Os preços do petróleo registraram alta nesta segunda-feira (10) diante das expectativas de reabertura do governo dos Estados Unidos e da possível retomada da demanda no maior consumidor de energia do mundo.
Os preços do petróleo iniciaram a semana em alta nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2025, impulsionados por sinais de que o governo dos Estados Unidos pode finalmente encerrar sua paralisação histórica. O movimento gerou otimismo entre investidores e analistas, que apostam em uma retomada gradual da demanda no maior consumidor de petróleo do planeta.
Às 07h08 (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent para janeiro registravam alta de 0,75%, sendo negociados a US$ 64,10 o barril, enquanto o WTI para dezembro avançava 0,82%, chegando a US$ 60,24. Esses números representam uma recuperação parcial após a queda de cerca de 2% observada na semana anterior.
Queda recente e cenário de oferta ainda preocupam investidores
Apesar do avanço registrado nesta segunda-feira, o mercado ainda monitora com cautela o comportamento da oferta global de petróleo. Na semana passada, o preço do barril havia recuado em meio às incertezas sobre o aumento da produção internacional.
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A OPEP+ decidiu elevar levemente a produção a partir de dezembro, o que, somado ao crescimento dos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, levantou dúvidas sobre o equilíbrio entre oferta e demanda.
Além disso, a recente decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de conceder isenção de sanções à Hungria — permitindo que o país continue importando petróleo e gás da Rússia por mais um ano — reforçou as preocupações com o possível excesso de oferta no mercado global.
Reabertura do governo norte-americano pode reaquecer demanda por petróleo
Mesmo diante dessas tensões, o otimismo em torno da reabertura do governo dos Estados Unidos trouxe ânimo aos investidores. O Senado americano votou por 60 a 40 para encerrar a paralisação mais longa da história do país, que já durava 40 dias.
A aprovação de uma legislação bipartidária prevê o financiamento da maior parte das agências federais até janeiro, além do pagamento retroativo aos servidores públicos afetados pelo fechamento. O projeto ainda segue para a Câmara dos Representantes, onde deve ser analisado nos próximos dias.
A expectativa é de que a reabertura total do governo estimule setores que consomem grandes volumes de energia, como transporte e indústria, impulsionando a demanda por petróleo e derivados no curto prazo.
Dólar enfraquece e amplia ganhos do petróleo no mercado internacional
Outro fator que contribuiu para o movimento de alta foi o recuo do dólar no mercado europeu. A moeda americana perdeu força após os sinais de avanço político em Washington, o que costuma favorecer commodities cotadas em dólar, como o petróleo.
Com o câmbio mais favorável, investidores estrangeiros se sentiram mais propensos a retomar posições no setor energético, reforçando o sentimento de recuperação dos preços.
Analistas destacam, no entanto, que o equilíbrio entre a retomada da demanda e a oferta ainda será determinante para definir o rumo do mercado nas próximas semanas.
O petróleo, mais uma vez, volta a refletir a sensibilidade do cenário político e econômico dos Estados Unidos — um fator que segue influenciando diretamente o comportamento global das commodities energéticas.


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