Com R$ 14 milhões em jogo, a nova ponte promete mudar a região. Vagas abertas e um prazo que divide opiniões: dezembro será suficiente para finalizar essa obra ambiciosa?
Uma ponte que promete revolucionar o tráfego no Vale do Taquari está movimentando milhões em investimentos, gerando empregos e causando discussões fervorosas.
Enquanto a promessa de entregar a obra até o final do ano atrai olhares atentos, a construção da nova travessia da ERS-130, que conecta Lajeado e Arroio do Meio, tornou-se um ponto de interesse regional. Mas será que o prazo tão otimista será cumprido?
A construção da ponte de 172 metros, conduzida pela Engedal, conta com um orçamento de R$ 14 milhões e segue com desafios tanto técnicos quanto políticos.
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Com previsão de conclusão em dezembro, o projeto enfrenta críticas quanto ao ritmo das obras e, paralelamente, oferece vagas para profissionais que possam acelerar a finalização.
Atualmente, cerca de 40 pessoas trabalham no local, mas a empresa busca preencher pelo menos 20 novas posições, com prioridade para armadores, carpinteiros, construtores de ponte e engenheiros especializados.
Empregos e avanços na obra
De acordo com a Engedal, a intenção é admitir profissionais imediatamente, reforçando o time para intensificar as etapas mais complexas da construção.
Entre as vagas disponíveis, destacam-se também oportunidades para mestre de obras de pontes e engenheiro de concretagem, refletindo a urgência em garantir o cumprimento do cronograma.
Nas últimas semanas, a movimentação tímida no canteiro foi alvo de críticas públicas.
Um vídeo postado por Roberto Lucchese, diretor da Lyall Construtora e Incorporadora, ganhou grande repercussão nas redes sociais.
Ele questionou não apenas a velocidade da obra, mas também cobrou uma postura mais firme do governo gaúcho e dos deputados estaduais e federais da região.
O progresso técnico
O avanço mais recente foi a conclusão, no final de outubro, do estaqueamento fora do leito do Rio Forqueta.
Conforme a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), foram cravadas 60 estacas que servirão como base para os pilares da ponte.
Essa etapa é considerada crucial para garantir a segurança estrutural da travessia, que será maior e mais elevada do que a anterior.
A concretagem das 24 vigas de 28 metros é o próximo grande passo. Segundo a Engedal, as armações já estão prontas, e o trabalho começará imediatamente.
Até o momento, 16 das 48 estacas do leito do rio foram finalizadas, consolidando o progresso nos três pilares que ficarão submersos.
Uma travessia moderna
A nova ponte terá 172 metros de extensão, 51 metros a mais do que a antiga, e estará cinco metros acima do nível anterior.
O projeto inclui duas faixas no pavimento principal e espaço dedicado a pedestres e ciclistas, um ganho significativo para a mobilidade local. Mesmo assim, as expectativas e as dúvidas sobre o prazo seguem altas.
A pressão política e comunitária
O prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel, expressa otimismo cauteloso. Embora em constante contato com autoridades estaduais, ele não esconde a preocupação com o cumprimento do cronograma.
“É difícil acreditar que consigam terminar no prazo, mas estamos na torcida”, afirma ele, mencionando os transtornos causados pelas travessias alternativas na Ponte de Ferro e na Ponte do Exército.
Bruxel também destaca que tem recebido críticas da população, mas ressalta que, como se trata de uma obra estadual, seu papel é apenas cobrar das autoridades responsáveis.
“Estamos fazendo a nossa parte, pressionando quem deve executar”, reforça.
Cronograma da ponte está apertado
Desde o início do projeto, em junho, etapas como a sondagem do solo, a montagem do canteiro de obras e a produção de peças pré-moldadas foram concluídas com rapidez.
No entanto, o prazo estreito para a entrega total da ponte até dezembro gera ceticismo, especialmente entre os líderes locais e empresários.
Será que essa obra tão aguardada vai superar os desafios e cumprir o prazo prometido, ou teremos mais um caso de adiamento que frustra expectativas e gera ainda mais transtornos?