Uma suposta falha no eixo traseiro assombra proprietários de Celta, Prisma e Classic. Investigamos os fatos por trás dos carros da Chevrolet que tinham um problema crônico e o que você realmente precisa saber
Mas essa fama se justifica? Entenda a fundo o suposto problema nos carros da Chevrolet que tinham um problema crônico, separando os fatos dos mitos e oferecendo um guia prático para proprietários e futuros compradores.
Uma preocupação recorrente entre proprietários e no mercado de usados envolve três populares modelos da Chevrolet: Celta, Prisma de primeira geração e Classic.
A alegação é de que estes veículos, especialmente os fabricados antes de 2009, teriam um defeito grave no eixo traseiro, que poderia trincar e se romper, causando a perda de controle das rodas.
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O suposto defeito crônico no eixo traseiro
O cerne da questão é a possível ruptura da viga do eixo traseiro, um componente vital para a estabilidade do veículo. A preocupação é de que essa falha pudesse ser um problema de projeto, um defeito crônico que colocaria em risco a segurança dos ocupantes.
Um fator adicional frequentemente mencionado é que veículos com a suspensão modificada, especialmente os rebaixados, seriam ainda mais propensos ao problema.
A alteração da altura original poderia aumentar o estresse sobre o eixo, acelerando o surgimento de trincas.
O que dizem os fatos? Análise de recalls e publicações especializadas
Uma investigação detalhada sobre o tema revela um cenário diferente do alardeado. O primeiro e mais importante fato é a ausência de um recall oficial da Chevrolet para tratar especificamente da ruptura do eixo traseiro nos modelos Celta, Prisma G1 e Classic do período anterior a 2009.
Publicações automotivas, como o site AutoPapo, mencionam que a suspensão do Classic “merece atenção especial”, mas não especificam uma falha crônica de ruptura do eixo.
Outras fontes de avaliação, com base em reclamações de proprietários, não destacam a suspensão traseira como um ponto de queixa recorrente. Portanto, não há evidências documentais robustas que confirmem o problema como um defeito de projeto generalizado e reconhecido.
O eixo de torção e seus componentes de desgaste
Os carros da Chevrolet que tinham um problema crônico de atenção na suspensão, na verdade, sofrem com o desgaste natural de seus componentes.
Celta, Prisma e Classic utilizam um sistema de suspensão traseira com eixo de torção. Este design é simples, robusto e de baixo custo, ideal para carros compactos.
No entanto, como qualquer componente mecânico, ele está sujeito ao desgaste. Os problemas mais comuns relatados por proprietários e mecânicos estão relacionados ao desgaste das buchas do eixo traseiro e dos amortecedores.
Quando desgastadas, essas peças podem causar ruídos (estalos e rangidos), instabilidade e desalinhamento das rodas, o que pode, em casos extremos e de total negligência, sobrecarregar a estrutura do eixo.
A hipótese de que o rebaixamento da suspensão agrava o problema é tecnicamente plausível, pois altera a geometria e aumenta o estresse sobre os componentes.
Manutenção é a chave, como cuidar dos carros da Chevrolet que tinham um problema crônico de atenção na suspensão
A chave para a longevidade e segurança da suspensão desses modelos é a manutenção preventiva.
Sinais de alerta: fique atento a ruídos incomuns vindos da traseira, como estalos ou rangidos, especialmente ao passar por buracos ou lombadas. Instabilidade em curvas e desgaste irregular dos pneus traseiros também são sinais de que a suspensão precisa de uma revisão.
Inspeção visual: recomenda-se uma inspeção periódica do eixo traseiro, procurando por sinais de trincas (principalmente perto das soldas), corrosão avançada ou qualquer deformação.
Reparo correto: caso seja identificada uma trinca no eixo, a prática de reparo com solda não é recomendada para um componente de segurança tão crítico. A abordagem mais segura é sempre a substituição do eixo danificado por uma peça nova ou usada de procedência confiável.
Um problema crônico real ou um mito do mercado de usados?
A análise factual indica que a alegação de um problema crônico generalizado de ruptura do eixo traseiro no Celta, Prisma e Classic (pré-2009) não é fortemente substanciada.
A ausência de recalls e a falta de registros consistentes na imprensa especializada sugerem que os casos de ruptura, se ocorreram, foram provavelmente isolados e associados a fatores como desgaste extremo, falta de manutenção, corrosão ou modificações inadequadas na suspensão.
Portanto, embora não se confirme que estes sejam os carros da Chevrolet que tinham um problema crônico de ruptura do eixo, é verdade que a suspensão traseira deles, como a de qualquer veículo mais antigo, exige cuidados e manutenção preventiva.
Para proprietários e compradores, a lição é clara: a vigilância constante e a manutenção em dia são o melhor caminho para garantir a segurança e a durabilidade.