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Os maiores salários mínimos do mundo em 2025: países que lideram o ranking global e quanto pagam seus trabalhadores

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 04/08/2025 às 12:51
Os maiores salários mínimos do mundo em 2025: países que lideram o ranking global e quanto pagam seus trabalhadores
Foto: Os maiores salários mínimos do mundo em 2025: países que lideram o ranking global e quanto pagam seus trabalhadores
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Luxemburgo, Austrália e Holanda lideram o ranking dos maiores salários mínimos do mundo em 2025. Descubra quanto cada país paga por mês, como o Brasil se compara e o que isso revela sobre desigualdade global e custo de vida

No debate sobre qualidade de vida e justiça social, o salário mínimo é um dos indicadores mais simbólicos e relevantes. Ele representa o menor valor legal que um empregador pode pagar a um trabalhador e, embora sua aplicação varie entre países, sua função essencial é a mesma: garantir uma renda mínima para sobrevivência digna. Em 2025, a lista dos países com os maiores salários mínimos do mundo evidencia um padrão: as nações que mais pagam também são, em geral, aquelas com elevados níveis de desenvolvimento, estrutura institucional forte e alto custo de vida.

Enquanto o Brasil ajustou seu salário mínimo nacional para R$ 1.518 em janeiro de 2025 (cerca de US$ 300 mensais), algumas nações desenvolvidas ultrapassam com folga a marca dos 2 mil dólares mensais. Mas o que explica essa diferença tão grande? Quais países lideram esse ranking e quanto realmente recebem seus trabalhadores? E, mais importante, quanto esses valores representam quando comparados ao custo de vida local?

A seguir, analisamos os países com os maiores salários mínimos do mundo em 2025, usando dados consolidados de fontes como a Deel, Brain Source, Playroll e estatísticas oficiais da União Europeia, Reino Unido e Austrália.

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Luxemburgo: o topo do mundo com mais de US$ 3.200 mensais

Luxemburgo, uma pequena nação europeia com pouco mais de 600 mil habitantes, lidera com folga o ranking dos salários mínimos em 2025. O piso salarial no país ultrapassa os US$ 3.200 mensais, chegando a US$ 3.254 em algumas fontes. Esse valor é equivalente a cerca de R$ 16.000 por mês, na cotação atual do dólar.

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Esse piso elevado reflete o alto custo de vida de Luxemburgo, mas também a produtividade média dos trabalhadores e o nível de desenvolvimento do país, que abriga uma das maiores rendas per capita do planeta. Além disso, o país conta com políticas de valorização do trabalho que incluem jornada controlada, benefícios sociais e sistema previdenciário robusto.

Austrália: salário por hora elevado e poder de compra real

Na Oceania, a Austrália continua sendo referência global. Com um salário mínimo por hora de AU$ 24,10, o que equivale a cerca de US$ 15,57, um trabalhador em jornada integral (38 horas semanais) recebe em média US$ 2.742 mensais. Trata-se de um dos maiores salários por hora do mundo.

A Austrália mantém esse patamar elevado há anos, apostando em uma combinação de crescimento econômico, baixa inflação e alto custo de vida.

Esse salário mínimo permite que grande parte da população tenha acesso a moradia, transporte e alimentação de qualidade, embora nas grandes cidades os preços continuem puxando o orçamento dos trabalhadores.

Países Baixos e Irlanda: Europa ocidental mantém padrão elevado

Entre os países da União Europeia, Holanda (Países Baixos) e Irlanda se destacam. O salário mínimo holandês gira em torno de € 14 por hora, o que se traduz em aproximadamente US$ 2.425 a US$ 2.500 por mês, dependendo da carga horária. A Irlanda, por sua vez, paga € 13,50 por hora, resultando em um piso mensal de aproximadamente US$ 2.280.

Ambos os países têm uma economia sólida, baseada em serviços financeiros, tecnologia e comércio internacional, além de manterem legislações trabalhistas avançadas. O salário mínimo é ajustado anualmente com base na inflação e na média salarial nacional.

Reino Unido: salário mínimo nacional chega a £12,21 por hora

No Reino Unido, a política do “National Living Wage” define valores distintos por idade, com o maior patamar pago a trabalhadores com 21 anos ou mais. Em 2025, o piso chegou a £12,21 por hora, o equivalente a US$ 15,84/hora — um dos maiores do mundo em termos nominais.

