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Após longo período parado, o projeto da Torre Jeddah, com mais de 1 km de altura, foi retomado no fim de setembro deste ano. Empresas renomadas como a sueca Skanska e a subsidiária coreana da Samsung foram abordadas para dar continuidade às obras. Mesmo com o reinício, especialistas questionam se o desafio técnico da torre mais alta do mundo é realmente viável.
Quando as obras da Torre Jeddah começaram, em junho de 2013, o mundo acompanhou com expectativa a promessa de erguer um edifício jamais visto antes. Com mais de 1 km de altura, a torre na cidade portuária de Jeddah, Arábia Saudita, pretende quebrar o recorde do atual campeão de altura, o Burj Khalifa em Dubai.
Após anos de interrupção, e dúvidas crescentes sobre sua viabilidade, em setembro de 2024 diversos meios internacionais anunciaram a retomada do projeto. A gigante sueca Skanska e a subsidiária coreana da Samsung Engenharia e Construção estariam entre as responsáveis por dar continuidade às operações dessa mega estrutura.
Desafios técnicos da torre mais alta do mundo em Jeddah
Construir um arranha-céu com mais de 1 km exige superar inúmeros desafios técnicos. A estabilidade estrutural, por exemplo, torna-se crítica à medida que a altura aumenta, ampliando riscos como vento forte e pressão sobre a base do edifício.
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Projetada pelo arquiteto Adrian Smith, também responsável pelo Burj Khalifa, a Torre Jeddah terá um formato assimétrico semelhante a um tripé. Com 900 mil toneladas de peso (equivalente à Ponte Golden Gate), sua estrutura principal será sustentada por 270 pilares de concreto de alto desempenho, cravados no solo entre 50 e 110 metros de profundidade – o dobro da profundidade das fundações do Burj Khalifa.
A questão crucial dos materiais de construção
Outro desafio central para o projeto está na escolha e transporte dos materiais. Por razões econômicas, o concreto convencional foi priorizado. Serão usados cerca de 500 mil metros cúbicos de concreto e quase 80 mil toneladas de aço – quantidade semelhante a dez Torres Eiffel inteiras.
No entanto, transportar concreto convencional além dos 500 metros é difícil. Por isso, assim como no Burj Khalifa, a seção superior da Torre Jeddah será construída em aço, tornando-se uma torre ornamental não-habitada, abrigando equipamentos técnicos.
Resistência extrema aos ventos fortes
A força do vento é outro fator decisivo, já que a estrutura deve resistir a ventos extremos. Simulações realizadas pela equipe de engenharia mostraram que a ponta da torre pode oscilar até 2 metros com ventos fortes, movimento considerado aceitável pelos especialistas e seguro para os ocupantes.
A Torre Jeddah contará com o deck de observação mais alto do mundo, a 630 metros. Para chegar rapidamente aos andares superiores, serão usados elevadores que sobem em 98 segundos. Para isso, uma tecnologia inovadora de cabos de fibra de carbono foi escolhida, permitindo elevar até 2 toneladas, algo impossível com cabos tradicionais de aço acima de 500 metros de altura.
Eficiência energética e conforto térmico na Arábia Saudita
Outro ponto estratégico para a torre é o controle climático. Dada a alta temperatura local, o prédio terá áreas estrategicamente projetadas para sombra e utilizará vidros especiais para isolamento térmico, reduzindo consideravelmente o consumo energético para ar condicionado.
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