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Ofensiva dos EUA no Irã provoca disparada no petróleo e ameaça mercado global com risco de fechamento de Ormuz

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 22/06/2025 às 17:12
Ofensiva militar dos EUA pode fazer o petróleo disparar, com bomba de óleo e céu em chamas
Imagem ilustrativa mostra ofensiva militar dos EUA e impacto no petróleo, em linha com a recente alta do preço global do combustível
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Especialistas apontam risco de novo choque no petróleo, fuga para ouro e impacto global após ataque a instalações nucleares no Irã

Uma ofensiva militar de alto impacto, liderada pelos Estados Unidos, agitou o cenário internacional em junho de 2025.

O ataque aéreo atingiu as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, no Irã, gerando uma forte resposta dos mercados globais.

De acordo com analistas internacionais, a ação já elevou os preços do petróleo para patamares entre US$ 90 e US$ 130.

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Além disso, provocou uma corrida por ativos de segurança, como ouro e títulos do Tesouro americano, além de elevar a volatilidade nos mercados acionários e cambiais.

Esse cenário cria um ambiente de alta tensão econômica, com projeções que dependem diretamente da reação de Teerã e do risco de fechamento do estratégico Estreito de Ormuz.

Ataque militar intensifica tensões no Golfo Pérsico

O ataque ocorreu na noite de 21 de junho de 2025.

O então presidente americano, Donald Trump, celebrou o “ataque bem-sucedido” em suas redes sociais, afirmando: “agora é hora da paz”.

No entanto, o governo iraniano classificou a ofensiva como um “ataque militar selvagem”.

Como resposta inicial, o Parlamento do Irã aprovou uma moção para o bloqueio do Estreito de Ormuz.

A medida ainda será avaliada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional, mas já adiciona um fator de incerteza ao cenário.

Mercados reagem com forte alta no petróleo

Segundo Nigel Green, CEO do deVere Group, “o ataque dos EUA contra o Irã é um divisor de águas para os mercados”.

Ele alerta que uma possível retaliação iraniana pode levar o barril de petróleo a US$ 130.

Por sua vez, Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, vê o choque como “pontual e localizado”, projetando preços entre US$ 90 e US$ 100.

Ainda assim, o movimento já favorece as margens de lucro de companhias de óleo e gás.

Impacto direto em ações e moedas de emergentes

A aversão ao risco afeta não apenas os EUA, mas também ativos brasileiros e de outros países emergentes.

De acordo com Arthur Horta, sócio da The Link Investimentos, haverá penalização para setores exportadores, como:

  • Frigoríficos
  • Mineradoras
  • Empresas de papel e celulose

Por outro lado, as petroleiras brasileiras devem se beneficiar, ao comercializar petróleo a preços mais elevados.

Cresce a busca por ativos de segurança

O economista-chefe da Allianz, Mohamed El-Erian, prevê:

  • Alta no preço do petróleo
  • Pressão sobre ações
  • Valorização do ouro

Além disso, destaca que os rendimentos dos Treasuries podem oscilar de forma incerta, refletindo o aumento de riscos globais.

Ouro, prata e cobre em ascensão

Eduardo Velho, economista-chefe da Equator Investimentos, também aponta:

  • Avanço nos preços de ouro, prata e cobre
  • Impacto potencial na balança comercial do Brasil

Entretanto, ele alerta para um possível repique inflacionário no país.

Fechamento de Ormuz é o grande temor

Atualmente, 63% das apostas no mercado da Polymarket estimam um fechamento do Estreito de Ormuz.

Em contraste, a consultoria Eurasia avalia essa chance em apenas 20%.

Ainda assim, o analista Pedro Galdi, da AGF, afirma:

“Se Ormuz for fechado, a inflação global sentirá o impacto rapidamente”.

Jefferson Laatus, do Grupo Laatus, complementa:

“Alta drástica no petróleo e no dólar seria imediata, além de dificultar cortes de juros pelo Fed”.

Mercado de tecnologia reage de forma dividida

No cenário de tecnologia, as reações variam.

O megainvestidor Bill Ackman declarou que a ofensiva pode beneficiar a Ucrânia e penalizar a Rússia.

Enquanto isso, Daniel Ives, analista da Wedbush, afirmou que o ataque era inevitável e agora remove pressão baixista do setor.

Ele manteve recomendações de compra para ações como Nvidia e Amazon.

Especialistas veem cenário volátil, porém sem guerra prolongada

Segundo Ian Bremmer, CEO da Eurasia, o conflito entre Israel e Irã segue, por ora, limitado e espetacular.

Ele caracteriza o episódio como uma “guerra ao estilo TikTok”, que agrada a base política de Trump.

No entanto, ele alerta que a diplomacia segue travada, mantendo o quadro de riscos aberto.

Como a situação afeta o Brasil

Para o Brasil, o aumento no preço do petróleo:

  • Pode beneficiar a balança comercial
  • Porém, traz risco de inflação

Além disso, companhias de viagens e tecnologia podem enfrentar dificuldades, dada a atual volatilidade.

O que você acha: o impacto será passageiro ou a crise pode gerar um novo ciclo prolongado de alta no petróleo e instabilidade global?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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