Nas últimas décadas, avanços científicos têm esclarecido muitos mistérios do espaço que antes intrigavam os cientistas. No entanto, mesmo hoje, persistem numerosas questões que continuam a desafiar os especialistas.
Perguntas como: seria possível que um planeta invisível espreite nos confins do nosso sistema solar, ou os buracos negros podem realmente se comportar como bolas de bilhar, ricocheteando pelo espaço intergaláctico, ainda continuam sem respostas.
Apesar de perguntas como essas não serem exatamente aquelas que inspiraram a humanidade a estudar o céu por milênios, os astrônomos, ao vasculharem cada vez mais fundo os cantos poeirentos do cosmos, têm se deparado com descobertas peculiares que os obrigam a enfrentar questões cada vez mais estranhas sobre a natureza do universo e os limites do que pode existir além.
Mistérios do espaço que ainda intrigam os cientistas
Abaixo você confere uma lista, feita pelo portal Livescience, com cinco intrigantes fatos que os cientistas descobriram no espaço, mas, até o momento, ainda não conseguiram responder o porquê deles acontecerem.
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O Buraco Negro “Fugitivo”
Em abril de 2023, astrônomos relataram a descoberta de algo sem precedentes: um buraco negro “fugitivo”, desvinculado de qualquer galáxia, viajando pelo espaço a uma velocidade incrível e deixando um rastro de estrelas em seu caminho.
Com cerca de 20 milhões de vezes a massa do Sol, este buraco negro solitário é um enigma. Estudos sugerem que ele pode ter sido ejetado de uma galáxia anã durante uma fusão galáctica envolvendo múltiplos buracos negros. Se confirmado, seria a primeira evidência de que buracos negros podem escapar de suas galáxias.
JUMBOs do Telescópio James Webb
Em 2023, o Telescópio Espacial James Webb detectou mais de 500 planetas “desgarrados” vagando livremente pela Nebulosa de Órion, muitos deles em órbitas binárias intrigantes.
Estes “JUMBOs”, nome dado aos objetos binários com a massa de Júpiter, desafiam as explicações convencionais sobre como planetas podem se formar e migrar.
Eles podem representar restos de sistemas estelares caóticos do início do universo, mas as teorias atuais que ajudam os cientistas não conseguem explicar completamente sua origem.
Planeta Nove
Bem além da órbita de Netuno, astrônomos detectaram indícios de um corpo misterioso e massivo movendo-se através da nuvem de objetos gelados que circunda nosso sistema solar.
Observações mostram que as órbitas de mais de uma dúzia de objetos rochosos estão sendo sutilmente perturbadas, como se estivessem sendo influenciadas pela gravidade de um gigante planeta invisível, teoricamente chamado de Planeta Nove.
Este mundo hipotético pode ter até dez vezes a massa da Terra e levar milênios para completar uma órbita solar, mas ainda não há provas concretas de sua existência. O próximo Observatório Vera C. Rubin, em construção no Chile, poderá fornecer evidências mais robustas aos cientistas.
As Bolhas de Fermi no espaço
No centro da Via Láctea, astrônomos detectaram enormes bolhas de energia conhecidas como Bolhas de Fermi, que se estendem por 25.000 anos-luz acima e abaixo do buraco negro central.
Estas bolhas, cheias de raios cósmicos em movimento rápido, são visíveis apenas através de telescópios que detectam raios gama.
A origem dessas bolhas ainda é incerta, mas alguns cientistas propõem que foram formadas por uma explosão gigantesca do buraco negro há milhões de anos, despejando matéria no espaço intergaláctico.
O Ponto de Interrogação Cósmico
Durante a observação de uma região estelar conhecida como Herbig-Haro 46/47, o Telescópio Espacial James Webb capturou uma imagem intrigante de uma estrutura em forma de ponto de interrogação feita de gás quente.
Esta formação, cuja origem e distância ainda são desconhecidas, intrigou os pesquisadores. Alguns especulam que poderia ser o resultado de uma fusão galáctica ou talvez um fenômeno completamente novo no cosmos.