Em 2014, a empresa enfrentava um grande problema: entregar os dispositivos Kindle antes do Natal. Eles esbarraram em um dilema: não havia transporte terrestre ou aéreo disponível, e mesmo para distâncias curtas a empresa estava encontrando dificuldades. Os executivos, alarmados com a situação, decidiram criar a própria frota de aviação e, assim, a Amazon conquista os céus do mundo.
Embora a Amazon tenha passado o ano anterior melhorando seus centros de triagem e expandindo, eles ainda precisavam contar com as transportadoras FedEx e UPS para realizarem suas entregas. Na época, já era visível que as empresas não conseguiam acompanhar o ritmo de entrega da gigante varejista, e Jeff queria a todo custo honrar a sua promessa de fazer entregas em até dois dias.
Percebendo que precisariam ter mais controle sobre suas entregas, Dave Clark, chefe de operações mundiais, ordenou que sua equipe de transportes providenciasse algumas aeronaves. Então, rapidamente entraram em contato com várias indústrias de modo a fretar alguns aviões, garantindo que nos anos subsequentes não sofreriam com demoras nas entregas.
Amazon compra própria frota com onze aviões Boeing – CNN Brasil Business
A Amazon consegue o impossível no mundo da aviação: cria sua própria frota e diminui drasticamente sua dependência da UPS e da FedEx.
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A empresa agora possui 11 aviões próprios e aluga mais de 100 aviões, pilotados por 7 transportadoras aéreas, que fazem mais de 200 voos por dia em 71 aeroportos, incluindo um hub europeu perto de Leipzing, na Alemanha. Definitivamente, a Amazon conquistou os céus.
Só no ano passado, a varejista abriu um hub aéreo de US$ 1,5 bilhão no Aeroporto internacional de Cincinnati/Northern Kentucky (CVG), um dos maiores investimentos financeiros da história da empresa.
A história da Amazon Air, como foi batizada, demostra até onde a empresa é capaz de ir para manter sua promessa. Contudo, não são só flores no paraíso da gigante varejista. Pouco mais de um ano depois da Crise Kindle, Bezos reúne parte de sua equipe, aquela em que ele tinha mais confiança, para deliberar sobre o futuro da Amazon Air. A partir de agora, decisões mais serias deveriam ser tomadas para que a empresa continuasse com o controle das suas entregas.
A Amazon recrutou transportadoras certificadas pela FAA – Administração Federal de Aviação dos EUA para pilotar aviões que alugava ou até mesmo que já possuía. A grande sacada é que, assim, a Amazon evitava contratar diretamente os pilotos, fugindo de burocracias e de negociações com os sindicatos. Assim, sobrava mais tempo para o que realmente interessava: aumentar a produtividade e agilizar as entregas.