegurar compras e vendas externas mais eficazes com a ajuda de instituições financeiras experientes no financiamento ao comércio internacional’, ressalta o executivo.
As empresas compreendem seus produtos, e os bancos conhecem os mecanismos que facilitam essas trocas entre as companhias, possibilitando que elas mantenham o foco apenas nos seus negócios. Entre os instrumentos para exportadores, além do ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) e ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues), que são fundamentais para acessar o mercado internacional com segurança e rapidez, ele menciona a análise de risco de mercados e de clientes no exterior, a cobertura de riscos com a cessão
Benefícios da Análise de Risco de Mercados
de crédito (recebíveis) para o banco e apoio em serviços de cobrança internacional. Já os importadores têm à disposição o Supply Chain Finance (SCF), que permite ao comprador garantir pagamentos ao fornecedor e beneficiar-se dos prazos necessários ao seu ciclo de negócio. ‘O importador precisa garantir cadeias de fornecimento estáveis e diversificadas, negociando melhores condições de prazo de pagamento e proporcionando conforto de crédito aos fornecedores.’ Segundo Pereira, globalmente, o SCF já superou a marca de US$ 2 trilhões em volume financiado, apresentando um crescimento médio anual de 20%.
‘Para ser competitivo no mercado internacional, é necessário ter um bom produto, um bom preço e uma boa condição de venda.’ O executivo destaca ainda que as instituições financeiras com maior expertise nesse mercado desenhoam instrumentos sob medida, de acordo com as necessidades dos clientes e cada transação, com soluções integradas para acompanhar passo a passo as operações.
Sobre o Ouribank: História e Compromisso
Com mais de 40 anos no mercado, o Ouribank é referência em serviços especializados de câmbio. Comprometido com transparência, seriedade e inovação, o Ouribank já atendeu mais de 500 mil clientes e realizou mais de 1 milhão de operações de câmbio, transacionando mais de 30 bilhões de dólares em 2023. A história do Ouribank destaca-se pela excelência no atendimento personalizado, refletindo seu compromisso em inovar, trazer eficiência e superar as expectativas dos clientes.
Fonte: © sistemas@comuniquese6.com.br