Trabalhando 40 horas semanais, o ganho mensal supera os US$ 2.200, valor superior a muitos países europeus. Esse salário mínimo busca garantir que os trabalhadores cubram suas necessidades básicas mesmo em regiões com custo de vida elevado, como Londres e Manchester.

Alemanha, Bélgica e França: salários altos, mas custo de vida também

A Alemanha mantém seu salário mínimo em € 12,41/hora, o que equivale a aproximadamente US$ 2.222 mensais em 2025. A Bélgica paga cerca de US$ 2.180, enquanto a França também mantém seu piso acima de US$ 2.300.

Esses países, pilares da União Europeia, adotam políticas de proteção trabalhista que associam piso salarial a poder de compra, produtividade e competitividade. O alto salário mínimo está diretamente ligado ao custo de vida urbano e aos serviços públicos disponíveis à população.

Nova Zelândia e Canadá: países fora da Europa também figuram no topo

Embora menos mencionados, Nova Zelândia e Canadá estão entre os países que oferecem bons salários mínimos. Na Nova Zelândia, o valor por hora é de cerca de NZ$ 23,15, equivalente a cerca de US$ 14,19, o que gera um piso mensal de aproximadamente US$ 2.300. Já o Canadá adota pisos provinciais — em British Columbia, por exemplo, o mínimo chega a US$ 15,55/hora, ou cerca de US$ 2.400 mensais.

Ambos os países também enfrentam altos custos de vida, especialmente em cidades como Vancouver, Toronto ou Auckland, mas oferecem estabilidade, segurança e serviços públicos eficientes.

Estados Unidos: potência com salário federal baixo, mas estados com valores altos

Curiosamente, os Estados Unidos têm um salário mínimo federal relativamente baixo: US$ 7,25/hora, valor que não é reajustado desde 2009. Isso equivale a pouco mais de US$ 1.200 por mês — muito abaixo dos países citados.

No entanto, muitos estados adotam pisos próprios bem mais altos. É o caso da Califórnia, Washington e Massachusetts, onde o salário mínimo pode ultrapassar US$ 16 por hora, resultando em US$ 2.700 mensais ou mais. Isso mostra que, dentro de uma mesma nação, há grandes variações regionais.

E o Brasil? Comparação com a realidade nacional

No Brasil, o salário mínimo nacional foi fixado em R$ 1.518 em 2025, o que equivale a cerca de US$ 300 por mês. O valor é um dos mais baixos entre os países da OCDE e representa pouco diante do custo médio de vida nas grandes cidades brasileiras.

Alguns estados adotam pisos regionais superiores, como o Paraná (até R$ 2.275, ou US$ 450), o Rio de Janeiro (até R$ 3.158, ou US$ 620) e São Paulo (R$ 1.804, ou US$ 355). Ainda assim, mesmo os pisos mais altos do país estão distantes do que se paga em países europeus ou da Oceania.

Salário alto nem sempre significa vida fácil

É importante frisar que um salário mínimo elevado não significa automaticamente maior bem-estar. Em países como Luxemburgo ou Austrália, o custo com moradia, transporte e alimentação é proporcionalmente alto, o que reduz o poder de compra efetivo.

Além disso, muitos países não possuem programas universais de saúde gratuitos, o que exige dos trabalhadores maior reserva para emergências médicas. Por isso, o que importa, no fim das contas, é a relação entre o salário mínimo e o custo de vida — ou seja, o poder de compra real.

O ranking dos maiores salários mínimos do mundo mostra que os países desenvolvidos continuam liderando em remuneração básica, mas também enfrentam desafios relacionados ao custo de vida elevado. Luxemburgo, Austrália, Irlanda, Reino Unido e Alemanha se destacam em 2025, pagando acima de US$ 2.200 mensais a seus trabalhadores mais humildes.

Enquanto isso, o Brasil ainda patina na valorização do piso salarial nacional, mesmo com avanços regionais. O grande desafio brasileiro permanece: conciliar aumento real do salário com estabilidade econômica, redução da inflação e produtividade sustentável.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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