O Pentágono anunciou uma nova estratégia para combater drones, visando enfrentar a ameaça crescente de sistemas não tripulados que têm transformado o cenário militar e desafiado a segurança de instalações e tropas dos Estados Unidos. A medida foi oficializada pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin, no último dia 2 de dezembro.
De acordo com o Pentágono, os drones adversários evoluíram rapidamente nos últimos anos, tornando-se uma ameaça significativa devido ao seu baixo custo e alta eficácia. Em comunicado, Austin destacou: “Estes sistemas baratos estão mudando cada vez mais o campo de batalha, ameaçando as instalações dos EUA e ferindo ou matando as nossas tropas”. Ele descreveu a nova política como um “roteiro para combater a ameaça dos sistemas não tripulados adversários”.
A nova estratégia unifica as ações do Departamento de Defesa (DOD) contra drones em diferentes domínios, independentemente do tipo ou tecnologia envolvida. A intenção é criar uma abordagem comum e eficiente que responda tanto a desafios militares quanto civis.
Incidentes recentes mostram urgência no Pentágono
O uso de drones comerciais para espionagem e assédio tem se intensificado, com vários incidentes registrados ao redor do mundo. No mês passado, drones não identificados foram avistados em quatro bases militares na Inglaterra, incluindo a Royal Air Force Lakenheath, que abriga a única ala de caça F-35 de quinta geração na Europa.
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Além disso, países como a China têm liderado o desenvolvimento de drones de alta tecnologia, como o porta-aviões Fujian, projetado para operar drones em grande escala, e o Zhu Hai Yun, um navio-dronado capaz de navegar de forma autônoma e lançar veículos submersíveis e aéreos.
A resposta dos EUA
Para conter avanços como os da China, o Pentágono intensificou seus esforços, baseando-se em iniciativas como a Replicator, programa voltado para a fabricação de milhares de sistemas não tripulados autônomos. Segundo um informativo do DOD, a nova estratégia para combater drones visa aprimorar a capacidade das Forças Armadas de detectar, rastrear e neutralizar ameaças em tempo real.
Essa visão se alinha ao que o general Mark Milley, ex-presidente do Estado-Maior Conjunto, destacou como uma revolução no caráter da guerra moderna. Ele afirmou, no ano passado, que robôs e sistemas autônomos desempenharão um papel central nas forças dos EUA em menos de uma década.
O futuro das guerras
A adoção dessa estratégia para combater drones pelo Pentágono representa uma mudança fundamental na preparação para conflitos futuros. Com o avanço rápido da tecnologia, os sistemas não tripulados estão se tornando uma peça-chave na segurança global, tanto em campos de batalha quanto em cenários civis.
Essa nova política reflete a necessidade urgente de adaptação e inovação no enfrentamento de ameaças modernas, garantindo que os EUA permaneçam à frente em um cenário militar cada vez mais dominado por tecnologia de ponta.