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Pastilhas e discos de freio em carros elétricos: por que duram muito mais tempo e reduzem custos de manutenção?

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 04/09/2025 às 09:47
Descubra por que pastilhas e discos de freio duram mais nos carros elétricos, entenda o papel da regeneração e como essa tecnologia reduz custos e impactos ambientais. Fonte: gerado por IA
Descubra por que pastilhas e discos de freio duram mais nos carros elétricos, entenda o papel da regeneração e como essa tecnologia reduz custos e impactos ambientais. Fonte: gerado por IA
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Descubra por que pastilhas e discos de freio duram mais nos carros elétricos, entenda o papel da regeneração e como essa tecnologia reduz custos e impactos ambientais.

A chegada dos carros elétricos não trouxe apenas motores mais limpos e eficientes. A forma como esses veículos utilizam pastilhas e discos de freio transformou a experiência de manutenção automotiva. 

Diferentemente dos modelos a combustão, em que o atrito mecânico é responsável pela maior parte da desaceleração, os elétricos contam com a regeneração de energia. Essa tecnologia aumenta a autonomia, poupa o sistema de freios e garante maior vida útil aos componentes.

Carros elétricos e a economia na oficina

Um dos grandes atrativos dos veículos elétricos é a redução nos custos de manutenção. A ausência de motor a combustão elimina a necessidade de serviços como troca de óleo, filtros e correias. Mas o benefício vai além. Pastilhas e discos de freio, que tradicionalmente exigem trocas frequentes em veículos convencionais, têm durabilidade muito maior nos modelos elétricos.

Enquanto em carros a combustão a substituição costuma ser necessária a cada 40 mil quilômetros, há relatos de pastilhas em elétricos que chegam a 100 mil km sem desgaste significativo. Em alguns casos, discos permanecem intactos até o fim da vida útil do automóvel.

O segredo está na regeneração

O motor elétrico não serve apenas para movimentar o carro. Quando o condutor desacelera ou pisa no freio, o propulsor atua como gerador, recarregando a bateria e criando uma resistência natural ao movimento. Esse processo, chamado de regeneração, desacelera o veículo antes mesmo de acionar o conjunto mecânico de freios.

Segundo Carlos Augusto Roma, diretor técnico da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), “esse processo, chamado de regeneração, já desacelera fortemente o veículo, reduzindo a necessidade de usar o conjunto de freios mecânicos, formado por disco e pastilha”.

Menos calor, mais durabilidade

O menor uso do sistema mecânico reduz a geração de calor, um dos principais fatores de desgaste de discos e pastilhas. Dessa forma, além de prolongar a vida útil, o sistema também diminui o risco de superaquecimento em frenagens sucessivas.

Roma compara com a realidade dos veículos convencionais: “Em um veículo a combustão, quase toda a desaceleração vem do atrito entre pastilha e disco. Isso gera calor e desgaste, exigindo troca em média a cada 40 mil quilômetros dependendo do uso. É comum que os EVs rodem 80 mil, 100 mil ou até 150 mil km antes da primeira troca de pastilhas”.

Integração inteligente entre freio mecânico e regenerativo

Em muitos carros elétricos, a transição entre regeneração e freio hidráulico é controlada eletronicamente. 

O sistema aplica o máximo possível de regeneração e só aciona o conjunto mecânico quando realmente necessário. Isso significa que as pastilhas entram em ação, na maior parte das vezes, apenas em situações de emergência ou em frenagens muito intensas.

Impacto ambiental e economia para o motorista

Além da redução de custos, a maior durabilidade de discos e pastilhas traz benefícios ambientais. 

Como o atrito é menor, a emissão de partículas finas e poluentes liberadas durante a frenagem também diminui. Ou seja, os carros elétricos ajudam não apenas no combate à poluição atmosférica, mas também na redução de resíduos gerados pela manutenção.

Mesmo com toda a durabilidade extra, há um ponto de atenção: o fluido do sistema hidráulico. Com o tempo, ele absorve água do ar, o que pode comprometer a eficiência da frenagem e causar corrosão. 

Por isso, as montadoras recomendam que o fluido seja substituído em intervalos regulares, conforme o manual do veículo, mesmo que pastilhas e discos estejam em perfeito estado.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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