Com 290 metros e 84 andares, o One Tower é o maior prédio residencial do Brasil, reunindo apartamentos de luxo de até R$ 20 milhões em Balneário Camboriú.
No coração do litoral catarinense, em uma cidade que se tornou sinônimo de arranha-céus, ergue-se uma estrutura que mudou para sempre a paisagem urbana do Brasil: o One Tower. Com 290 metros de altura e 84 andares, o edifício residencial mais alto do país não é apenas uma conquista da engenharia, mas também um símbolo da transformação de Balneário Camboriú em um polo global do mercado imobiliário de luxo.
A cidade, conhecida por sua estreita faixa de areia, sempre atraiu turistas e investidores. Mas foi na última década que ela passou a ser chamada de “Dubai brasileira”, justamente pela verticalização acelerada e pelos projetos audaciosos que colocaram o município no mapa dos arranha-céus internacionais. O One Tower é o ápice dessa revolução.
Um colosso em números
O que mais chama atenção no One Tower são suas dimensões. Ele é:
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- 290 metros de altura, colocando-o entre os 200 prédios residenciais mais altos do mundo;
- 84 andares, todos dedicados a apartamentos de luxo e áreas de lazer;
- Fundação com estacas profundas, projetadas para suportar as condições arenosas da orla marítima;
- Elevadores panorâmicos de alta velocidade, que levam moradores do térreo à cobertura em menos de 60 segundos;
- Apartamentos que chegam a ocupar um andar inteiro, com áreas superiores a 400 m² e preços que variam de R$ 7 milhões a mais de R$ 20 milhões;
- Estrutura de lazer comparável a um resort cinco estrelas, com piscinas suspensas, spas, cinemas, academia de alto padrão e até heliponto.
Esses números fazem do One Tower não apenas um prédio, mas um símbolo de status. Cada unidade representa a exclusividade de morar em um dos edifícios mais altos e sofisticados da América Latina.
A engenharia por trás do gigante
Construir um arranha-céu desse porte em uma cidade litorânea foi um desafio monumental. A maresia, os ventos fortes e o solo arenoso exigiram soluções inovadoras.
- A fundação foi feita com estacas que penetram dezenas de metros abaixo do solo, garantindo estabilidade.
- O prédio conta com sistemas de amortecimento contra ventos, reduzindo a oscilação nos andares mais altos e garantindo conforto aos moradores.
- As fachadas utilizam vidros especiais resistentes à maresia, projetados para suportar a agressividade do ambiente costeiro.
- O projeto foi acompanhado por engenheiros brasileiros e consultores internacionais, garantindo certificações de segurança e eficiência.
Essas soluções colocam o One Tower no mesmo patamar dos grandes arranha-céus erguidos em cidades como Dubai, Nova York e Hong Kong.
O impacto urbano em Balneário Camboriú
Balneário Camboriú já era conhecida por seus prédios altos, mas o One Tower elevou a disputa a um novo nível. O contraste entre a altura dos arranha-céus e a estreita faixa de areia gerou debates acalorados.
O fenômeno das sombras na praia virou pauta nacional. Nos meses de inverno, quando o sol está mais baixo, parte da orla central ficava na penumbra durante boa parte do dia. A solução foi ousada: em 2021, a prefeitura realizou o alargamento artificial da faixa de areia da Praia Central, expandindo-a de 25 para 70 metros. A obra custou centenas de milhões de reais e foi considerada essencial para manter o apelo turístico da cidade diante da verticalização.
Hoje, a nova faixa de areia se tornou cartão de visitas do município, atraindo ainda mais turistas e valorizando ainda mais os imóveis.
O mercado imobiliário de luxo
O One Tower não é apenas o prédio mais alto do Brasil, mas também um dos mais caros. O metro quadrado em Balneário Camboriú já figura entre os mais valorizados do país, ultrapassando bairros tradicionais como Ipanema, no Rio de Janeiro, e Jardins, em São Paulo.
Comprar um apartamento no One Tower significa entrar em um seleto grupo de moradores de altíssimo padrão. A exclusividade, somada à localização estratégica no litoral catarinense — próximo a portos, aeroportos e cidades industriais —, transformou o empreendimento em alvo de investidores nacionais e internacionais.
A presença de celebridades, empresários e políticos entre os compradores só reforçou a imagem de que viver no One Tower é sinônimo de poder e status.
Comparações internacionais
O One Tower não é apenas uma curiosidade nacional. No ranking global de prédios residenciais, ele coloca o Brasil no mapa dos grandes arranha-céus. Com 290 metros, ele é:
- Mais alto que o Eiffel Tower em Paris (324 m, mas não residencial);
- Maior que qualquer edifício residencial da América do Sul, superando os rivais argentinos e chilenos;
- Próximo em altura a arranha-céus famosos de Dubai e Nova York voltados ao segmento de luxo.
Essa inserção internacional reforça a ambição da construção civil em Balneário Camboriú, que hoje disputa títulos com os principais centros do mundo.
O futuro da verticalização
O One Tower pode ser o maior hoje, mas não está sozinho. As torres gêmeas do Yachthouse Residence Club, também em Balneário Camboriú, chegam a 281 metros e já disputam a atenção dos rankings. Outros projetos em andamento prometem superar a marca dos 300 metros, consolidando a cidade como a capital dos arranha-céus na América Latina.
Essa corrida pelo “prédio mais alto” alimenta a economia local, mas também levanta questões sobre mobilidade urbana, saneamento, impacto ambiental e desigualdade social.
Entre o luxo e a polêmica
Para os críticos, o One Tower é símbolo de um Brasil desigual, em que uma minoria desfruta de apartamentos milionários enquanto milhares de pessoas enfrentam dificuldades de habitação. Para os defensores, é um exemplo de modernidade, ousadia e um marco da engenharia nacional.
De qualquer forma, impossível negar: o prédio se tornou ícone da nova identidade de Balneário Camboriú, atraindo turistas curiosos, investidores e manchetes internacionais.
O gigante que marca uma era
O One Tower não é apenas um edifício. Ele é a expressão física de um momento em que o Brasil buscou se posicionar no cenário global através da arquitetura e do mercado imobiliário de luxo. É um marco da engenharia, um divisor de águas para Balneário Camboriú e um exemplo de como construções podem redefinir o espaço urbano e cultural de uma cidade.
De dia ou iluminado à noite, o colosso de 290 metros lembra que o futuro das cidades brasileiras pode estar nas alturas — e que o litoral catarinense já escreveu seu nome na história dos arranha-céus mundiais.