São Paulo lidera com folga, seguido por Minas Gerais e Paraná, consolidando o Brasil como maior produtor mundial de laranja.
A produção global de laranja atingiu 45,2 milhões de toneladas na safra 2024/25. O volume representa queda de 4% em uma década e retração de 1% frente à safra anterior, que registrou 45,8 milhões de toneladas.
O mais importante é que o mapa da produção mudou, com deslocamento do eixo para a Ásia e a África.
Participação por continente
Em 2015, a América liderava com folga, respondendo por 52% da produção mundial. A Ásia participava com 20%, a Europa com 13% e a África com 11%. Em 2024, a participação da América caiu para 45%, enquanto a Ásia avançou para 24%.
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A Europa manteve 13%, e a África subiu para 14%. Portanto, há uma redistribuição geográfica que afeta diretamente o mercado.
Maiores produtores do mundo
O Brasil continua no topo, com 13 milhões de toneladas na safra 2024/25, equivalente a 29% do total mundial. O resultado mostra alta de 6% sobre a safra anterior, mas queda de 10% em dez anos. A China aparece em segundo, com 7,6 milhões de toneladas, ou 17% do total.
O país elevou sua produção em 10% na década, influenciando o aumento do peso asiático na produção global.
Na sequência estão: União Europeia (5,7 milhões de toneladas), México (5 milhões), Egito (3,7 milhões), Estados Unidos (2,2 milhões), África do Sul (1,7 milhão), Turquia (1,6 milhão), Vietnã (1,6 milhão) e Marrocos (960 mil toneladas).
Desempenho do Brasil
Mesmo com a queda ao longo da década, o Brasil mantém liderança folgada. A produção brasileira é quase o dobro da chinesa e mais de seis vezes superior à dos Estados Unidos.
Além disso, o desempenho positivo na última safra contrasta com a tendência de recuo global, reforçando a importância do país no setor.
Produção por estado no Brasil
O estado de São Paulo domina o cenário nacional, com 13,64 milhões de toneladas.
Em seguida estão Minas Gerais (1,12 milhão) e Paraná (735,8 mil). Bahia, Sergipe, Rio Grande do Sul e Pará também apresentam volumes relevantes, variando entre 610 mil e 257 mil toneladas.
Goiás, Alagoas e Rio de Janeiro completam a lista, com produções menores, mas ainda significativas para o abastecimento regional.
Esse panorama mostra que, embora o mercado mundial tenha encolhido e mudado de perfil geográfico, o Brasil segue como referência e potência na produção de laranja, mantendo papel decisivo no equilíbrio da oferta global.