Brasil e China criam fundo de US$ 1 bilhão liderado pelo BNDES e pelo Banco de Exportação e Importação da China para financiar projetos de infraestrutura, energia limpa e inteligência artificial no país
O Brasil deu um passo estratégico no cenário global ao firmar, junto à China, a criação de um fundo de investimento de US$ 1 bilhão voltado para infraestrutura, energia, mineração, agricultura e inteligência artificial.
A operação será coordenada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que participará com um aporte inicial de US$ 400 milhões, enquanto o Banco de Exportação e Importação da China (CEXIM) contribuirá com outros US$ 600 milhões.
O acordo, assinado em setembro, marca a primeira vez que uma instituição de fomento brasileira estrutura um fundo bilateral desse porte com a China, abrindo um novo capítulo na cooperação econômica entre os dois países.
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Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a iniciativa “representa uma oportunidade histórica de financiar o desenvolvimento com sustentabilidade e inovação tecnológica”.
Um fundo para mudar a cara do desenvolvimento
De acordo com o termo de compromisso firmado entre o BNDES e o CEXIM, o fundo será composto por investimentos diretos em empresas e projetos brasileiros, preferencialmente em moeda nacional, para reduzir a exposição cambial. O objetivo é fomentar setores estratégicos como infraestrutura de transporte, energia limpa, transição digital e agricultura de precisão.
As aplicações deverão ser feitas por meio de fundos de investimento no mercado de capitais, com foco em ativos de longo prazo e impacto econômico direto. A previsão é que o mecanismo comece a operar já em 2026, após a fase de estruturação e aprovação regulatória.
Segundo o BNDES, o fundo reforça a estratégia do banco de atuar como âncora em projetos que combinam sustentabilidade, inovação e geração de empregos, em sintonia com o movimento global por uma economia verde e digital.
O papel central do BNDES
Mais do que um parceiro financeiro, o BNDES assume papel de protagonista nacional nesse projeto. Tradicionalmente responsável por financiar grandes obras de infraestrutura e modernização industrial no país, o banco se posiciona agora como ponte de cooperação internacional com a segunda maior economia do mundo.
O BNDES tem experiência em financiar hidrelétricas, rodovias, ferrovias e polos de energia renovável, além de programas de inovação tecnológica e inclusão digital. Essa expertise será essencial para avaliar a viabilidade e o impacto social dos projetos apoiados pelo fundo.
Com o aporte inicial de US$ 400 milhões, o banco brasileiro mostra disposição para assumir riscos e comandar a direção estratégica dos investimentos, garantindo que o dinheiro seja aplicado em áreas que beneficiem o país de forma duradoura.
Energia limpa, IA e infraestrutura digital estão entre as prioridades
Entre os setores prioritários estão infraestrutura física e digital, energia limpa e inteligência artificial aplicada à produção agrícola e industrial.
Na prática, isso significa que o fundo poderá financiar obras de ferrovias, portos, estradas, parques eólicos e solares, além de soluções digitais para cidades inteligentes e automação industrial.
Projetos de IA voltados à agricultura de precisão, uso de big data para controle de safras, e modernização de redes elétricas com sensores inteligentes também estão no radar dos gestores do fundo.
Essas áreas são consideradas essenciais para que o Brasil possa aumentar sua competitividade global e reduzir a dependência de importações tecnológicas.
Benefícios diretos e impactos esperados no Brasil
A parceria promete movimentar diversos setores da economia brasileira. A previsão é de que, com os recursos do fundo, o país possa:
- Modernizar sua infraestrutura logística, reduzindo custos de transporte e melhorando a integração entre regiões.
- Estimular a indústria nacional com maior acesso a crédito de longo prazo.
- Acelerar a transição energética, expandindo fontes renováveis e criando empregos verdes.
- Aumentar o investimento em tecnologia e inovação, impulsionando startups e centros de pesquisa.
- Desenvolver regiões menos industrializadas, com foco em interiorização do crescimento.
Para economistas, o impacto poderá ser semelhante ao que o Brasil viveu durante o ciclo de grandes obras nos anos 2000, mas com uma diferença crucial: desta vez, o foco está em sustentabilidade, eficiência e integração tecnológica.
Desafios e riscos no caminho
Apesar do otimismo, especialistas alertam para alguns desafios importantes. O principal é a necessidade de transparência e governança na seleção dos projetos, garantindo que os recursos sejam aplicados em iniciativas realmente transformadoras.
Outro ponto de atenção é a dependência tecnológica da China em áreas como IA e equipamentos industriais, o que exige políticas claras de transferência de conhecimento.
Além disso, mudanças políticas ou crises externas podem afetar o ritmo de execução do fundo, especialmente em um contexto global de tensões comerciais e disputas geopolíticas.
Oportunidades para o futuro
Projetos como esse tendem a abrir espaço para parcerias público-privadas, concessões de obras e investimentos conjuntos entre empresas brasileiras e chinesas. O Brasil, com sua vasta capacidade agrícola, energética e logística, é visto por Pequim como um aliado estratégico de longo prazo.
Para o governo brasileiro, a cooperação com a China vai além do financiamento: é uma forma de atrair tecnologia, acelerar a descarbonização e fortalecer a presença do país nas cadeias globais de valor.
O BNDES, por sua vez, reforça sua imagem como instituição moderna, capaz de dialogar com os novos desafios da economia global, sem abrir mão de seu papel social.
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