Situação em rodovia goiana gera debate sobre cobrança de pedágio em trecho sem asfalto, após vídeo de caminhoneiro viralizar e expor motoristas pagando para trafegar em estrada de terra na divisa entre Goiás e Mato Grosso.
Um vídeo que circulou nas redes sociais reacendeu o debate sobre a cobrança de pedágio em trechos sem pavimentação.
Na GO-454, que liga Mozarlândia (GO) a Cocalinho (MT), motoristas relatam pagar pedágio para trafegar em estrada de terra.
A praça está instalada na ponte sobre o Rio Araguaia e cobra R$ 10 de automóveis, R$ 5 de motos e R$ 10 por eixo de caminhões.
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A situação passou a ser chamada por usuários de “pedágio mais injusto do Brasil”, expressão que ganhou força nas redes sociais.
Localização e valores do pedágio
O ponto de cobrança fica na divisa entre Goiás e Mato Grosso, na estrutura que substituiu a antiga travessia por balsa.
Quem dirige automóvel paga R$ 10; motociclistas, R$ 5.
No transporte de cargas, o valor é calculado por eixo, o que eleva o custo para veículos maiores.
Em um vídeo que viralizou, um caminhoneiro afirma: “Vou pagar R$ 70”, ao mostrar um trecho de terra batida com buracos e lama.

De acordo com a legislação estadual, a malha viária de Goiás é, em regra, de uso público e gratuito, mas a cobrança na ponte foi autorizada no contrato de concessão que permitiu a construção da estrutura.
Usuários afirmam que, fora da ponte, parte do trajeto permanece sem asfalto, o que, segundo eles, contraria a expectativa de manutenção e conservação da via.
O que diz o governo de Goiás
A Goinfra (Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes) informou que a praça de pedágio está vinculada à ponte que liga Goiás ao Mato Grosso e foi autorizada em 2004, durante o governo de Marconi Perillo (PSDB).
Segundo o órgão, as rodovias estaduais goianas são de uso gratuito, exceto nos casos de obras executadas por meio de concessão ou permissão especial, como no caso da ponte.
A cobrança teve início em 2017, após a conclusão da obra pela concessionária.
Desde então, motoristas que utilizam a rota afirmam que o acesso até a ponte continua sem pavimentação em parte do trecho, o que causa dificuldades principalmente em períodos de chuva.
Como começou a cobrança do pedágio
A ponte sobre o Rio Araguaia foi construída com recursos da iniciativa privada, em parceria com o governo estadual.
Em nota enviada ao portal Semana7, a assessoria do ex-governador Marconi Perillo encaminhou manifestação assinada pelo ex-presidente da Agetop, Jayme Rincon, na qual informou que a obra “foi construída pela iniciativa privada, mediante acordo firmado com o governo estadual, com autorização para cobrança de uma taxa de utilização por veículos leves e pesados”.
A Goinfra, por outro lado, afirma que durante a construção da ponte houve descumprimento de condicionantes ambientais, o que resultou em auto de infração e multa aplicados pelo Ibama.
O episódio levou a questionamentos sobre a execução da obra e a fiscalização ambiental no período.
Pavimentação anunciada e trecho ainda sem asfalto
O governo estadual apresentou, a partir de 2019, um projeto de pavimentação de 53 quilômetros da GO-454.
A obra foi planejada para melhorar o acesso à ponte e facilitar o escoamento da produção agropecuária.
Segundo a Goinfra, ainda restam 12 quilômetros sem asfalto — justamente o trecho de terra mais afetado em períodos chuvosos.
Moradores e caminhoneiros afirmam que, durante as cheias do Araguaia, o tráfego torna-se difícil, com atoleiros e longos períodos de interrupção.
Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver caminhões atolados e veículos de passeio enfrentando dificuldades de locomoção.
Obstáculos técnicos e entraves ambientais
Em nota, a Goinfra informou que o trecho não foi asfaltado porque apresenta obstáculos técnicos à pavimentação.
Durante parte do ano, a cheia do Rio Araguaia eleva o nível da água e pode interditar a rodovia, o que exige soluções de engenharia específicas.
Segundo o órgão, o projeto precisa considerar medidas de drenagem e proteção contra erosões para evitar danos estruturais futuros.
A agência também reforçou que a obra depende da regularização de pendências ambientais herdadas de gestões anteriores.
Esses ajustes incluem novos estudos técnicos e autorizações de órgãos federais, o que, segundo a instituição, prolonga o cronograma.
Previsão de novos projetos de engenharia
De acordo com a Goinfra, está em elaboração um novo projeto de engenharia para adaptar a rodovia às condições de cheias do Araguaia e garantir durabilidade à pavimentação.
A previsão é concluir a documentação técnica para contratação da obra no primeiro semestre de 2026.
Ainda não há data definida para o início da execução ou entrega do trecho restante.
Enquanto o projeto não avança, a cobrança do pedágio segue em vigor na ponte, que continua sendo o único ponto de travessia oficial entre os dois estados naquela região.
Debate sobre a cobrança e percepção dos usuários
Especialistas em infraestrutura e mobilidade apontam que a situação expõe um descompasso entre o serviço oferecido e a tarifa cobrada.
Embora a cobrança em pontes ou travessias específicas seja legalmente permitida quando prevista em contrato, a falta de pavimentação nos acessos gera, segundo analistas, percepção negativa entre os usuários.
Para motoristas que dependem da GO-454, o valor do pedágio representa custo adicional em uma estrada ainda precária.
A Goinfra sustenta que a taxa é relativa à utilização da ponte, construída por meio de concessão, e não à rodovia como um todo.
Segundo o órgão, a travessia substituiu a balsa e reduziu o tempo de deslocamento entre os estados, trazendo benefícios logísticos à região.
Motoristas, porém, relatam que a falta de pavimentação nos acessos limita os ganhos e continua afetando o transporte de cargas e passageiros.
Situação atual dos motoristas e impacto na região
Atualmente, quem precisa cruzar a ponte continua sujeito ao pedágio e às condições variáveis da estrada.
Em períodos de seca, o problema é o excesso de poeira; nas chuvas, a lama dificulta a passagem.
Caminhoneiros afirmam que os custos de manutenção dos veículos aumentam, e comerciantes locais relatam impactos no abastecimento.
De acordo com especialistas ouvidos por veículos locais, a conclusão da pavimentação é essencial para que o trecho cumpra seu papel logístico e para reduzir a percepção de desequilíbrio entre o pagamento do pedágio e a qualidade da via.
Com a documentação técnica prevista para 2026, ainda não há definição sobre quando o trecho de terra da GO-454 será pavimentado. Até lá, a cobrança na ponte deve continuar.



PSDB LIXO DE PARTIDO. VERGONHA.
EM SAO PAULO Guarda usam binóculo para ver se o motorista de seta.
Agora o **** etílico no motorista da porch.nao foi feito e ainda liberaram o coitado para o hospital. Parabéns PM de ****.
BRASIL UM PAÍS DE POUCOS. EU APOSTO QUE SE FOSSSE UM POLÍTICO NÃO PAGARIA ALEANDO CARRO OFICIAL.
Vou dar minha opinião: Este país de poucos tem que alugado,talvez não viria esta vergonha. Espero que está foto seja vista pelo mundo. E digo a verdade PSDB é melhor alugar este país.